Quem não faz, toma. Blog do Mário Marinho
O futebol tem seus ditos, suas verdades.
Uma delas, muito surrada de tanta repetição, mas que não deixa de ser verdadeira.
Quem não faz, toma!
Foi isso que se viu na tarde de ontem, domingo, no Morumbi, entre São Paulo e Fortaleza.
Não vou dizer aqui que o São Paulo jogou muito e merecia resultado melhor.
Conforme eu gosto de repetir, campo de futebol não é Tribunal de Justiça, onde espera-se que sempre haja justiça.
Há muito tempo eu não vejo o time do São Paulo jogar com tanta determinação, com tanta vontade.
Talvez embalado pelos 30 mil torcedores que desafiaram a fria tarde do domingo, os jogadores fizeram das tripas o coração para bater o valente Fortaleza.
E, ao logo do jogo, o Tricolor foi acumulando e desperdiçando chance após chance.
Até ele, o Caleri, que sempre encontra o caminho das redes, chegou a perder aquele gol, na cara do goleiro. Aquele que o torcedor soltou o grito: “Esse até minha vó fazia”
Tudo isso após o gol do Fortaleza que aconteceu aos três minutos de jogo.
Ou seja: havia todo o tempo do mundo para virar esse placar ou, no mínimo, empatar para diminuir o prejuízo.
Rogério Ceni bem que fez algumas modificações, mas sem sucesso.
Enquanto isso, lá no Independência, campo do América, o Galo safou-se de certeira derrota ao segurar o empate com o Coelho
Hulk, que há oito jogos não marcava, abriu o placar logo aos nove minutos de jogo. Porém, dez minutos depois, o América empatou com Henrique Alves.
E foi dos pés de Henrique Alves que escapou a grande chance da virada: pênalti apontado pelo juiz e que o goleirão Everson defendeu. O mesmo Everson fez diversas defesas importantes e até foi eleito o melhor jogador da tarde.
O dinheiro
dos meninos.
Leio na coluna do jornalista Robson Morelli, no Estadão de hoje, 29, notícia alvissareira para os nossos times de futebol. Não todos, mas aqueles acostumados a revelar bons jogadores.
Existe um dispositivo legal na Fifa para compensar o tempo de investimento que os clubes gastam nos garotos.
Essa compensação acontece quando o time comprador do atleta o vende para outro time.
Nesse caso, uma parte do dinheiro envolvido vai para o clube revelador.
O São Paulo está prestes a ganhar uma bolada com a transferência do garoto Antony do Ajax para o Real Madri.
A compensação vai variar de acordo com o tempo que o jogador passou no seu clube revelador até à data da venda.
Essa taxa pode chegar até a 5% do valor da transação.
No caso de Antony, ele vai para o Real Madrid por cerca de 500 milhões de reais.
Além do valor total da taxa de compensação, o São Paulo, ao negociar seu jovem atacante, reservou para si 20% do valor do passe. Só nesse caso, são cerca de 100 milhões – dinheirinho que faz muito bem a qualquer Clube. E a pessoas também.
Assim, os times têm que passar a investir na formação de atletas.
Não só estarão moldando os craques de amanhã, como também criando enorme expectativa de dinheiro.
Veja os gols do Fantástico:
https://youtu.be/MbBx8knyi9k
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi 
durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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