Cada dia mais campeão; cada dia mais rebaixado. Blog do Mário Marinho
A situação de um time desesperado se assemelha àquela história do pobre. Diz-se que o pão do pobre cai sempre com a manteiga virada para baixo; em comparação, a bola chutada pelo time desesperado bate sempre na trave.
Foi assim a história da vitória do Atlético sobre o Grêmio, na noite de ontem, no lotado Mineirão que colocou o Galo com 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Palmeiras, e 12 sobre o terceiro, o Flamengo.
A cada minuto que passa, o Galo é mais campeão.
Na noite de ontem, 56.624 torcedores pagaram ingresso. Ou seja, o Mineirão estava lotado, já que a capacidade total oficial é de 62 mil torcedores.
Essa multidão viu o Grêmio partir com tudo para cima do Atlético e mandar duas bolas na trave em apenas 10 minutos com o atacante Borja.
Mas, como já dizia o profeta Zaratustra, quem não faz toma.
Assim, aos 11 minutos, o Galo marcou com Zaracho.
Mesmo empurrado por sua louca torcida, o Galo preferiu tirar o pé do acelerador e tocar a bola para alívio do Grêmio.
O começo do segundo tempo pareceu uma repetição do primeiro, com o Grêmio partindo desesperadamente para cima do Galo.
Só que, desta vez, conseguiu o seu gol com Campaz logo aos 10 minutos.
O mesmo Campaz, que pintava como herói por ter feito o gol de empate, tornou-se o vilão do Grêmio ao cometer pênalti aos 29 minutos.
Pênalti que foi cobrado por Eduardo Vargas que havia substituído Hulk, o cobrador oficial.
Daí para frente, apesar de o Grêmio ter colocado uma quantidade enorme de atacantes, não houve mudança no placar.
Os gaúchos voltam para casa mais afundados e a sete pontos do primeiro colocado na escorregadia Zona do Rebaixamento.
E, depois de amanhã, enfrentam o Internacional. Parada duríssima.
O Atlético, no fim de semana, vai enfrentar o América. Também não vai encontrar moleza…
Veja os melhores momentos.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Amigo Mário,
Bom dia,
Apesar de há muito não falar com o amigo, continuo conferindo cada “Blog do Mário Marinho”. Leio todos os tópicos e admito que, em alguns casos, ajudam a modificar a minha visão sobre o ludopédio — especialmente sobre o nosso Galo e suas vítimas da vez, é claro.
Portanto, agradeço por esse presente que chega “religiosamente” (como convém aos que admitem a tese do esporte bretão como crença) à minha tela.
Abraços para você, a Vera, filhos e netos.