Galo e Verdão saem na frente. Blog do Mário Marinho
O futebol é um esporte emocionante, vibrante, envolvente, apaixonante.
E é feito de rivalidades.
Todo time quer ser o melhor. Todo torcedor jura que seu time é o melhor.
Menos, claro, os torcedores do pernambucano Ibis que se orgulham do título de “Pior Time de Futebol do Mundo”. E dele não abre mão.
A rivalidade começa perto de casa.
Literalmente.
Se o seu vizinho tem um belo jardim, você, certamente, vai querer um jardim mais bonito – muito embora a grama do vizinho pareça ser sempre mais verde.
Quando criança, lá em Belo Horizonte, a grande rivalidade era entre o Atlético e o América, meu time. O Cruzeiro ocupava o modesto terceiro lugar.
Morei no Rio e convivi com o Fla-Flu. Na época, escolhi o Flamengo de Garcia, Tomires e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel, Henrique, Dida, Índio e Babá. E ainda tinha Evaristo para entrar nesse time.
Antes do Campeonato Brasileiro, nos anos 60-70, o maior clássico nacional era entre Botafogo e Santos.
Êta jogo bom de se assistir!
Era certeza de gols. De muitos gols.
E ninguém discutia: eram os dois melhores times do Brasil.
Quase equivalentes em força e técnica – mas o Santos tinha Pelé.
Com o advento do Brasileirão – hoje, sem dúvida, o mais disputado do mundo – outras rivalidades foram se formando.
No momento, a mais forte delas é, sem dúvida, Palmeiras e Atlético.
Quem é o melhor?
A resposta é aquela que vale um milhão de dólares, porque é muito difícil de cravar.
Meu sobrinho, Bruno Marinho Peixoto, mora em Portugal onde não perde jogo do Atlético.
Faz parte, inclusive, do Consulado do Galo que reúne um grande número de atleticanos que moram em Portugal.
Se reúnem com frequência e, claro, em todos os jogos do Galo.
O Bruno mandou para este Blog a imagem abaixo, que mostra o desempenho dos dois times neste ano de 2022.
Como se vê, há uma grande paridade. Como diriam os gaúchos, são time parelhos.
Ambos têm bons técnicos, bons esquemas de jogo, têm seus ídolos, têm suas conquistas.
Desnecessário, por sua obviedade, perguntar ao Bruno qual dos dois times é o melhor.
É o Galo – há de responder ele sem a menor sombra de dúvida.
Meu genro, Armando Ferretti, que, pelo sobrenome já dá para adivinhar que é palmeirense, certamente há de discordar.
Aliás, no domingo passado, assistimos lado a lado a espetacular vitória do Verdão sobre o São Paulo.
Vitória, não: massacre.
Ao final do jogo, título numa das mãos, cerveja na outra, provocou:
– Pode dizer: é o melhor time do Brasil, não é?
– Tem o Atlético que também está ganhando tudo, respondi.
– Mas nossa camisa é mais pesada!
Pode ser até que a camisa seja um bom critério para desempate. Só que é muito subjetivo.
Mas, sem dúvida, são os dois melhores times do Brasil.
E o título de melhor só será possível com o encontro dos dois.
E teremos essa chance, aliás mais de uma, logo-logo.
Talvez eles se encontrem na Libertadores. Tomara que seja na grande Final.
Depois, vem o Brasileiro que já vai começar. E aí eles vão se encontrar pelo menos duas vezes.
Na atual Libertadores, eles começaram bem.
O Palmeiras foi à Venezuela e não tomou conhecimento de seu adversário, o Deportivo Táchira: 4 a 0, com gols de Dudu, Raphael Veiga e Rafael Navarro que marcou duas vezes (foto acima).
O próximo adversário será o boliviano Club Independiente Petrolero, na terça-feira próxima, no Allianz Parque.
Previsão do tempo: sujeito a goleada.
Já o Atlético pegou o colombiano Tolima, lá, e venceu por 2 a 0.
Mas não é uma vitória comum.
Na verdade, a primeira de um time brasileiro sobre o Tolima lá na casa dele.
Corinthians, Vasco, Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Athletico-PR, Rio Branco-AC já haviam duelado contra o time colombiano em Ibagué, e ninguém venceu.
A derrota do Corinthians foi a pior delas: aconteceu em 2011, quando o time era dirigido pelo Tite, tinha em campo o Fenômeno Ronaldo e mesmo assim foi eliminado da Libertadores.
O próximo jogo do Atlético será contra o meu América, na quarta-feira que vem.
Aliás, por falar em América, ontem perdemos para o Independiente Del Valle, 2 a 0.
E o pior: jogando em casa.
Pode isso?!?!?!
Veja os gols da quarta-feira
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR) ____________________________________________________________________