Faltou um detalhe. Só um. Blog do Mário Marinho
Levar gol aos 42 minutos do segundo tempo é uma pancada na cara.
Daquelas bem fortes mesmo.
Derruba o time e não oferece tempo para possível recuperação.
Foi assim a derrota para o São Paulo, ontem, no Morumbi, por 1 a 0.
O São Paulo começou o jogo muito bem. Empurrou o Botafogo para o seu campo de defesa e chegou ene vezes à área do adversário.
Mas faltou um detalhe: o gol.
E, como se sabe, se a bola não for chutada em direção ao goleiro adversário, não sairá gol.
Esse, o detalhe crucial: os chutes a gol com direção certa.
Ao terminar o primeiro tempo, as emissoras de televisão tiveram que colocar até cobrança de lateral para apresentar os melhores momentos.
Não houve.
Mas a torcida do São Paulo, que até compareceu em bom número (cerca de 25000 torcedores) reagiu bem, apesar do grande número de torcedores com o nariz vermelho de palhaço. Uma forma elegante e até civilizada de protesto – bem ao estilo tricolor.
No segundo tempo as coisas ficaram mais complicadas.
O Botafogo resolveu mostrar trabalho, saiu daquele esquema defensivo do primeiro tempo e partiu pra cima.
Foi a vez do Tricolor, time e torcedores, passar apuro.
E, para culminar, um pênalti que realmente existiu aos 42 minutos.
Daí o número de torcedores com nariz de palhaço aumentou e, ao final do jogo, houve vaias, porque ninguém é de ferro.
Ao final do jogo, voltaram os questionamentos quanto ao trabalho de Rogério.
O técnico, ex M1to, pede desculpas, se mostra triste, mas deixa claro que esse é o elenco que ele tem.
Tipo, com isso, o que eu posso fazer?
Quando a água bate na bunda, é preciso andar para frente.
No São Paulo a água já está chegando na altura da boca. É a reta final do Brasileirão: faltam apenas sete jogos para o fim da competição. E um desses sete é o imbatível Palmeiras.
Será que o Tricolor vai conseguir se classificar pelo menos para a Copa Sul-Americana?
No Rio, outro técnico muito questionado, Fernando Diniz, perdeu em casa: 2 a 0 para o América, tão mineiro quanto eu.
O Fluminense vinha fazendo boa campanha e, se vencesse ontem, poderia chegar aos 54 pontos e tirar o terceiro lugar do Corinthians.
Poderia.
O Fluminense é um time que joga bonito, joga com a bola como manda o manual de seu técnico Fernando Diniz.
Aliás, ia tão bem o Fernando Diniz que chegou até ser apontado como um dos possíveis substitutos do Tite na Seleção Brasileira após a Copa do Catar.
O ritmo do balanço da vida dos técnicos é assim: num momento está lá no alto e no momento seguinte vai a profundezas inimagináveis.
Quanto ao meu América, fez o papel dele. Não se intimidou com Fernando Diniz, com Fluminense, com o fator campo e, com 2 a 0, saiu de campo feliz e está em 8º lugar, se segurando para uma classificação pelo menos para a Copa Sul-Americana.
Timão tem
Pedreira pela frente
Nesta quarta-feira o Corinthians tem o primeiro jogo de uma decisão muito importante contra o Flamengo.
A torcida, que tem comparecido em peso, não faltará e lotará a Neo Química.
Mas do outro lado estará o Flamengo que, no ano passado, foi apontado como um dos dois times capazes de parar o Palmeiras, o outro era o Atlético MG.
A tarefa não será fácil.
Mas se o Corinthians conseguir abafar o Flamengo, como fez contra o Fluminense há algumas rodadas, aí sua chance aumenta.
É preciso também que o Renato Augusto, maestro dessa sinfônica tricolor, esteja em seus dias de glória.
E o Cássio também.
Quem viver, verá.
Veja os gols do Fantástico:
https://youtu.be/AK9gRO_aZio
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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