Dois jogaços!!! Blog do Mário Marinho
120 mil torcedores, metade no Rio, metade em São Paulo, tiveram o privilégio de assistir a dois excelentes, tensos e emocionantes jogos de ontem pela Copa do Brasil.
Outros milhares ou milhões tiveram a chance de assistir no aconchego da casa os dois jogos pela televisão.
Vamos pela ordem dos acontecimentos.
No Rio, Fluminense e Corinthians com casa cheia, fizeram jogo de quatro gols, muitas chances criadas e muitas jogadas bonitas.
Dá gosto ver o Fluminense de Fernando Diniz jogar com seu toque de bola refinado, a bola sempre com destino certo e dificilmente rifada em desespero.
Do lado do Corinthians, com elenco e propostas menos sofisticadas, prevaleceu a vontade, mas também com belas jogadas aqui e ali.
Aconteceu com o Fluminense o gol de cara. No primeiro ataque, Arias foi atingido por Fágner dentro da área. Pênalti que o VAR confirmou.
Com a demora habitual, a falta foi cobrada aos três minutos – muito cobrado, é bom frisar – por Ganso.
Fluminense 1 a 0.
Mas, aos 22, Yuri Alberto recebe o presente de um passe de um defensor carioca, avança e toca para Renato Augusto empatar.
Como se fosse um replay do primeiro tempo, o Fluminense faz 2 a 1 com Arias, aquele que sofreu o pênalti.
O jogo foi bastante parelho a partir daí, com os dois times se alternando no domínio das ações.
Parecia que iria terminar assim até que, aos 44 minutos, Roger Guedes recebe dentro da área, avança e toca no contrapé do ótimo goleiro Fábio.
Assim, ambos entrarão em campo em poucos dias com absoluta igualdade, já que não prevalece mais o gol marcado fora de casa.
Quem vencer, estará na final da Copa do Brasil. Se empatar – “Haja coração!!!”, obrigado Galvão Bueno – a decisão irá para os pênaltis.
No Morumbi, o técnico e criativo Flamengo foi surpreendido pela valentia do time do São Paulo.
Essa deve ter sido a tônica da conversa de Rogério Ceni com seus comandados no vestiário.
Algo do tipo: eles são melhores, não há o que discutir, então, precisamos equilibrar com a vontade, a gana, a raça.
E foi esse o São Paulo de ontem, um time cascudo.
Mas normalmente a técnica prevalece.
Foi assim que o Flamengo abriu o marcador com João Gomes, aos 11 minutos.
Parêntesis. João Gomes me lembra sempre um mecânico de carro de auto elétrica. Pense bem: seu carro não está pegando? Leva pro João Gomes que ele resolve. Fecha parêntesis.
Aos 21 do segundo tempo, a bola rebatida pelo goleiro Jandrei foi sobrar nos pés de que? Quem? Quem?… Gabigol, claro, que fez 2 a 0.
O São Paulo continuou lutando e, aos 21, conseguiu o seu gol com Nestor.
O quadro não era o dos sonhos dos são-paulinos, mas abria esperanças para o jogo de volta no Maracanã.
Até que, aos 44 minutos, Cebolinha faz 3 a 1.
Um duro castigo para o então cascudo São Paulo.
Sim, não é
partido político
Em entrevista ao Estadão de hoje, diz que já tem de 80 a 85% do time da Copa do Catar definido.
Mas essa definição pode não ser tão certa assim.
Segundo Tite, o preparador físico Fábio Mahseredjian fez importante alerta: “Aumente o seu leque de observações por que tenho o receio muito grande que nós percamos atletas em função da exigência física, do desgaste que está acontecendo.”
Além disso, lembra também o Tite que os jogadores terão que se apresentar em perfeitas condições físicas e de saúde, pois a Seleção terá, no máximo 10 dias para treinar e se preparar na reta final para a Copa.
Perguntado se a Seleção depende de Neymar, Tite respondeu:
– Depende sim. Assim como depende de bons jogadores e bons treinadores.
Resposta inteligente. Mas, na minha opinião a Seleção sem Neymar é apenas um bom time – o que é pouco para uma Copa do Mundo.
Tite disse também que a Seleção Brasileira é um patrimônio cultural e não um partido político.
Por isso, não pretende ir a Brasília nem na despedida para a viagem ao Catar, nem na volta caso conquiste o Hexa.
Mas, para que sua posição possa ser interpretada como atitude política, lembrou que, em 2018, quando o presidente era Michel Temer, ele revelou que sua atitude seria a mesma de hoje.
Boa sorte, Tite.
Veja os gols da quarta-feira:
https://youtu.be/fgijgN2Zs18
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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