Será o aquecimento? Blog do Mário Marinho
Algumas coisas estranhas, fora da curva, estão acontecendo nesse mundão de Deus.
Lá na Europa, a gélida Inglaterra, com seus casarões de parede reforçada para assegurar o calor dentro das casas, está se derretendo.
Londres vê nesse verão temperaturas de 40 graus, de fazer inveja ao carioca.
Portugal recebe o mesmo sol de Londres, também 40 graus, e, para complicar, se arde em incêndios a pipocar por todos os lados.
Aqui no Brasil, São Paulo, outrora terra da garoa, vive um inverno com temperaturas beirando os 30 graus.
Que deixa o paulistano atônito e se perguntando: Meu Deus, como será o verão?
Deve ser o aquecimento global.
Aqui no Brasil, na noite desta quarta-feira, os times brasileiros resolveram jogar futebol e, ainda por cima, marcar gols aos montões.
Foram 30 gols em 8 jogos, o que dá a média de quase quatro por jogo. Para ser exato, 3,75.
O São Paulo, por exemplo, com a cabeça de Rogério Ceni fortemente influenciada por uma onda de calor lá no Sul, saiu perdendo para o Internacional, 1 a 0, aos quatro minutos de jogo, com Pedro Henrique.
Não se apavorou e aos 10 minutos o acalorado Nikão empatou: 1 a 1.
Mas, como o minuano sopra com vontade nas terras gaúchas, ajudou Pedro Henrique subir de cabeça e desempatar aos 24.
Só que Nikão não estava para levar desaforos para casa, ainda mais naquele calor, levou apenas 5 minutos para empatar novamente.
Fechando o primeiro tempo, aos 40 minutos, Edenilson, de pênalti, desempata para o Inter.
Na volta do segundo tempo, o artilheiro Luciano, que sempre marca, empatou definitivamente o jogo: 3 a 3 e um calorão danado!
O Corinthians, jogando em casa contra o Coritiba, também sentiu os efeitos da onda de tempo quente.
Fez 1 a 0 com Roger Guedes, aos 26, mas permitiu o empate do Coritiba, aos 9 do segundo tempo, com Luciano Castan.
No segundo tempo, Adson desempatou para o Corinthians e o zagueiro Raul Gustavo marcou o terceiro quando faltavam apenas cinco minutos para terminar o jogo e ninguém aguentava mais o calor.
Mas calor mesmo fez em Brasília, onde aliás o tempo está sempre quente.
Pois foi lá que o Flamengo não tomou conhecimento do Juventude e lascou 4 a 0.
Pedro, que logo vai receber o apelido de Pedro Gol, marcou aos 6 e aos 13.
Everton Ribeiro ampliou aos 18 e, com 3 a 0 folgados, todos trataram de tocar a bola bem tocadinha, bem devagarinho, para deixar o tempo passar.
Só que Lázaro achou que estava tudo meio enfadonho e resolveu marcar quase ao final do segundo tempo.
E assim terminou: Flamengo 4 x Juventude 0.
Em Curitiba, que costuma ser a Capital mais fria do Brasil, o tempo também esquentou.
O Atlético Paranaense não teve a menor dó do seu xará de Goiás e emplacou-lhe sonoros 4 a 1.
Os gols foram chovendo: Cuello, aos 9; Canobbio, aos 14; Terans, aos 3 do segundo tempo e Cittadini fizeram a festa dos Atleticanos.
O gol do Goiás, foi marcado aos 26 do segundo tempo, por Kevin, que entrou exatamente para fazer esse gol.
Na terra do normalmente quente do cerrado, o Goiás recebeu o Fluminense e aplicou-lhe um tremendo susto 2 a 1 no primeiro tempo.
Os gols foram marcados por John Arias aos 28 do primeiro tempo, Flu 1 a 0. Aos 35, Nicolas empatou e aos 45 Pedro Raul colocou o Goiás na Frente: 2 a 1.
Veio o segundo tempo para dois fortes artilheiros virarem o jogo para o Flu: Cano, aos 39, e William Bigode aos 41.
Na Vila Belmiro, soprava uma brisa agradável vindo da praia de José Menino e o Santos cadenciou seu jogo já normalmente cadenciado e fez 2 a 0 em cima do Botafogo.
Um gol em cada tempo: Léo Batistão aos 33 e Marcos Leonardo aos 32 do segundo tempo.
Lá no Ceará, onde sempre o tempo está quente e é normal o estádio ficar sem luz, o Ceará fez só um golzinho para vencer o Avaí: 1 a 0. O gol foi de Vina, aos 45 do primeiro tempo.
Em Bragança Paulista, terra da linguiça, o Bragantino não teve muitos problemas para vencer o Fortaleza, 2 a 1 que, assim, continua na vice lanterna.
Veja os gols desta quarta-feira:
https://youtu.be/VuKTvwl3VBI
Super Coelho
Recebo ligação do meu amigo Toninho Pessoa, amigo há décadas, ex-diretor do América, que hoje, aposentado, passa os dias contando as cabeças de gado em sua fazenda na aprazível Bom Despacho, em Minas Gerais.
– Mário, cê viu só qui doidera?
– Vi não, Toninho, qual é.
– Uai, sô. Nosso América nunca teve assim, pertim, pertim de ser campeão da Copa do Brasil!
-É mesmo?
– Só três joguinhos … É só vencer o São Paulo, depois o Corinthians e depois do Flamengo na final.
– Só isso?
– Uai, é só!
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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