Deu Mengão na Supercopa. Blog do Mário Marinho
DEU MENGÃO NA SUPERCOPA
BLOG DO MÁRIO MARINHO
O encontro dos dois melhores times do Brasil – um campeão da Copa do Brasil, outro do Brasileirão-2020 – serviria, além do título e da grana, para apontar aquele que é o melhor do Brasil no momento.
A vitória do Flamengo, limpa e cristalina, aponta o Mengão como o melhor de todos. Se bem que, com a bola rolando, os dois times foram muito parelhos.
Foram iguais no domínio de bola, em jogadas bonitas, em belas defesas de seus ótimos goleiros.
Então, perguntará o amigo leitor, não é possível apontar, desse jogo, o melhor do Brasil no momento?
Pode, pode sim.
O Flamengo foi melhor.
O Palmeiras esteve bem na partida e optou por seu futebol reativo – ou seja, trabalhando conforme a exigência do adversário.
Mais ainda: explorando os contra-ataques na velocidade de seus bons, jovens e rápidos atacantes.
Mas, o futebol na sua essência foi mostrado pelo Flamengo.
O jogo mal havia começado na manhã de ontem, em Brasília, quando o Palmeiras fez 1 a 0, numa linda e rápida jogada de Raphael Veiga.
Mas não demorou para que o Mengo chegasse ao gol de empate, com o Gabigol finalizando linda jogada de Filipe Luís que aprontou verdadeiro salseiro dentro da área do Verdão, arrematou na trave e Gabigol, sempre muito esperto, mandou para as redes.
No segundo tempo, Arrascaeta, jogador fino e elegante, carregou a bola na entrada da área do Verdão até encontrar um espaço para bater firme sem a menor chance para o ótimo goleiro Weverton.
A Taça caminhava para o Rio de Janeiro, quando o experiente Rodrigo Caio cometeu pênalti, aos 28 minutos. Pênalti desnecessário, diga-se.
Raphael Veiga foi lá e empatou novamente o jogo.
Assim terminou e a decisão foi para os pênaltis.
Comentando o jogo para a Rádio Futebol Ao vivo (www.radiofutebol.com.br), cujo narrador é o amigo e companheiro Jarbas Duarte, eu dei minha opinião sobre a decisão por pênalti.
– Eu nunca digo que pênalti é loteria. Para mim, se cobra o pênalti com a cabeça. Se o jogador está bom de cabeça, não tem como errar o gol. Pode até não marcar, se o goleiro adversário fizer a defesa. Mas, errar o gol, não.
Vieram, então as cobranças de pênalti. Assim:
Palmeiras – Raphael Veiga (gol), Gustavo Gómez (gol), Gustavo Scarpa (gol), Luan (perdeu: ótimo Diego Alves defendeu), Danilo (perdeu: mandou na trave), Matías Viña (gol), Pepê (gol), Gabriel Veron (gol), Mayke (perdeu: mais uma ótima defesa de Diego Alves).
Flamengo – Arrascaeta (gol), Filipe Luís (perdeu: mandou na trave), Matheuzinho (perdeu: ótima defesa do ótimo Weverton), Vitinho (gol), Gabigol (gol), João Gomes (gol), Pepê (perdeu: outra ótima defesa de Weverton), Michael (gol), Rodrigo Caio (gol).
O importante nesse jogo, para quem gosta de futebol, foi o espetáculo, a prova de que ainda temos condições de apresentar bons jogos de futebol.
Veja os gols do Fantástico:
Foi bem
o Presidente
O presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro de Bastos, foi muito bem na condução do problema paulista com a pandemia.
Como se sabe, há duas semanas o governador do Estado, João Doria, ouvindo recomendações do Comitê de Saúde para a Covid de que o futebol e diversas outras atividades estavam suspensas.
Reinaldo Bastos reuniu os presidentes de Clubes, através de teleconferência, e colocou o assunto em discussão. Alguns presidentes queriam porque queriam que a Federação entrasse na Justiça contra o Estado para a liberação dos jogos.
Não foi fácil a missão do Presidente da FPF para evitar o caminho da judicialização. Mas acabou prevalecendo o bom senso.
Os médicos dos Clubes foram convocados por Reinaldo Bastos para elaborarem, junto dos médicos da Federação, um novo e mais rigoroso protocolo que acabou sendo aceito pelo Comitê de Saúde.
Até a próxima sexta-feira todos os jogos programados do Paulistão terão início após às 20 horas.
Claro, ainda sem torcedores, porque a pandemia está aí, mais viva do que nunca.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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