pena que foram só 45 minutos

Pena que foram só 45 minutos. Blog do Mário Marinho

pena que foram só 45 minutos

Athletico Paranaense e Corinthians jogaram na noite desta quarta-feira, na bela Arena da Baixada.

Para quem gosta de futebol, foi um começo emocionante, com o Athletico fazendo jus a seu apelido de Furacão.

Foi como um furacão que o time de Curitiba partiu para cima do Corinthians, mal dando-lhe tempo para respirar.

Em quatro minutos, a defesa do Timão cedeu quatro escanteios.

Mas, no quinto minuto, quem marcou foi o Corinthians, com Roger Guedes cobrando magistralmente falta de fora da área.

Empurrado por sua torcida, o Athletico não tomou conhecimento do gol adversário e continuou mandando no jogo.

Aos poucos, o Corinthians conseguiu sair do sufoco e foi equilibrando o jogo, tocando a bola com calma para não entrar na correria louca do adversário.

Tivemos então 45 minutos de ótimo futebol.

Não guardei os números, mas me lembro do comentarista de arbitragem da Globo, Sálvio Espínola, chamando a atenção para o número irrisório de faltas cometidas naqueles primeiros 45 minutos: coisa de quatro ou cinco faltas. Padrão Europeu.

O primeiro tempo terminou 1 a 0 para o Timão.

Veio o segundo tempo.

Pareceu outro jogo.

Aqueles jogadores rápidos, mas, respeitosos deram lugar a uma turma de encrenqueiros que queriam briga a qualquer custo.

Se um jogador olhava para o outro, esse outro enchia o peito de ar e devolvia a encarada, como nas brigas de galo.

Ou, então, brigas de meninos da escola primária.

Aquela briga em que um moleque encarava o outro firmemente. Sempre aparecia alguém que fazia uma risca no chão, entre os dois, e gritava: “Quem for mais homem pise aqui.”

Como cada um queria ser mais homem que o outro, pisavam com força, ao mesmo tempo, e, consequentemente, um acabava pisando no pé do outro.

Era como se soasse um gongo e dois se engalfinhavam, para alegria da molecada que, aos gritos, delirava com o pega.

Foi assim que, num determinado pega, Roni e Hugo Moura foram expulsos.

E o jogo deixou de ser brilhante.

O Athletico, que dominou mais que seu visitante, conseguiu o gol de empate aos 36 do segundo tempo, através de Terans.

Fim de entrevero, ops! de jogo, os moleques foram para as respectivas casas ou vestiários.

A torcida aplaudiu já que o resultado foi bom para os dois.

Mas, o espetáculo poderia ter sido bem melhor.

Quem ganhou, e não esquecerá esse jogo, foi um garotinho que mostrou uma placa com os dizeres: “Cássio, sou goleiro. Me dá a sua camisa”.

Ao final do jogo, Cássio, numa atitude elegante, deu a camisa ao garotinho que a vestiu, cobrindo todo o seu corpinho.

Boa, Cássio!

O meu

América

coelho

O Coelho jogou ontem no Independência contra o Fluminense.

Como eu estava assistindo ao jogo do Athletico com o Corinthians, pedi ao meu amigo e também jornalista, Júlio Baranda, que fizesse rápida apreciação do jogo e me mandasse.

Eis o relato que veio de Belo Horizonte:

América 0 x Fluminense 0. Acabou. América foi um time guerreiro, com um a menos desde os 10 minutos do primeiro tempo, conseguiu segurar o bom time do Fluminense e manter o resultado até o final. Mesmo com alguns momentos de ataque contra defesa o América conseguiu bons contra-ataques e segurou o 0 x 0.”

Estou vendo que, mais uma vez, o América joga bem e não consegue a vitória.

Foi assim contra o Corinthians, lá no Independência, e aqui, no Morumbi, contra o São Paulo.

Nesse jogo contra o time comandado por Rogério Ceni foi um exagero: aos 15 minutos do segundo tempo, não estaria errado quem dissesse que o América deveria estar ganhando por 3 a 0 no mínimo.

O América mandou no jogo nos primeiros 45 minutos.

No segundo tempo, ainda criou mais chances, porém, encontrou pela frente um time mais forte do que aquele do primeiro tempo.

E foi assim que o São Paulo marcou e saiu de campo com a suada vitória por 1 a 0.

O América sofre com a falta de pontaria de seus atacantes.

Isso pode sair muito caro.

Não foi aventura,

Sr. Presidente.

Desaparecido no AM: Quem é o indigenista Bruno Pereira - 08/06/2022 - Poder - FolhaDom Phillips : un journaliste britannique porté disparu au Brésil après que son guide local ait reçu des « menaces » | Nouvelles du monde - News 24 | Actualités en France et à l'international

Com aquela facilidade que fala bobagens e que demonstra total falta de empatia, que o presidente da nossa República, Jair Messias Bolsonaro, classificou de aventura a investida do indianista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips pelas matas da Amazônia.

Só faltou dizer que não tinha nada a ver com os dois na selva, terminando com a justificativa: “E daí, eu não sou Tarzan.”

Também, caríssimo vice-Presidente da nossa República, Antônio Hamilton Martins Mourão, não foi um simples caso de Polícia, como o senhor desdenhou ao falar para jornalistas em Brasília.

O caso é muito sério, general.

São vidas de pessoas que trabalham para o bem que foram perdidas na Amazônia. A vida do brasileiro Bruno Pereira e a vida do jornalista inglês Dom Phillips que trocou sua terra natal pelo Brasil. Ele vivia em Salvador com a esposa brasileira. Lá também, ajudava crianças carentes, dando-lhes gratuitamente aulas de inglês.

Bruno era um homem de paz que sempre se dedicou ao contato com indígenas, a ouvir, reconhecer e resolver, na medida do possível, os muitos problemas que esse povo vive.

E que aumentam dia a dia com o descaso do presidente da nossa República que vai entregando, de bandeja, a Amazônia inteira para bandidos que fazem contrabando, que extraem minérios ilegalmente, que matam pessoas e contaminam tribos indígenas.

O mundo, Sr. Presidente e Sr. Vice, acompanhou com o crescente horror essa tragédia.

Que não é um caso isolado. Isso vem lá do assassinato do ambientalista Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, assassinado em 1988.

Dezessete anos depois, veio o assassinato da missionária norte-americana Doroty Stang, no Pará, uma mulher que lutava pela paz.

Em maio de 2011, o casal de castanheiros e ambientalistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo caíram vítimas de uma emboscada no Pará.

Estes são casos mais gritantes, mais explosivos.

Mas, se as autoridades não olharem para esse povo, que apenas defende a sua terra, outros brasileiros tombarão.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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