De novo. Blog do Mário Marinho
Ele foi, sem dúvida, o maior ídolo do São Paulo.
Deixou para trás nomes que fizeram a grandeza do Tricolor, como Leônidas da Silva, Roberto Dias, Cafu, Careca, Serginho, Raí e outros.
Fez defesas espetaculares e se era preciso também fazer gols, lá estava Rogério Ceni que, por isso, tornou-se o maior goleiro-artilheiro da história do futebol mundial.
Confira abaixo a lista dos 10 goleiros que se tornaram também artilheiros no futebol mundial.
1 – Rogério Ceni – São Paulo – 132 gols
2 – José Luís Chilavert – Sportivo Luqueño, Guaraní-PAR, Vélez, Zaragoza, Strasbourg, Peñarol – 62 gols
3 – Rene Higuita – Millonarios, Atlético Nacional, Veracruz-MEX, Guaros-VEN, Leones-COL – 41 gols
4 – Dimitar Ivankov – Levski Sófia, Kayserispor-TUR, Bursaspor-TUR – 40 gols
5 – Jorge Campos – Pumas, Los Angeles Galaxy – 40 gols
6 – Marcio – Atlético-GO, , Goiás, Goiânia – 39 gols
7 – Johnny Vegas – Sport Boys-PER, Sport Áncash-PER, Cienciano-PER, Unión Comércio-PER, Pacífico-PER – 39 gols
8 – Misael Alfaro – Alianza-HON, Luis Angel Firpo-HON, Isidro Metapán-HON – 31 gols
9 – Marco Ballotta – Modena, Cesena, Parma, Brescia, Reggina, Lazio, Inter de Milão – 30 gols
10 – Hans-Jörg Butt – Oldenburg-ALE, Hamburgo, Bayer Leverkusen, Bayern de Munique – 29 gols
No final de 2016, Rogério resolveu voltar ao Morumbi. Daquela vez, como técnico.
Uma opção muito arriscada.
Na época, chegou-se a comentar que a contratação dele era jogada política do então presidente, Leco, para se reeleger.
Para outros, menos apaixonados, a questão era simplesmente técnica: a falta de experiência.
A carreira terminou no dia 3 de julho de 2017, um dia após a derrota por 2 a 0 para o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. No total, comandou o time por 37 jogos, conquistando 14 vitórias, 13 empates e 10 derrotas.
Em 2018 e 2019 comandou o Fortaleza. Teve uma rápida passagem pelo Cruzeiro e voltou novamente para o Fortaleza, onde ficou até 2020, ano em que assinou com o Flamengo e de lá saiu em 2021.
Sucesso mesmo, de verdade, somente no Fortaleza.
A volta dele ao Morumbi pegou todo mundo de surpresa.
Ouvi ontem alguns fiéis torcedores do Tricolor. Não se trata de uma pesquisa científica, mas não ouvi de ninguém aquele entusiasmo, tipo “Esse sim”, “Agora vai”. No máximo, no máximo uma condescendência do tipo: ele merece uma nova chance.
Para a esmagadora maioria, ainda falta experiência ao Mito.
Muito se lembram até de sua passagem pelo Flamengo: ele conquistou títulos no Mengão (Brasileirão, Copa do Brasil, Taça Guanabara), mas, porque não ficou lá.
Enfim, o torcedor está cabreiro, desconfiado.
Mas, ele chegou querendo mostrar trabalho.
Assinou o novo contrato às 18 horas e às 19,30 horas estava em campo comandando treino (a imagem do alto do Blog é do treino que ele comandou ontem, 13, à noite). E hoje, 14, comanda o time no Brasileirão.
É uma atitude inédita, ousada. Normalmente, o técnico recém-contratado só assume o trabalho alguns dias depois. Normalmente, o primeiro jogo, ele assiste da cabine.
Cutucou o
Galo…
…com vara curta.
Assim foi o Santos ontem à noite contra o líder Atlético no Mineirão.
O primeiro tempo terminou sem gols, o que já era um bom resultado para o time santista.
Logo no começo do segundo tempo, Raniel, que havia acabado de entrar, fez Santos 1 a 0.
O gol serviu para despertar o Galo que, mesmo sem seu artilheiro Hulk, virou o jogo e venceu fácil, 3 a 1, mantendo a liderança com 11 pontos sobre o seu mais próximo perseguidor, o Flamengo.
Aliás, circularam rumores que o Mengão ofereceu um “incentivo” ao time do Santos, a chamada “mala branca”.
Isso porque, mesmo com dois jogos a menos, o Flamengo já não depende mais apenas de seus resultados para derrubar o Galo.
Se os dois vencerem todos os seus jogos até o fim, o Galo fica com o título, relembrando a façanha de 1971 quando foi o primeiro Campeão Brasileiro.
Faltam 13 rodadas.
Com a derrota, o Santos volta a namorar a escorregadia Zona do Rebaixamento.
Na Arena NeoQuimica, mesmo sem jogar um brilhante futebol, o Corinthians passou pelo Fluminense, 1 a 0.
O jogo foi assistido por 11.892 torcedores marcando a volta do público aos jogos do Timão.
Entre esses 11 mil, o jovem Vinicius Marinho que vem a ser neto deste escriba.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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MMarinho. Feliz retorno. Aprecio seus comentarios e histórias que ficam “esquecidas” . O meu time, SPFC, do tempo em que matava aulas para assistir até treinos foi uma outra historia. Jogador durava dez anos no mesmo clube, eram verdadeiros patrimônios. Hoje são moedas de negócios discutíveis. Mas, prazer nem reve-lo.