Covardia. Por Maria Helena RR de Sousa
COVARDIA
MARIA HELENA RR DE SOUSA
…Otário não é o repórter que está ali a serviço. Otários são os eleitores que puseram no Planalto um indivíduo inteiramente despreparado para o cargo. Otários são os abobados que se reúnem em torno do cercadinho no Alvorada para ver e ouvir Bolsonaro dizer as mil e uma tolices que diz. Otários somos nós que acreditamos que Bolsonaro deixará de ser grosseiro e passará a ser um presidente civilizado…
ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE NO BLOG DO NOBLAT VEJA ONLINE, 28 DE AGOSTO DE 2020
Quando o ex-capitão diz a um jornalista que está com vontade de lhe dar umas porradas na boca, ele está sendo, sem sombra de dúvida, um grande covarde pois ele sabe que o profissional da Imprensa não vai poder reagir contra o presidente da República.
Da mesma forma quando ele chama o profissional de otário.
Otário não é o repórter que está ali a serviço. Otários são os eleitores que puseram no Planalto um indivíduo inteiramente despreparado para o cargo. Otários são os abobados que se reúnem em torno do cercadinho no Alvorada para ver e ouvir Bolsonaro dizer as mil e uma tolices que diz.
Otários somos nós que acreditamos que Bolsonaro deixará de ser grosseiro e passará a ser um presidente civilizado. Pois sim! Isso durou menos de uma semana e logo ele voltou a agir como agia desde que era soldado, a ponto de ter sido expulso do Exército.
Esse homem conseguiu o impensável. Envergonhou o país diante da comunidade das nações. Somos tidos como um país sem categoria, sem classe, grosso e ignorante. Nossa fama de país amável, alegre, bem humorado, simpático, foi para o espaço!
Bolsonaro insiste em dizer e fazer asneiras. Por exemplo, deu-se ao luxo de dizer que o coronavírus com ele não teria chance pois seu currículo de atleta assustaria o vírus. Para ser desmentido quase que em seguida por um verdadeiro atleta, Usain Bolt, que não escapou da Covid-19.
Andou dizendo, em privado, aos seguidores, que usar máscara era coisa de viado. Isso não teve influência nos brasileiros que respeitam o uso da máscara por temer essa doença maligna. Mas influenciou seus Zeros, pobres filhos cuja educação deixou muito a desejar. Flávio, o homem que dos chocolates fez uma mina de dinheiro, viajou de avião sem máscara, apesar do pedido das aeromoças. Melhor pegar o coronavírus do que ser tido como viado, não é não? Assim pensam os Zeros que como todo zero à esquerda, são apenas um zero à esquerda!
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Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
Professora e tradutora. Vive no Rio de Janeiro. Escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. Colabora para diversos sites e blogs com seus artigos sobre todos os temas e conhecimentos de Arte, Cultura e História. Ainda por cima é filha do grande Adoniran Barbosa.