E o Mengão, hein??? Blog do Mário Marinho
Para qualquer ser vivo e pelo menos minimamente pensante, a classificação do Flamengo para a final da Copa do Brasil estava no papo.
Lá em Curitiba, o jogo ficou no empate: 2 a 2.
Bastava, no Maracanã, o simples e magérrimo resultado de 1 a 0.
Elementar: era só fazer o arroz com feijão.
Afinal, o Mengo de Renato Portaluppi é um dos times da moda, time badalado e até já respira o clima da final da Libertadores que disputará contra o Palmeiras no próximo dia 27, em Montevidéu.
Mas, quando a bola começou a rolar ontem, no Maracanã, viu-se que o filme não seria bem aquele programado – pelo menos pelos cariocas.
De um lado, um time muito organizado, fechado em sua defesa e com um esquema de jogo definido: defender-se e procurar a vitória no contra-ataque.
De outro lado, estava o Flamengo bem confiante em seus craques: Bruno Henrique, Gabigol, Everton Ribeiro…
O jogo mal tinha começado, quando o Flamengo levou a primeira pancada: pênalti marcado pelo VAR, aos 9 minutos, e convertido por Nikão.
Daí começou o desespero do Mengão.
E do outro lado tornou-se patente o esquema do time paranaense: defender-se e contra-atacar.
O Flamengo até teve maior domínio de bola, mais tempo com ela nos pés.
Mas não conseguia vencer a muralha humana que era a defesa do Furacão.
E, nas vezes em que conseguiu, encontrou o goleiro Santos, seguro, tranquilo, um grande goleiro com defesas espetaculares mostrando que não é à toa que está na Seleção Brasileira.
Nikão (foto ao alto), que converteu o pênalti voltou a marcar ainda no finalzinho do primeiro tempo fazendo 2 a 0.
O segundo tempo, apesar das modificações feitas pelos dois técnicos e de o Athletico ter um jogador expulso o panorama do jogo não mudou.
E parecia que iria terminar com 2 a 0, quando Zé Ivaldo começou um contra-ataque em sua defesa e apareceu lá do outro lado pra marcar o terceiro.
A essa altura, a torcida rubro negra já cantava o nome de Jesus, o técnico português que fez o Mengão brilhar há dois anos e xingava Renato Gaúcho com cabeludos palavrões.
A situação ficou tão ruim, que o ídolo Gabigol pediu à Globo para ser entrevistado e, mostrando serenidade, disse que o momento era de calma.
– Estamos todos tristes e machucados nesse momento. É um resultado que não esperávamos e não queríamos. Mas, é preciso de calma, de paciência.
No vestiário, após o jogo, Renato Gaúcho reuniu-se com os dirigentes do Flamengo e colocou o cargo à disposição.
Mas, os diretores não aceitaram. Renato continua.
Do outro
Lado, o Galo
Com a tranquilidade de quem fez 4 a 0 no jogo de ida, em casa, o Atlético enfrentou o Fortaleza ontem, podendo perder até por 3 gols de diferença.
Não precisou.
Tocou a bola com a competência que tem mostrado, venceu por 2 a 1 e está, merecidamente, na final.
O Santos
Vence e respira
Com muita chuva na Vila Belmiro, o Santos venceu o Fluminense por 2 a 0 e tirou o pé do atoleiro da zona de Rebaixamento.
Respira aliviado, mas não pode nem piscar: é o 16º colocado.
Ainda é uma posição muito perigosa.
Veja os gols:
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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