Deu a louca no mundo, por Maria Helena RR de Sousa
DEU A LOUCA NO MUNDO
MARIA HELENA RR DE SOUSA
… o ideal seria que o mundo, sob os conselhos da doce e astuciosa Mafalda, parasse de ser tão medíocre e conseguisse trazer à baila nomes de peso, de homens ou mulheres cultos, elegantes e dedicados a um melhor futuro para as Américas e também para a Europa.
(ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO NOBLAT VEJA ONLINE, 3 DE OUTUBRO DE 2020)
Quem teve o prazer de assistir ao debate entre John Kennedy e Richard Nixon há de ter estranhado muito a decadência dos debatedores eleitorais Donald Trump e Joe Biden. A bem da verdade, horripilante foi o comportamento de Trump; Biden foi mais elegante, mas sem a força que deveria ter exercido para calar o oponente.
Trump, com aqueles cabelos esvoaçantes e cor de cenoura que lhe custaram mais de setenta mil dólares, assustava os telespectadores, com seus gritos e falta de modos. Já assisti muitos debates entre candidatos à presidência dos EUA, mas nenhum tão infeliz quanto esse. Li, e fiquei pasma, que o comportamento dele não afastou seus eleitores. Será possível?
Dois dias depois o presidente anunciou que ele e sua mulher estão com Covid-19. Devo confessar que não acreditei, achei que isso era manobra para não comparecer a nenhum outro debate ou evento antes das eleições. Trump é um homem sem modos e muito deselegante, mas de burro não tem nada. E essa seria a desculpa ideal para fugir dos encontros com seu oponente, homem culto, refinado e que está ultrapassando Donald Trump na preferência dos eleitores. Até que ontem de noitinha li que Trump foi transferido para o Hospital das Forças Armadas. Sei que ele não fez a ‘America Great Again’, mas a ponto de envolver as FFAA americanas em seus planos… acho difícil. Ou estarei sendo muito ingênua?
Aqui, em nosso Brasil, ainda não chegamos na época dos debates. Mas o tempo voa e logo chegaremos lá. Bolsonaro e quem? É imprevisível… Teremos bons debates? Não creio. Mas espero que Bolsonaro desista de seguir a linha Trump e que se convença que seu grande (e complicado) amigo é um péssimo exemplo.
De qualquer forma, o ideal seria que o mundo, sob os conselhos da doce e astuciosa Mafalda, parasse de ser tão medíocre e conseguisse trazer à baila nomes de peso, de homens ou mulheres cultos, elegantes e dedicados a um melhor futuro para as Américas e também para a Europa.
A continuar no ritmo que estamos, não vejo um bom futuro para as próximas gerações…
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