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As vitórias que vieram do banco. Blog do Mário Marinho

AS VITÓRIAS QUE VIERAM DO BANCO

BLOG DO MÁRIO MARINHO

vitórias

Não é nada fácil nem doce a vida de técnico de futebol num País que possui pelo menos 200 milhões de técnicos.

Todo mundo entende de futebol.

Desses milhões, alguns milhares que não entendem patavina de futebol resolvem ser técnicos profissionais.

A maioria, ex-jogadores.

O fato de ter sido jogador não credencia ninguém ao cargo.

A experiência ajuda, é claro, é muito importante, mas, não é tudo.

Assim, pululam no futebol brasileiro os falsos entendidos.

Rubens Minelli, um dos grandes técnicos do Brasil e, aliás, injustiçado porque nunca foi chamado para dirigir a Seleção Brasileira, me disse certa vez, num programa de televisão, que os falsos, os picaretas, são os “técnicos elevador”.

– Como assim? perguntei.

– Eles ficam à beira do gramado e quando o time ataca, eles gritam: sobe!; quando o time é atacado, gritam: desce! E ficam assim, se movimentando na beira do gramado, passando a falsa informação de que estão trabalhando.

São também conhecidos como distribuidores de camisa.

Mas já tivemos grandes técnicos.

Lá pelos anos 1950, tivemos o mineiro Martin Francisco que é apontado como o criador do sistema tático 4-2-4 e que dirigiu muitos times no Brasil.

Osvaldo Brandão foi outro grande técnico do futebol brasileiro.

Na lista dos grandes de um passado já passado, pode-se colocar Yustrich, apesar do seu jeito violento; Oto Glória; Elba de Pádua Lima, o Tim.

Por falar, nele, o Tim tinha uma boa definição sobre o futebol: “O futebol é como um cobertor: se você cobre a cabeça, descobre os pés; se cobre os pés, descobre a cabeça”. Ou seja: se você acerta o ataque, desarruma a defesa… e por aí vai.

Telê Santana foi um dos grandes do nosso futebol. Entendia o futebol como uma arte e exigia de seus treinadores postura e ação de artistas.

Luís Felipe Scolari foi um treinador vitorioso: colecionou títulos e bons resultados até aquele fatídico 7 a 1.

Vanderlei Luxemburgo, hoje meio contestado, teve seus momentos de melhor técnico do Brasil: era criativo e alcançava bons resultados.

Lembro-me que certa vez almoçava com o presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi, conhecido também por ser muito econômico em seus elogios, quando ele me disse:

– O Vanderlei é o melhor técnico do Brasil.

Naquela época, há uns 20 anos, nos jogos do Campeonato Paulista havia a interrupção do jogo a pedido dos técnicos. A interrupção durava 3 minutos.

– E porque o Vanderlei é o melhor?, perguntei.

– Ele é o único que eu conheço e que é capaz de mudar o jeito de um time jogar apenas na conversa com os jogadores, naqueles 3 minutos.

Vanderlei está aí, com excelente campanha do Palmeiras, em termos de números, mas sem agradar ao torcedor com o futebol pouco eficiente que apresenta.

Ontem, jogando contra o Bragantino, em Bragança, o Palmeiras estava perdendo até que Vanderlei promoveu alterações na equipe.

Resultado, o Verdão virou, 2 a 1: o primeiro gol marcado por Gabriel Veron, que havia acabado de entrar, e o segundo por William, aproveitando passe na medida de Gabriel Veron.

No Morumbi, história parecida se repetiu.

O São Paulo perdia por 1 a 0 do Fluminense, até que no intervalo o  técnico Fernando Diniz resolveu mexer no time, promovendo as entradas do garoto Brenner, de Juan Fran e Igor Gomes.

Veio a virada: o garoto Brenner, que deu novo ritmo ao time, empatou; Luciano fez 2 a 1 aproveitando ótima jogada de Brenner que mandou na trave e Vitor Bueno fez 3 a 1.

Fernando Diniz é técnico da nova geração.

Apareceu dirigindo o Audax, de Osasco, com proposta de jogo clássico e posse de bola. Jogo bonito que nem sempre levou a bons resultados.

Agora, sem abrir mão totalmente da sua filosofia de jogo (que lembra Telê Santana) Fernando Diniz pode estar encontrando o seu caminho para o sucesso.

Boa a

Atuação do VAR

 Aos 25 minutos do primeiro tempo, os jogadores Igor Vinicius e Luccas claro foram ao chão dentro da área.

Imediatamente, o VAR entrou em ação se comunicando com o juiz.

Comentarista e narradores (inclusive o comentarista de arbitragem, Paulo César Oliveira) criticaram a intervenção do VAR em lance que, segundo eles, era muito claro.

Só então, eles perceberam que o juiz havia apitado pênalti.

O lance, realmente, era claro: não houve pênalti.

O juiz foi rever o lance e voltou marcando falta a favor do Fluminense e o jogador do São Paulo ainda levou cartão amarelo.

Ou seja: o tão criticado VAR consertou, como é a sua missão, o que seria um erro crasso do juiz.

Veja os gols do Fantástico:

 

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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