Meninas tríplices competentes. Blog do Mário Marinho
Foi bonito ver as meninas do Corinthians levantando mais uma taça.
Foi bonito ver a Arena Neo Química recebendo público de mais de 30 mil torcedores.
E, ainda mais bonito, é ver a vitória de um planejamento, coisa muito difícil no mundo do futebol – principalmente o brasileiro.
O atual time feminino do Corinthians foi criado em 2016, em parceria com o Grêmio Osasco Audax, parceria que durou até 2018, quando houve a separação.
Mas os títulos vieram já no começo: em 2016, as meninas levantaram o caneco da Copa do Brasil.
No ano seguinte, 2017, ganharam a Copa Libertadores da América.
São muitos os títulos:
Paulista: 2016 e 2021.
Brasileiro: 2018, 2020 e 2021.
Copa do Brasil: 2016.
Libertadores: 2017, 2019, 2021
A formação e o planejamento dessa equipe, a partir da separação com o Audax, em 2017, ficou a cargo da diretora Cris Gambaré, ex-conselheira do clube.
Naquele ano, Cris deixou o Conselho do Clube e assumiu, como diz ela, de corpo e alma a direção e a gestão do futebol feminino.
Foi nessa época que ela trouxe para técnico o jovem Arthur Elias, hoje com 40 anos de idade.
A receita do sucesso é fácil:
Pega-se uma diretora competente e disposta a trabalhar; um técnico cheio de ideias novas, de bom diálogo e disposto a trabalhar, junta-se a um elenco forte, de raça e disposto a trabalhar e o resultado de tudo isso são os títulos.
Esse é o Corinthians campeão com suas meninas maravilhosas.
Veja os melhores momentos de Corinthians 3 x 1 São Paulo que valeu o título de campeão paulista de 2021.
Paciência,
Torcedor!
Desde sua chegada em maio, o técnico Sylvinho comandou o time em 38 jogos: foram 15 vitórias, 12 empates e 11 derrotas.
Marcou 48 gols, sofreu 35.
Convenhamos que não é a mais brilhante das campanhas.
O quarto lugar no Brasileirão deixou para trás muita gente boa.
A começar por Santos (11º colocado) e São Paulo (13º) rivais históricos.
Sylvinho chegou em maio e pegou um time beirando a Zona de Rebaixamento. O que se falava, na época, era no sentido de tirar o time dessa incômoda posição.
Ninguém falava em pré-Libertadores e, muito menos, na classificação direta para a Libertadores.
O time era muito ruim.
Mais tarde, com a chegada de alguns veteranos, entre eles Renato Augusto e Roger Guedes, o time melhorou consideravelmente.
Não, não é um time brilhante. Mas conseguiu classificação de time brilhante.
Outro dia, assistindo a um jogo pela tevê, vi um cartaz nas mãos de um torcedor que pedia a saída de Sylvinho e dos veteranos.
É muito.
E é muita falta de paciência.
Sylvinho, que ainda não é um técnico de renome, passou pelo teste de fogo que é o Brasileirão.
Agora, no Paulistão, certamente navegará em águas mais calmas.
Que tal dar a ele um pouco de crédito?
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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