… a extrema direita brasileira conseguiu produzir seus inimigos. Ela tem um grande apego às armas e à masculinidade, como nos tempos italianos de Mussolini. Orientações sexuais diferentes são estigmatizadas: menino é azul, menina é rosa, e pronto. As comunidades tradicionais, cujos território e identidade religiosa e cultural são garantidos pela Constituição, são vistas com desconfiança…
(ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE EM O ESTADO DE S. PAULO,
E NO SITE DO AUTOR, www.gabeira.com.br,
EDIÇÃO DE 30 DE SETEMBRO DE 2022)
Não votarei nem em um, nem em outro.
Não me representam.
Mas tenho perguntas: por que toda vez que se fala em direita coloca-se o “extrema”? Não existe uma direita sem ser extrema?
E por que quando se fala em esquerda nunca se coloca o “extrema”? Não há esquerdistas extremados? Só direitistas?
A impressão que se tem, caso a gente pare para pensar no caso, sugere uma linguagem subliminar – nada sutil – a informar que o pessoal de esquerda é sempre muito ponderado e justo, coisa que não acontece com o pessoal de direita, uma gente histérica.
Não só o autor do texto como TODA a imprensa do país se expressa desta forma.
Gostaria muito de ter uma resposta sobre minhas perguntas.
A Deus o que é de Deus e a César o que é de César; mais alguém ouviu esta mensagem? Pois parece-me que poucos escutaram.
As pessoas estão cansadas de ver as coisas paradas? pois saibam que “o preço da liberdade é a eterna vigilância”, não tem apenas o sentido de vigiar os vizinhos, mas diz da importância de vigiarmos as ações de seu próprio governo. Quantos sabem em quem votou para deputado? Sei que meu voto para federal foi para candidato eleito mas, confesso, não sei do destino do estadual.
Quanto à pergunta acima, há extrema direita, direita, centro direita, centro, centro esquerda, esquerda e extrema esquerda. Tem razões para crer que o atual grupo é moderado ou extremado?