Ecologia e Homo sapiens… Sapiens? Por Meraldo Zisman
A Ecologia é a especialidade da biologia que estuda o meio ambiente e os seres vivos que vivem nele, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua distribuição (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia).
A população humana atingiu neste século XXI quase oito milhões de habitantes, e difere das demais (espécimes) do reino animal pela presença de autoconsciência, racionalidade e sapiência.
O Homo sapiens — homem sábio, na lingua latina “nossa espécie” — surgiu há, aproximadamente, 200 mil anos, como resultado de adaptações do Homo erectus ao meio em que vivia. Desde então, fomos extinguindo as espécies oponentes e somos o mamífero dominante do Planeta Terra.
Sigmund Freud afirmou que todos carregamos, no inconsciente, três grandes feridas narcísicas, provocadas pelas descobertas de Nicolau Copérnico, Charles Darwin, e ele próprio.
Explicando melhor, na Idade Média, um monge polonês chamado Nicolau Copérnico (1473 – 1543) demonstrou ser a Terra um planeta que gira em torno do Sol. Thomas Malthus (1766 – 1834), no que lhe concerne, economista britânico, foi o primeiro a preocupar-se com a possibilidade de esgotamento dos recursos naturais, dado ao aumento progressivo do contingente populacional. E o pesquisador Charles Darwin (1809 – 1882), naturalista e também britânico, alcançou a fama e a inimizade de muitos quando expôs, aos seus contemporâneos, sua teoria da seleção natural e sexual, para explicar o surgimento da espécie humana.
Independentemente das diversas teorias e de todos os avanços científicos, permanece o grande temor do Homo sapiens: o medo atávico e inconsciente do desaparecimento ou extinção — Morte.
Quanto ao Planeta Terra, não há necessidade de temores: ela se adaptará às modificações ecológicas que virão na própria modificação do sistema solar—aliás um nadinha no Universo.
O que pode acabar, mais depressa, com esta sujeira toda é a humanidade como espécie. Cervantes (1547 – 1616), dizia haver remédio para tudo, exceto para morte. E, para concluir, não tenho medo da morte, desde que não seja a minha.
Portanto, esta história que temos que deixar o planeta limpinho para nossos filhos e netos é pura hipocrisia. Não passa de homenagem que o vício presta à virtude.
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Quando eu era criança, costumava perguntar à minha mãe, uma, professora das primeiras letras: “Quando o mundo vai se acabar?” Resmungando e pensando que eu não ouvia, ela dizia baixinho: “Esse menino está lendo coisa demais…” Porém, afirmo, categoricamente, à frente de todos esses atuais doutores ecologistas:
“Filho, o mundo só acaba para quem morre. E Papai do Céu não deixará você morrer! Vá brincar, menino, mas, primeiro, coma!”
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Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
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São quase 8 BILHÕES e não milhões.
É gente pra dedéu.