Jacarezada está aumentando. Blog do Mário Marinho
Com aquele jeito sutil e bem humorado de dar seus recados, o presidente Bolsonaro declarou, há alguns meses, quando as vacinas estavam só começando, que havia o risco de você virar jacaré se tomasse a vacina. Isso foi em dezembro de 2020.
O panorama hoje é outro: todo mundo quer ser vacinado. O problema é a falta de vacinas, já que o nosso Presidente não acreditava na doença (parece que ainda não está totalmente convencido) e, portanto, as providências não foram tomadas a contento.
Assim, enquanto a vacinação cresce num ritmo de progressão aritmética (2, 4, 6, 8…), o número de infectados (sérios candidatos à morte) cresce em razão de uma progressão geométrica: 2, 4, 8, 16…
Atualmente temos no Brasil, cerca de 14 milhões de infectados. São mais de 357.000 mortes. Nossa população é de cerca de 210 milhões.
Nos Estados Unidos, com 100 milhões de habitantes a mais, são 31 milhões de infectados e 575 mil mortos.
Mas lá o processo de vacinação vai a todo vapor e o número de mortes cai vertiginosamente.
Aqui, ainda que meio capengando pela falta de doses, vamos nos cuidando e, à medida do possível, tomando nossas vacinas.
Nesse sábado, levei a Primeira Dama desse Blog, Vera Marinho, para tomar sua segunda dose, na UBS-Amas mais perto de minha casa, no bairro do Jaguaré (endereço: rua Salatiel de Campos, 222).
Eram cerca de 11,30 horas da manhã quando chegamos lá e encontramos “imensa” fila de três ou quatro pessoas.
Foi o mesmo posto onde me vacinei com a AstraZeneca e tomarei a segunda dose no dia 25-05. A Vera tomou a Coronavac há cerca de um mês e no sábado foi avisada pelo eficiente site vacinaja@sp.gov.br que havia chegado a hora da segunda dose.
E lá fomos nós, cientes de que a Vera pode se transformar numa jacaroa – aliás, uma bela jacaroa.
Acompanhe:
- Chegada, praticamente sem fila, atendimento de identificação.
- No passo seguinte, a eficiente e simpática Vanessa mostra o frasco com a vacina, nome da vacina e se prepara para aplicar.
- A Vera faz careta, recebe a vacina e a Vanessa vai mostrar, na sequência, a ampola vazia.
Cinco minutos depois de chegar, o processo chegou ao fim. Fui até o carro que estava estacionado bem junto ao portão de entrada da Ubs-Ama e peguei a cesta básica que levei como doação.
O pessoal que nos atendeu não era o mesmo das outras duas vezes anteriores. Mas, a atenção, o carinho e a dedicação eram os mesmos. A Vanessa, por exemplo, sorria lindamente com seus grandes olhos.
Aliás, vai aí um pedido, um apelo: vá tomar sua vacina. E não se esqueça de levar um pacote de alimento ou uma cesta básica para fazer sua doação.
Pode até parecer pouco. Porém o pouco de cada um se transforma num montão capaz de ajudar no combate a fome que grassa nesse nosso amado Brasil.
O Velhinho
Rei da Juventude.
Conheci Roberto Carlos quando ele tinha 26 anos e eu 23. Foi em 1967.
Foi a primeira vez que o Rei, naquela época, Rei da Jovem Guarda, foi a Belo Horizonte.
Eu trabalhava na Última Hora e fui escalado para ir até o aeroporto da Pampulha e já engatilhar entrevista para a reportagem de uma página que a UH daria.
No aeroporto, foi difícil chegar perto do Rei excessivamente protegido por um batalhão de policiais da PM.
Ele foi levado, quase carregado, para um carro da PM – um Fusca.
Eu, por minha vez, corri para o carro de reportagem da UH – também um Fusquinha.
No trajeto até o hotel Del Rey, bem no centro de BH e o mais luxuoso na época, Roberto Carlos foi reconhecido por alguns fãs quando o Fusca da PM parava em semáforos ou ligeiros congestionamentos.
Só consegui falar com o Rei ao final da tarde.
Mas, a entrevista saiu, e s página da UH no dia seguinte foi um sucesso.
Cerca de 30 anos depois, em 1998, eu almoçava com Fausto Silva e o jornalista Edison Scatamachia em um chique restaurante no chique bairro dos Jardins em São Paulo.
Lá pelas tantas Roberto Carlos foi o assunto.
Fausto nos contou que o Rei iria ao seu programa dentro de quatro semanas. Ele estava discutindo a pauta com sua equipe.
Sugeri ao Faustão que entrevistasse pessoas famosas e perguntasse a cada uma qual a música do Rei fez parte da vida do entrevistado.
O Faustão gostou da ideia.
Um mês depois, o programa estava no ar com o Rei Roberto Carlos relembrando as músicas que fizeram parte daquele time de pessoas importantes. Foi muito legal.
Relembro esse fato, porque o Fantástico de ontem fez homenagem parecida ao Rei. Foram convidados cantores que lembraram e cantaram sua música preferida no vasto e excelente repertório do Rei.
Salve Roberto! Vida longa ao Rei!
Para não
esquecer o futebol…
Veja os gols do Fantástico:
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Como sempre os comentários do Mário Marinho são sempre sensatos e prazerosos de se ler. vida longa ao jornalista.