Direita ou Esquerda. Por Meraldo Zisman
… O homem intelectual não gosta muito dos seus companheiros ricos, pois supõe que mesmo os mais compreensivos são hostis à sua intelectualidade e ao seu conhecimento. Já os mais pobres são usados como massa de manobra para constituírem turbas ou ralés, apenas por serem mais sensíveis aos percalços econômicos e educacionais existenciais….
A pessoa cognominada de intelectual é aquela que propala a cultura com ciência de ser a pobreza algo infame e miserável.
Enquanto a “turba”, formada pelos pobres, enfrenta com maior frequência privações, desempregos, desamparos e quase sempre a insegurança alimentar, assunto ao qual venho me dedicando durante minha vida profissional.
Numa situação de “deus-nos-acuda”, os pobres poderiam — com facilidade — embravecer as ruas, praticando arruaça: saques, violência, depredações, mais das vezes sangrenta (insuflados por ideologias esdrúxulas).
O homem intelectual não gosta muito dos seus companheiros ricos, pois supõe que mesmo os mais compreensivos são hostis à sua intelectualidade e ao seu conhecimento. Já os mais pobres são usados como massa de manobra para constituírem turbas ou ralés, apenas por serem mais sensíveis aos percalços econômicos e educacionais existenciais.
Prossigo.
De uma coisa tenho certeza, parafraseando filosofo Ortega y Gasset (1883 – 1955): A missão do intelectual é de certo modo oposta à do político.
A prática intelectual visa aclarar as injustiças sociais, enquanto a maioria dos políticos, salvo os que denomino de estadistas, não respeita a individualidade das pessoas, considerando-as apenas através do dualismo: ser de esquerda ou de direita.
Esta taxonomia dual de esquerda ou de direita é errada e simplista demais para explicar o que denomino de LIBERDADE e RESPEITO.
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Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
Acaba de relançar “Nordeste Pigmeu”. Pela Amazon: paradoxum.org/nordestepigmeu
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Só os intelectuais conseguem tem esse discernimento de perceber que não chegaremos ao denominador comum que beneficie todos então a maioria deveria se unir, onde fosse com respeito ao ponto de poder ter a liberdade de discordar e de reivindicar a maioria.