O Ano da Graça do Galo. Blog do Mário Marinho
Não foi apenas a vitória sobre o Athletico paranaense, 2 a 1, na Arena da Baixada.
Foi o campeonato mineiro conquistado depois de dois empates sem gols contra o América, o meu América. Melhor campanha mão no título.
Foi a contratação do musculoso Hulk que levou muitos torcedores, atleticanos ou não, a torcer o nariz.
Afinal o que se dizia do Hulk era que se tratava de um jogador extremamente musculoso, daí, o apelido, e mais nada. E um veterano de 35 anos.
Hulk chegou para mostrar um lado que poucos conheciam e que o tornou vitorioso em todos os times por onde passou.
O que não se conhecia era a habilidade que aquele monte de músculos era capaz de mostrar. Trato fino de quem é íntimo da bola. A capacidade de um drible num pequeno espaço que, a rigor, não suportaria nem mesmo o peso desses formidáveis músculos. A visão de jogo, descobrindo um companheiro lá do outro lado do campo, o lançamento perfeito.
Enfim, tratava-se de um grande jogador e não apenas o arremedo de um personagem cinematográfico.
Veio a conquista do campeonato brasileiro com anos luz de antecedência.
De posse de dois títulos importantes, o Galo partiu para a final do terceiro título, a Copa do Brasil.
No primeiro jogo, um passeio em cima do Athletico Paranaense que parecia um bando de assustados jovens a enfrentar o Mineirão lotado e os imarcáveis jogadores do Galo.
O placar final foi de 4 a 0. Porém se tivesse terminado 5 ou 6 a zero não seria nenhuma injustiça. O Galo fez por merecer.
A decisão final lá em Curitiba, já apresentou um Athletico diferente do primeiro jogo. A missão, reverter os 4 a 0, era impossível. Todos sabiam.
Mas os jogadores do Furacão entraram em campo com a determinação de que era possível.
E lutaram bravamente.
Ao Atlético Mineiro basta apenas manter a temperatura da água morna e deixar o tempo correr.
Mas, não é essa a filosofia do técnico Cuca que exige dos jogadores a aplicação em tempo integral.
Assim, o que se viu foi um belo jogo de futebol.
E um destaque que se faz necessário.
A torcida do Furacão deu um show de confiança e amor em seu time, cantando sem parar e agitando suas bandeiras, do começo ao fim do jogo.
E após o apito final, enquanto torcedores do Galo ali presentes e jogadores em campo se abraçavam e festejavam o título da Tríplice Coroa, a torcida do Furacão continuava a cantar e entoar frase de amor ao time.
Mas, o Galo não é só Hulk. É preciso falar de seu goleiro, o excelente Everson. E o que dizer do zagueiro Nathan? Do Lateral Guilherme Arana. De Zaracho? E do infernal Keno?
Então, vamos falar de todos:
Everson; Mariano, Igor Rabello, Alonso e Guilherme Arana; Allan, Jair (Tchê Tchê,) e Zaracho (Savarino); Vargas (Nacho), Keno (Calebe) e Hulk (Eduardo Sasha).
Técnico: Cuca
Em Belo Horizonte, cidade e cidadãos passaram a noite iluminada por fogos de artifício, batucadas, emoções que se espalharam do pirulito da Praça Sete para todos os lados da cidade.
As merecidas comemorações vão continuar ainda por algum tempo.
E quando vão parar?
Não se sabe.
Mas, sabe-se que na semana que vem mais Galo.
Será o dia da Missa do Galo.
Veja os melhores momentos:
___________________________________________________________________
Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
____________________________________________________________________