halloween - BOLSONARO

HALLOWEEN NO BRASIL

Halloween aqui e aí… Por Wladimir Weltman

HALLOWEEN

halloween - icons of darkeness

Outubro nos EUA é tempo de bruxas, fantasmas, zumbis e toda sorte de monstros. As pacatas ruas de subúrbio californiano se enchem de decorações fantasmagóricas e de gosto duvidoso – teias de aranhas, lapides de cemitérios, esqueletos etc.  Nessa época do ano as emissoras de TV a cabo e as streaming tiram dos arquivos todos os filmes de terror disponíveis para saciar o apetite por essas obras aterrorizantes. E a cidade de Los Angeles coloca à disposição de seus habitantes mais de 24 atrações noturnas dedicadas a apavorar os incautos sedentos por sustos e emoções nem tão baratas, a preços que variam dos 10 aos 100 dólares. Tive curiosidade de checar as que mais tem a ver com a indústria do cinema, minha praia, e aqui estão:

Os Estúdios da Universal oferecem por 90 dólares uma noite de horror que inclui um trem fantasma hollywoodiano, o labirinto do filme HALLOWEEN 4 e uma série de outras aventuras apavorantes.

O parque temático Knott’s Berry Farm oferece uma variedade de atrações inusitadas, como um cardápio fantasmagórico, um show de fantoches assustadores e outras emoções forte, pela bagatela de 100 dólares.

Em Hollywood a atração “Icons of Darkeness” expõe adereços de filmes como DRÁCULA, FRANKENSTEIN, EDWARD MÃOS DE TESOURA, SILÊNCIO DOS INOCENTES e GAME OF THRONES e os ingressos custam 30 dólares.

Por 10 dólares o novíssimo Museu da Academia oferece “Oscar Frights!”, a exibição de 13 filmes de terror indicados ao Oscar.

E, o mais interessante de todos, na minha humilde opinião, as sessões noturnas de filmes como A HORA DO PESADELO e O ILUMINADO ao ar livre, no cemitério “Hollywood Forever” ao lado de túmulos de estrelas do cinema como Valentino, Judy Garland, Peter Lorre e Don Adams, o agente 86. Os ingressos custam 22 dólares.

Confesso que não sou fã dos filmes de horror que hoje em dia agradam muito a garotada. Meus monstros favoritos ainda são Bela Lugosi (Drácula), Karlof (Frankenstein) e Lon Chaney, o homem das mil caras, de quem tive a honra de localizar a mala de maquiagem perdida nos arquivos do Museu de Historia Natural de Los Angeles, para uma reportagem da TV francesa, anos atrás.

E, foi graças a uma outra reportagem para a Fatos&Fotos em 1979, que fiquei conhecendo o mago Paulo Coelho. A matéria tratava do curso de Vampirologia que ele fizera na Inglaterra. Anos depois nos tornamos colegas de redação na TV Globo.

Mas não foi o Paulo quem me ensinou como evitar a presença de vampiros em minha vida. De tanto assistir e ler a respeito, sei qual a melhor maneira de impedir sua aproximação. O primeiro passo é identificá-los. Segundo o folclore, os vampiros exibem sinais físicos reveladores: tem a pele pálida, ausência de reflexo nos espelhos, presas e olhos vermelhos brilhantes. Mas evitar sua aproximação é simples: jamais convide-o a entrar na sua casa. Uma vez que se permite sua entrada, as possibilidades de escapar são mínimas.

A única explicação científica para tal fenômeno, seria uma doença chamada porfíria, mal hereditário, disseminado entre as casas reais europeias. Antigamente esses aristocratas eram instruídos a beber sangue de outras pessoas para reabastecer o seu.

Coincidentemente, ao longo da história, países inteiros foram assolados por terríveis sanguessugas genocidas, que assediaram populações depois de ascender ao poder. Gente como Hitler, Mussolini, Stálin, só pra lembrar os mais famosos.

Façamos como os Celtas, que iniciaram a tradição de exorcizar os espíritos maléficos há mais de 3 mil anos na festa de Shamhain e que resultou no atual Halloween. Vamos começar com uma limpeza no sótão de nossos corações e mentes; depois em nossas casas, cidades e, finalmente, na nação.

Vamos limpar a terra desses vampiros-genocidas-sanguessugas em 2022. Para isso não se precisa nem de estacas no coração, nem água benta, nem crucifixos.

Basta votar com bom senso.

halloween
Nosso colunista Wladimir Weltman

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WLADIMIR WELTMAN – é jornalista, roteirista de cinema e TV e diretor de TV. Cobre Hollywood, de onde informa tudo para o Chumbo Gordo

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