Pararam o Galo. Blog do Mário Marinho
O que parecia quase impossível, aconteceu: o Atlético Mineiro perdeu não só o jogo contra o seu xará de Goiás, como perdeu também a invencibilidade que mantinha por 18 jogos.
Veja abaixo a relação dos times invictos no Brasileirão:
- Flamengo (2019): 24 jogos, com 21 vitórias e 3 empates
- Palmeiras (2018): 23 jogos, com 17 vitórias e 6 empates
- Corinthians (2017): 19 jogos, com 14 vitórias e 5 empates
- Atlético (2021): 18 jogos, com 14 vitórias e 4 empates
- Athletico-PR (2004): 18 jogos, com 12 vitórias e 6 empates
- São Paulo (2008): 18 jogos, com 12 vitórias e 6 empates
Para o Galo Mineiro não se tratava apenas de uma vitória, mas, sim, de manter e ampliar a sua folgada condição de líder.
Já o Atlético-GO queria apenas se afastar da Zona de Rebaixamento.
Parecia que o Galo iria cumprir com facilidade sua função, já que saiu na frente, com o gol de cabeça de seu atacante Nathan, por sinal, ex-Atlético-GO.
E o líder poderia ter ampliado sua vantagem, como reconheceu seu treinador, Cuca, após o jogo.
– No primeiro tempo, poderíamos ter marcado o segundo e o terceiro gols. Lamentavelmente, falhamos.
O castigo veio no segundo tempo quando o Atlético-GO virou: 2 a 1.
Mesmo com a derrota, o Galo segue líder com 56 pontos, 10 a mais que o Flamengo que enfrenta o Cuiabá hoje, no Maracanã, e pode diminuir essa diferença. E mais: o Mengão tem dois jogos a menos que o Galo.
Em São Paulo o Palmeiras deixou de lado aquele joguinho manjado de contra-ataques e encarou o Internacional como devem fazer os times grandes.
A vitória foi magra, só 1 a 0 e com gol de pênalti, mas serviu para acabar com uma fileira de jogos sem vitória.
E também para mostrar que o Verdão não precisa se apequenar, jogar trancado na defesa, à espera de que a correria do Roni ou do Dudu dê certo.
Gols do Fantástico:
Encolheram
o Estadão
Toca o telefone em minha casa no domingo pela manhã.
Do outro lado da linha, a voz sempre gentil de Joel de Godoy, um amigo, vizinho, artista plástico, professor de Belas Artes, cujas belas artes já ilustraram reportagens do antigo Suplemento Agrícola do Estadão e páginas do Popular da Tarde.
– Mário, encolheram o Estadão. Você já viu?
Joel está me ligando da banca de jornal onde foi comprar o Estadão, como sempre faz aos domingos.
Ele está falando sobre o novo Estadão, em formato menor do que aquele tamanho standard, o jornalão que circula há 146 anos.
Sim, eu vi.
Explico para o Joel que essa é a fase final de um processo que começou há 11 meses.
Como todos os veículos impressos, o Estadão vem sofrendo queda em sua circulação e na publicidade.
Era preciso encontrar um meio de estancar a sangria desatada.
Há 11 meses a cúpula da redação do Estadão tomou a decisão de mudar o tamanho do jornal.
O objetivo primeiro é facilitar a leitura.
Aquele jornal grande precisa de um grande espaço para ser lido: uma mesa vazia, por exemplo.
Após os primeiros estudos, chegou-se à conclusão do tamanho atual, chamado de Berliner por ser o tamanho usado por jornais de Berlim.
Ele é menor que o standard, porém um pouco maior que o tabloide, tamanho pouco usado no Brasil e largamente usado na Inglaterra, onde é associado aos jornais popularescos.
Li o jornal de ontem e o de hoje, e gostei.
O primeiro gol foi marcado com eficiência: o manuseio ficou muito mais fácil.
A tipologia e a diagramação proporcionaram páginas mais leves, mais agradáveis.
Gostei particularmente da “Coluna do Estadão” que ganhou merecido maior espaço e também tornou a leitura infinitamente mais agradável.
Existem alguns problemas pontuais aqui e ali.
E, claro, existe um outro problema: o leitor tradicional, como eu que leio o Estadão diariamente há 50 anos, acostumar-se com a novidade.
As novidades costumam incomodar.
Mas, o importante é que o jornal, agora mais sorridente, continuará sério como sempre foi.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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