Futebol: vai ou para? Blog do Mário Marinho
FUTEBOL: VAI OU PARA?
BLOG DO MÁRIO MARINHO
Em princípio, o futebol paulista deveria por determinação do governador João Doria, interromper suas atividades do dia 15 ao dia 30. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira.
Na tarde desta mesma quinta-feira, a Federação Paulista e os 16 Clubes que disputam a Série A do Paulistão, fizeram reunião que foi concluída com uma Nota Oficial lamentando a decisão do Governo.
A Nota lembra que o futebol paulista paralisou suas atividades no ano passado, antes mesmo de que fossem estabelecidas decisões a respeito de isolamentos.
A Nota diz também que “Desde o reinício dos jogos no ano passado, foram mais de 35 mil testes realizados por árbitros, atletas, profissionais e funcionários dos clubes de São Paulo”.
A rodada do Paulistão será disputada normalmente neste fim de semana. Na segunda-feira, entidade e Clubes voltam a se reunir para discutir que rumos tomar.
Evidentemente que jogadores, dirigentes e torcedores fazem parte deste mundo virado de cabeça para baixo pela Covid-19.
Todos nós gostamos do futebol e sofremos com a doença.
Todos nós (menos o presidente da República) sabemos que o isolamento é uma das poucas armas no combate à contaminação da doença.
Mas será que o futebol precisa mesmo parar?
Tanto a FPF quanto a CBF (que ontem divulgou números) mostram que o futebol é o setor profissional com protocolo mais rigoroso.
Jogadores e comissões técnicas dos times do Paulistão passam por testes 72 horas antes e depois de cada jogo, tornando praticamente impossível a contaminação dentro de campo.
O acesso ao campo de jogo por dirigentes, imprensa e seguranças é rigorosamente controlado.
Assim, quando o Corinthians anunciou na semana passada que 20 jogadores de seu elenco testaram positivo, a conclusão de dirigentes e médicos é que esse contágio se deu na vida social de cada jogador.
A CBF informou que entre agosto do ano passado e o final da Copa do Brasil, há duas semanas, realizou testes em jogadores envolvidos em 2.423 jogos sob seu comando.
Se o contágio em campo, ao que parece, está mesmo sob controle, fora dele é praticamente inexistente – a não ser em ocasiões especiais.
Por que inexistente? Porque no atual modelo o futebol não arrasta públicos que se aglomerariam nos transportes coletivos ou nas arquibancadas.
Os casos especiais se deram em eventos isolados.
Aqui em São Paulo foi um absurdo a concentração de torcedores do Palmeiras para assistir à final da Libertadores, entre o Verdão e o Santos.
Para que fato semelhante não voltasse a acontecer, as autoridades gaúchas tomaram a providência de passar o jogo Grêmio x Palmeiras, em Porto Alegre, para a noite de domingo.
Deu certo: quase ninguém compareceu no entorno do estádio.
No jogo em São Paulo, também para evitar que as cenas de irresponsáveis aglomerados que se viu na decisão da Libertadores, a rua Palestra Itália, que passa em frente ao estádio do Palmeiras e é sempre tomada por torcedores, foi interditada.
Foram poucos os torcedores que conseguiram driblar a polícia e compareceram.
Assim, para o futebol apenas para servir de exemplo, não é justo.
Sem contar que a transmissão de futebol pela tevê serve de consolo e serve também para manter o torcedor em casa.
De todo jeito, não se pode descuidar.
O perigo é iminente e muito grande. As autoridades devem, sim, se manter em alertas para tomar as medidas cabíveis para tentar amenizar a dramática situação.
Cara de um,
Focinho do outro.
Eu sempre defendi a ideia de que Lula e Bolsonaro são irmãos siameses. Ou duas faces de uma mesma moeda.
São irresponsáveis e demagogos.
Na Coluna do Estadão, de hoje, o ilustrador Kleber Sales foi mais longe: colocou os dois como face de uma mesma moeda.
Durante toda essa crise de saúde pela qual passa o Brasil, o ex-presidente Lula se manteve calado.
Foi só receber o beneplácito do STF para se sentir leve, livre e solto e deitar falação.
Ele é bom de discurso e aproveitou para dar tremendo pau no Bolsonaro – não que não tenha sido merecido.
Mas, por que tanto tempo calado.
Acusando o golpe, Bolsonaro prepara às pressas cerimônia no Planalto, cercado de ministros, todos de máscara, inclusive ele, para assinar medidas que facilitem a compra de vacinas.
Também deita falação e tenta provar como um defensor da vacina desde criancinha.
Logo ele que vem debochando de vacinas, do uso de máscara, do isolamento e pregando remédios sem eficácia. Logo ele.
Despeja um número e garante que até o final do ano o País terá 400 milhões de doses de vacina.
Contra essa mentira, espero que estejamos todos vacinados.
O Ministro da Saúde (?) Eduardo Pazuelo garantiu, há três semanas, que no mês de março o Brasil receberia 46 milhões de doses.
Ontem, no mesmo palanque que Bolsonaro, disse que o Brasil só conta com as vacinas produzidas aqui, o paulista Butantan e o carioca Fio Cruz. Nesse momento, segundo ele, cerca de 22 milhões de doses.
Ou seja, é o que temos para o momento.
Em quem acreditar.
Por vias das dúvidas, amigo, vacine-se e reze.
No rabo
de quem?
Um dos filhos do Presidente, um daqueles zero à esquerda que o acompanham, o Eduardo que queria ser embaixador do Brasil nos EUA, perdeu a paciência com a exigência do uso de máscara e mandou o povo enfiar as máscaras no rabo.
O linguajar chulo não é de se estranhar, já que deve fazer parte da educação que recebeu em casa. Outro dia, o Presidente, em uma cerimônia que parecia séria, usou da palavra e mandou os jornalistas à puta que pariu.
Tal pai, tal filho.
_____________________________________________________________________________
Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
_______________________________________________