Ah!, Palmeiras…Blog do Mário Marinho
É hora de juntar os cacos, sacudir a poeira e dar volta por cima.
Mas é hora também de encarar a realidade e buscar soluções para os erros.
Recebi mensagens de alguns torcedores dizendo que o time foi bravo, valente, lutador. Que jogou bem e, para alguns, fez até um partidaço.
Não foi esse o futebol que eu vi.
No último Blog publicado aqui, dei ao Palmeiras 53% por cento de chance de ser campeão do mundo, contra 47% do Chelsea.
A diferença era muito pequena e tornou-se maior ainda conforme o andamento do jogo… a favor do Chelsea.
O esquema tático do Verdão foi a repetição do que tem mostrado ao longo dos quase dois anos de Abel Ferreira e, diga-se de passagem, com sucesso.
Só que é um esquema muito manjado.
O time se defende com muita garra, com muita força, como um time pequeno.
E ataca fortuitamente… como um time pequeno.
A defesa se sai bem devido à concentração e jogadores do seu meio campo à sua área de defesa.
O ataque, pobre coitado, se resume a dois jogadores: do lado direito, Roni; do lado esquerdo, Dudu.
São dois velocistas que costumam dar conta do recado.
Principalmente, quando o adversário avança para aproveitar o recuo do time palmeirense, oferecendo espaço para a corrida desenfreada dos dois.
Dudu é o mais perigoso porque não é tão desenfreado. Já Roni…
Contra o Chelsea isso não deu certo.
O time inglês, que não é nenhuma Brastemp, tratou de tocar a bola do seu campo até à intermediária palmeirense, mas tendo o cuidado de deixar sua retaguarda bem guarnecida.
Não caiu na armadilha.
O 2 a 1 ficou até de bom tamanho para o Palmeiras.
Se o Chelsea tivesse jogadores com maior capacidade de finalização, certamente o placar seria bem mais elástico.
Uma pena!
O Palmeiras nunca esteve tão perto do título mundial.
Seu time chegou a Dubai descansado, bem treinado e em paz consigo mesmo.
Tá certo que o futuro a Deus pertence, mas, vai ser difícil encontrar outra chance como essa para, enfim, acabar com o tormento, o pesadelo da conquista do mundial legítimo.
Não é o fim do mundo.
Pode ser – até – o começo de um trabalho mais realista.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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