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Sem luz no fim do túnel. Por Edmilson Siqueira

… se a luz no fim do túnel foi completamente apagada sob o governo genocida de Bolsonaro, sob um provável governo Lula, no máximo se acenderá uma vela à distância, que não trará a claridade necessária para iluminar uma esperança de dias melhores…

luz do túnel

Quanto mais nos aproximamos das eleições, mais se consolida o fla-flu  que tem feito parte da vida do brasileiro desde a o fim da ditadura militar, que desembocou numa estranha democracia que não consegue resolver os problemas estruturais do Brasil e preserva uma miséria insistente, que às vezes se torna pobreza e depois se transforma novamente em miséria, necessitada de programas sociais que agridem os cofres e aumentam dívidas governamentais para os próximos anos.

O fato dessa disputa do bem contra o mal (ou do mal contra o mal, como se vê atualmente) não ter resolvido os problemas do Brasil para colocá-lo, ao menos, num “segundo mundo” mostra bem a classe de políticos que domina o país.

Durante a ditadura, não foram poucos os que se tornaram milionários apoiando um governo nacionalista que levou o Brasil para um buraco do qual jamais saiu: uma economia fechada, recheada de intervenções e uma estatal para cada general insatisfeito, transformou o país num parque de diversões dos corruptos. O que veio depois – Sarney e Collor – confirmou a “vocação” que quase todo político brasileiro tem de meter a mão no erário, e esses dois primeiros, hoje, parecem amadores perto do que viria depois.

Se no governo de Fernando Henrique a corrupção ficou num nível tolerável (não houve grandes escândalos, a não ser na visão do PT), o governo Lula e, depois, Dilma, em 14 anos de poder transformou o Brasil na pátria da corrupção. Com esmolas assistenciais para a parcela mais pobre e crédito fácil para quem já tinha um salário ou pouco mais, tivemos um sopro de esperança que não durou nem três anos, porque o método era errado e baseado num momento favorável das exportações.

A economia mal encaminhada e corrompida pela corrupção, desfez o sonho e provocou uma fila de 14 milhões de desempregados, fila essa que, seis anos depois, diminuiu em menos de 3 milhões, sem contar os que desistiram de procurar emprego e vivem de esmolas ou bicos por aí.

Jair Bolsonaro, eleito sob a égide do combate à corrupção, mesmo que tivesse mantido todo seu governo sem qualquer caso de roubo aos cofres públicos, teria feito, assim mesmo, o pior governo da história do Brasil. Como há inúmeros casos de corrupção que já causaram inclusive queda de ministros, seu governo deverá seguir por muito tempo com a taça de pior de todos, já que dizimou a educação, a saúde, aumentou a miséria e destroçou o meio ambiente.

Com esse cenário e com o próximo fla-flu das urnas, não há qualquer esperança que, nos próximos anos, o Brasil comece a sair das amarras que a ditadura militar produziu. Pior: se vencer quem hoje está à frente das pesquisas, o governo petista, como já demonstrado anteriormente, vai fazer o país penetrar ainda mais no mundo estatizante e intervencionista, do qual a esquerda sabe tão bem tirar proveito e fortalecer seu populismo que pereniza a pobreza e coloca na dependência do governo a maioria da população.

Portanto, se a luz no fim do túnel foi completamente apagada sob o governo genocida de Bolsonaro, sob um provável governo Lula, no máximo se acenderá uma vela à distância, que não trará a claridade necessária para iluminar uma esperança de dias melhores. É mais provável que a vela esteja ali apenas para encomendar os cadáveres que os governos populistas, demagógicos e corruptos, sejam de esquerda ou de direita, produzem em massa.

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Edmilson Siqueira é jornalista

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