Então é Natal. Blog do Mário Marinho

E aí você se lembra da canção da Simone e se ainda não a ouviu este ano, terá chance de ouvi-la ao final desse texto.

É Natal pro Velho e pro Novo.

Pro Velho Ano que está se acabando e pro Novo Ano que se avizinha.

Pro Velho que dá o presente e pro Novo que recebe o presente.

É a mesma emoção que se repete há séculos.

Também é momento de ouvir “Noite Feliz” essa canção secular que, na sua origem, canta o silêncio.

Na tradução brasileira, canta a felicidade que queremos, que buscamos, embora a melodia seja um tanto triste.

Também é época de assistir ao show do Roberto Carlos que parece se repetir há séculos, mas sempre causa emoção. E são tantas as emoções.

Mas, emoção mesmo pra valer é ver brilhando os olhinhos da pessoa, ou pessoinha, que recebe o presente. Mesmo que seja um presentinho, uma lembrancinha.

A noite de Natal evoca a saudade, a lembrança daqueles que não estão por perto e aqueles que nunca mais estarão por perto.

Que viraram saudades eternas.

A magia do Natal te leva a viajar no tempo.

Na busca de doces recordações.

Faço um esforço de memória e a primeira recordação que tenho de um Natal me leva aos meus cinco ou seis anos de idade.

Morava na rua Bernardo Cisneiros, 321, no bairro Parque Riachuelo, em Belo Horizonte.

Naquele tempo – e durante muitos anos – era mais fácil aos pais dar presente aos filhos.

Menino ganhava bola de futebol ou um caminhãozinho.

Menina ganhava boneca.

Naquele ano, eu ganhei uma caminhonete Ford, de cor verde, que, anos depois, fiquei sabendo ela tinha o apelido de “Dentuça” por sua grade na frente do motor.

Eu carregava minha dentuça para onde ia.

O Márcio, meu irmão dois anos mais velho, ganhou uma bola de futebol.

Maria Helena, minha irmã dois anos mais nova, certamente ganhou uma boneca.

A Marina, dois anos abaixo da Maria Helena, acho que ainda não havia chegado.

Mas, o fim de ano é o momento de oferecer desejos, votos de boas festas, de saúde, de sorte.

Se você for do futebol, desejo que faça muitos gols, gols de bola parada, de cobrança de falta, de escanteio, de cabeça,  de bicicleta… simplesmente gols. Todos a favor, claro.

Para os tenistas, muitos pontos, que a bola que pega na rede caia na quadra adversária, muitos aces, muitos lobies.

No vôlei, muitos pontos de saque ou de voleio. E também de bloqueio.

Que você tenha a resistência quase inacabável do atleta para a maratona da vida.

Ou que alcance alturas inimagináveis para os saltos aos obstáculos que aparecerem pela frente.

Muitas e muitas cestas de três pontos, daquelas que fazem chuá, nem encostam no aro.

Que a sua entrada na água após o salto da plataforma de 20 metros seja totalmente na vertical.

Seus tiros, sejam na carabina deitado, pistola ou mesmo arco e flecha cheguem ao centro do alvo, na mosca.

Sua volta seja a mais rápida, na F1 ou no kart, e à sua frente tenha apenas a bandeira quadriculada.

Que as braçadas dentro daquela imensa piscina sejam tão prazerosas quanto o abraço de carinho.

Seja a sua bicicleta a mais veloz, no mountain bike, BMX, estrada ou velódromo.

Que a sua elegância combine sempre com a elegância da esgrima.

E que você nunca leve um tombo na ginástica – de trampolim, barras, argolas ou artística.

Enfim, que Você seja tão forte na vida como são os halterofilistas.

São meus sinceros votos…

Acima de tudo, seja feliz.

Agora, fique com a Simone.

https://youtu.be/CMDIj8cRJps

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Mário Marinho volta dia 10 de janeiro!