O Mudo, de novo
O Exército passou anos em silêncio – silêncio bem-vindo, silêncio apropriado para a instituição conhecida como O Grande Mudo. Mas, há poucos dias, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, falou, considerando preocupante a situação. Também há poucos dias, o general Antônio Mourão, chefe do Comando Militar do Sul, nosso mais poderoso efetivo militar, criticou os políticos. “(…) parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões (…)”, e disse que “mudar é preciso”.
Nada diferente do que nós, civis, falamos sempre – mas o general não é civil. Mourão falou para um grupo fechado, o CPOR, em palestra fechada, descoberta pelo colunista Túlio Milman, de “Zero Hora”. Não era para o público. Mas também rompeu o silêncio.
Que é que está levando o Grande Mudo a falar?