verdão folga

Verdão mantém a folga. Blog do Mário Marinho

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O 2 a 2 entre Avaí e Palmeiras acabou por deixar todo mundo contente.

O Palmeiras manteve a mesma liderança e folga que tinha antes de o jogo começar – três pontos a mais que o vice-líder Corinthians – e o Avaí manteve sua posição intermediária, 11º lugar –  e vai se tornando cada vez mais difícil de ser batido em seu campo.

O atacante Jean Pyerre, que fez um golaço de falta, resumiu bem a situação em entrevista após o jogo, na Tv Globo:

– Não perdemos o jogo e conseguimos arrancar um ponto do Palmeiras. Poucos times neste brasileirão alcançarão esse resultado.

E está correto.

O Verdão começou o jogo com time misto. Mesmo assim, se manteve em bom nível dentro de campo, até os 52 minutos do segundo tempo, quando levou o gol em um pênalti cometido por Gustavo Gomez em falta sobre o atacante Ranieli. Bissoli bateu e converteu.

O gol de empate do Palmeiras foi também na cobrança de um pênalti, aos 2 minutos do segundo tempo, cometido por Bressan que cortou, com o braço, a bola chutada por Breno Lopez. Gustavo Scarpa converteu.

Aliás, sobre os pênaltis nesse jogo, em nenhum deles o árbitro pediu ajuda do VAR: ambos foram marcados no campo, no apito.

Para quem acha que o VAR manda em tudo, o carioca ​Wagner do Nascimento Magalhaes, que teve boa arbitragem ontem, prova que o juiz ainda manda em campo.

Ainda, por falar em pênalti, tenho uma pergunta para a qual ainda não recebi resposta convincente.

Segundo um ex-juiz, o gol é o único lance no jogo em que o VAR participa obrigatoriamente.

Em outros lances, ele pode ser consultado pelo juiz ou até pode dar sua opinião caso perceba que o juiz está cometendo erro crasso. Como, por exemplo, expulsar o jogador errado.

Mas eu pergunto por que o pênalti não é uma dessas ocasiões de se chamar o VAR obrigatoriamente.

Segundo esse ex-juiz, o gol é um dos acontecimentos dentro de campo do qual não se tem volta. Se o juiz erra, o VAR tem que sugerir que ele assista novamente o lance.

Mas o pênalti, em minha opinião, é quase tão fatal quanto o gol em si.

Nesse Brasileirão, segundo estatística do Uol Esporte, foram assinalados, até o dia 02 de junho, 28 pênaltis. Desse total, apenas cinco não foram convertidos.

Esses números mostram como é fatal o pênalti.

Você já deve ter ouvido aquela frase do filósofo ludopedista Neném Prancha: “O pênalti é tão importante que deveria ser cobrado pelo presidente do Clube de paletó e gravata.”

Trata-se de uma daquelas ocasiões que requerem pompa e cerimônia.

Hoje até que muitos pênaltis são mais comuns.

No meu tempo de garoto, lá no bairro Parque Riachuelo, em Belo Horizonte, nos campos de várzea, o pênalti era uma raridade que exigia a pompa e circunstância que disse atrás.

Naqueles jogos, a molecada gostava de ficar atrás de um dos gols. Na maioria das vezes, atrás do gol adversário. Era para fazer pressão ao goleiro e a garantia de não perder um gol.

Mas se um pênalti fosse assinalado lá do outro lado, a molecada saía em desabalada carreira para chegar a tempo de assistir à cobrança.

Os juízes, quase sempre o chamado juiz de barranco – aquele que era escolhido aleatoriamente -, parecia entender o anseio da molecada e tratava de postergar um pouquinho a cobrança para dar tempo de que todos assistissem ao grande momento.

Mas, enfim, os tempos são outros.

Com a entrada de alguns titulares, o Palmeiras jogou bem melhor o segundo tempo, virou o jogo e depois tomou o empate.

Como eu disse, graças ao empate do Corinthians contra o Santos, 0 a 0 no sábado, o Verdão se manteve numa boa.

E, como disse Jean Pyerre, poucos serão aqueles que conseguirão tirar ponto do Verdão nesse Brasileirão.

O meu América foi inapelavelmente batido pelo Flamengo: 3 a 0.

Despencou na tabela: está em 17º lugar, na perigosa escorregadia Zona de Rebaixamento.

Veja os gols do Fantástico:

https://youtu.be/tm-Cyi_9q68

https://youtu.be/tm-Cyi_9q68

Será

francês?

di rã

Quando ouvi o nome Jean Pierre (em meus ouvidos soou assim, nada de y), pensei: trata-se de um jogador francês importado pelo Avaí?

Mas, nada disso Jean Pyerre Casagrande Silveira Correa é gaúcho, nascido em Alvorada, tem 24 anos e foi revelado pelo Grêmio.

Aí, ele me lembrou a história de outro jogador de nome fora da curva: o Di Ran.

Foi lá no Nordeste que se deu o caso.

Di Ran despertou a curiosidade do narrador de rádio daquele jogo e pediu a seu repórter que procurasse saber a origem daquele nome. Seria ele francês? Nesse caso, Duran?

Intervalo do jogo, o diligente repórter procurou o jogador.

– Nosso narrador está perguntando se você é francês? Se o seu nome se escreve Dirran, Duran ou como é.

E o humilde jogador explicou.

– Não, meu nome mesmo é Zeca do Pedroso. Pedroso é o meu pai.

E por que o apelido?, quis saber o solerte repórter.

– É porque eu tenho a boca muito pequena. Aí, me botaram o apelido de cu de rã. Como não se pode falar cu no rádio, resolveram me chamar de Di rã…

Pano rápido.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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