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Nem o juiz para o Verdão. Blog do Mário Marinho

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As previsões indicavam um jogo difícil para o Palmeiras, desfalcado de nomes importantes do seu elenco. Não estavam no gramado do Mineirão: Gabriel Menino, Danilo, Gustavo Gomes, Zé Rafael, Rafael Veiga e o goleiro Weverton. Ah!, não estava também o técnico Abel Ferreira que cumpre suspensão.

Com tantos desfalques era de se pensar que o Verdão seria presa fácil para o Galo mineiro.

E até que pareceu isso mesmo, no primeiro tempo.

O Atlético dominou o jogo, não deu espaço para o Palmeiras e foi acumulando chances criadas de gol e não aproveitadas.

Só bolas na trave foram três. Hulk criou e perdeu pelo menos três excelentes chances. Uma delas, bem defendida pelo goleiro Marcelo Lomba.

Keno também teve chances: chutou uma bola na trave e perdeu ótima oportunidade ao cabecear para fora numa jogada em que tinha tudo para marcar.

Mas, ensina cruelmente o futebol que quem não faz… leva.

E foi assim que o futebol do Palmeiras mudou o desenrolar do jogo na segunda fase.

O dominante Atlético passou a ser dominado.

Aí começou a ter destaque uma figura cuja grande vantagem é exatamente não ter destaque.

Com erros grosseiros.

Mas, antes desses erros, o Palmeiras marcou o seu gol, aos 5 do segundo tempo, com Murilo terminando uma bela jogada de ataque: 1 a 0.

Aí, vieram os erros.

Aos 28 minutos, o zagueiro Mariano pisou no pé do atacante Atuesta que não pôde concluir a jogada. Ficou-se na dúvida se o lance foi dentro ou fora da área. Mas, como o juiz não marcou nada, o certo seria ele ser chamado pelo VAR para rever o lance.

Mas nada disso.

Mais tarde, Breno Lopes marcou o segundo gol do Palmeiras que o juiz Marcelo de Lima Henrique anulou e apontou falta sobre o zagueiro do Atlético.

A repetição do lance mostrou que o jogador do Atlético simplesmente escorregou. A mim, me parece que a falha mais gritante foi do VAR. Se o juiz, por um motivo qualquer, não viu o lance, era dever imperativo de o VAR alertá-lo para rever o lance que terminou em gol.

A existência do VAR é, exatamente, revisar lances com o auxílio da parafernália eletrônica que possui e, assim, evitar que erros sejam cometidos.

Com a vitória, o Palmeiras segue firmemente em direção ao título que, a cada jogo, parece mais próximo.

Agora, o Palmeiras tem 60 pontos e é perseguido pelo Fluminense, que tem 51 e ontem assumiu a vice-liderança. Em terceiro está o Internacional com 50; em quarto o Corinthians com 47 e em quinto o Flamengo com 45.

A próxima rodada, que será disputada no sábado (domingo é dia de eleição) pode trazer novas modificações na classificação.

O Atlético, que está sétimo lugar, agora passa a brigar por classificação na Libertadores, vai receber o Fluminense, O Galo dará a vida para não perder duas seguidas diante de sua torcida.

O vice-líder Internacional receberá o claudicante Santos. Aliás, é digno de registro que o clube praiano venceu na rodada que passou. Não só venceu, mas também foi com inacreditável gol de Luan. Na segunda-feira, o outrora temido Botafogo vai receber o Palmeiras que entra em campo sabendo de todos os resultados – inclusive da eleição.

 O que fazer

com esse pessoal?

Nessa semana, a Polícia Militar de São Paulo liberou o uso de bandeira com mastros nos próximos jogos de futebol em São Paulo. Há tempos existe a proibição de bandeiras com mastros pois a polícia verificou que os mastros eram transformados em perigosas armas nas brigas entre torcedores.

Ah!, que legal, comemorou o torcedor.

Será que é bom?

Depois de ver as imagens da guerra perpetrada entre torcedores do Cruzeiro e do Palmeiras, na rodovia Fernão Dias, eu fico em dúvida.

Os cruzeirenses estavam na Fernão Dias em direção a Campinas onde o Cruzeiro goleou a Ponte Preta e se aproxima cada vez mais do título da Série B. A Raposa já conquistou o direito de voltar à Série A.

Os torcedores do Palmeiras estavam indo para Belo Horizonte onde iriam assistir o jogo contra o Galo.

Ou seja: eles não tinham o menor interesse ou necessidade de entrar em choque. Mas, entraram. Quinze torcedores tiveram de receber atendimento médico nos hospitais da região.

Um deles recebeu um tiro.

É o absurdo dos absurdos, o torcedor armado com um revólver para ir ao campo de futebol. Ele não está se defendendo – está atacando.

Quando voltaremos a ter paz nos Estádio?

JUIZ

Torcedor, no próximo domingo compareça aos locais de votação e, civilizadamente, deposite o seu voto. Mais do que um dever, votar é um direito seu.

Não abra mão dele.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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