O alvo a ser batido. Blog do Mário Marinho
O ALVO A SER BATIDO
BLOG DO MÁRIO MARINHO
Se no ano passado o alvo a ser batido por todos os times do Brasileirão foi o Flamengo, nesse atravancado ano de 2020 o alvo é o São Paulo.
Pelo menos desde a vitória, o show de bola dado no Botafogo na noite desta quarta-feira, no silencioso Morumbi. 4 a 0 é placar para não se botar defeito.
O jogo rápido, a troca de passes, principalmente pelas laterais do campo, envolveu completamente o time carioca.
Já aos 10 minutos, o São Paulo fazia 1 a 0, em gol deste extraordinário e oportunista Brenner, que voltaria a marcar aos 27.
Se o domínio Tricolor já era amplo, tornou-se ainda mais fácil após a expulsão do atabalhoado zagueiro Marcelo Benevenuto que cometeu falta violenta contra Luan, aos 34 minutos ainda do primeiro tempo.
O que chega a ser fascinante nesse time comandado por Fernando Diniz é que a equipe parece insaciável e está sempre à procura do gol adversário, num martelar constante.
Prova disso é que o quarto gol saiu aos 44 minutos do segundo tempo, num belo chute de Hernanes.
Com o adversário totalmente batido, Diniz usou as cinco alterações possíveis para poupar alguns jogadores, principalmente aqueles pendurados com o cartão amarelo.
A vitória deu ao São Paulo a larga e confortável distância de sete pontos sobre o seu mais próximo perseguidor, o Atlético.
A vantagem é de 8 pontos sobre o Flamengo; 10 sobre o Grêmio (que tem um jogo a menos) e 11 sobre o Fluminense, para ficar apenas nos cinco primeiros colocados.
Além do bom desempenho dentro de campo, o São Paulo tem outros dois importantes fatores a que ajudam a explicar o atual o momento:
- – Poucas lesões – Apesar da maratona de jogos nas últimas semanas, são poucos os jogadores que procuram o Departamento Médico. Atualmente, apenas o atacante Paulinho está em tratamento, devido a um estiramento na coxa.
A explicação para isso está, segundo os próprios dirigentes tricolores, no bom relacionamento entre Comissão Técnica e jogadores. Há total conscientização a respeito das responsabilidades de cada um dentro e fora do gramado. Com isso, o desgaste é menor.
- – Ausência de expulsões – O São Paulo é o único time que não levou cartão vermelho nesse Brasileirão. Isso também se explica como uma das consequências do bom relacionamento. Com os jogadores mais calmos, tranquilos, tudo fica mais fácil para o técnico Fernando Diniz que pode repetir sempre o mesmo time.
Não é o caso, por exemplo do Internacional que já recebeu 12 cartões vermelhos. É seguido pelo também gaúcho Grêmio, com 9 expulsões.
O Atlético, vice-líder, só recebeu 2 cartões.
Veja os gols e os melhores momentos:
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A morte
do nosso Carrasco
Aos 64 anos, morreu ontem na Itália Paolo Rossi.
Todo brasileiro se lembra daquele artilheiro que marcou os três gols da vitória da Itália sobe a majestosa Seleção Brasileira montada por Telê Santana na Copa de 1982, na Itália.
Assim como aquela Seleção se tornou inesquecível para quem a viu jogar, Paolo Rossi também passou a fazer parte da imaginação do brasileiro.
Em 1989, eu fiz cobertura da Copa Pelé, torneio de másters criado por Luciano do Valle, então na tevê Bandeirantes.
Jornalistas italianos que vieram cobrir a competição se mostravam admirados pelo respeito e consideração com que o brasileiro tratava o artilheiro italiano.
Lembro-me que em conversa com um desses jornalistas, ele me disse que esperava que o brasileiro odiasse o Bambino D’oro. E, a contrário, o que via aqui era uma intensa admiração.
A causa da morte de Paolo Rossi ainda não está totalmente definida. Sabia-se, entretanto, que recentemente descobriu-se que ele sofria de câncer no pulmão.
A mulher dele, Frederica, entretanto, no comunicado que publicou, falou apenas em mal súbito.
Outros gols dessa quarta-feira:
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Paolo Rossi, segundo a Agencia Ansa, morreu de um câncer que judiava dele há anos. Tanto que sua mulher assistiu à morte e teria dito: “Paolo, você já sofreu demais. Pode ir tranquilo. Eu cuidarei das meninas…”