Vitórias do Flamengo, do SBT e de Jesus. Blog do Mário Marinho
VITÓRIAS DO FLAMENGO, DO SBT E DE JESUS
BLOG DO MÁRIO MARINHO
Com todo o merecimento, embora sem o brilho do ano passado, o Flamengo venceu o Fluminense, no Maracanã, e sagrou-se bicampeão carioca.
O técnico Jorge de Jesus completou ontem um ano de Flamengo. E comemorou o seu quinto título na temporada: Brasileirão, Libertadores, Recopa, a Supercopa do Brasil e agora o estadual do Rio.
O Flamengo não foi tão brilhante como na temporada passada, mas foi competente o bastante para vencer os dois jogos da decisão (2 a 1 o primeiro e, ontem, 1 a 0).
E a razão de não ter sido tão brilhante, é óbvia: o time estava há 90 dias parado devido à pandemia.
Mas, mesmo assim, provou ser o melhor e continua favorito ao título do Brasileirão 2020.
O jogo foi bastante morno. Bastava o empate para alcançar o título. O Fluminense, sabedor de suas limitações, não ousou e levou o jogo no 0 a 0 até os minutos finais, quando Vitinho marcou o gol da vitória.
O outro grande vencedor foi o SBT de Sílvio Santos.
O primeiro jogo do Flamengo na decisão foi transmitida apenas pela TV Flamengo, já que o time carioca está brigado com a TV Globo.
Embora tenha conseguido boa audiência para uma transmissão na internet, os índices alcançados deixaram os patrocinadores insatisfeitos.
Assim, aconteceu uma certa correria e o Ministro das Comunicações, deputado Fabio Faria, genro de Sílvio Santos, entrou no circuito para convencer o sogro.
Somente na sexta-feira aconteceu o acordo muito bom para o SBT que não teve que desembolsar nada para pagar os direitos do Flamengo. Pelo acordo, os dois dividiram as cotas vendidas.
Segundo o portal UOL, as seis cotas foram vendidas por R$ 600 mil a 800 mil reais cada. Valor acima do preço de tabela cobrado pelo SBT para o horário.
Mais do que o faturamento, a vitória do SBT foi o índice de audiência alcançado.
Ainda segundo informações do UOL, o SBT chegou a bater a Globo no Rio de Janeiro, deixando em segundo lugar, por alguns momentos, o imbatível Jornal Nacional.
Por volta das 21,15 (o jogo começou às 21 horas), o SBT marcou 27 pontos, contra 25 da Globo. Foi a primeira derrota da Globo, nessa faixa de horário, desde 2015, quando era superada em alguns momentos pela novela “Os 10 Mandamentos” exibida pela Record.
Em São Paulo, os números foram outros. Durante o jogo, o SBT marcou média de 11,5 pontos e a Globo nadou de braçada com a média de 32 pontos. A Record ficou em terceiro lugar, com 5 pontos.
O telespectador que gosta de futebol também saiu vitorioso.
Eu assisti aos dois jogos anteriores.
O primeiro, transmitido pela TV Flamengo; o segundo, pela TV Fluminense.
Além de ser muito ruim assistir pelo celular, o trabalho de narração, reportagens e comentários foi muito ruim em ambas as ocasiões.
Cada TV narrou o jogo puxando a brasa para a sardinha de seu patrão.
Não houve um trabalho com o devido distanciamento crítico, um trabalho jornalístico.
No jogo de ontem, as imagens nada deveram a uma transmissão da Globo: muitas câmeras oferecendo vários ângulos e repetição das jogadas como manda o padrão Fifa – ou, o padrão Globo.
A narração foi de Téo José, um profissional já bastante experiente e que levou o jogo todo com a necessária emoção e sem exageros.
Os dois comentaristas, os ex-jogadores Carlos Alberto e Athirson, não acrescentaram nada à transmissão. Se tivessem ficado calados o tempo todo não fariam falta.
E agora,
Jesus fica?
O técnico Jorge Jesus embarca hoje para Portugal, onde fica uma semana de folga.
Esse era um acerto que já havia entre ele e a direção do Flamengo.
Segundo o noticiário de hoje, quinta-feira, do site do jornal A Bola, de Portugal, O Benfica ofereceu ao Jorge de Jesus um contrato de quatro anos, pagamento de 2 milhões de euros por ano, livre de impostos.
Isso é alguma coisa em torno de R$ 12 milhões por ano.
Jorge Jesus, segundo a mesma fonte, pediu 3,5 milhões de euros.
Além disso, há a multa de 1 milhão de euros a ser paga ao Flamengo, caso ele não continue. O Benfica já topou pagar a multa.
Segundo fontes cariocas, Jesus não deverá ficar. E o problema não é de ordem financeira.
Seria de ordem pessoal.
O gol e os melhores momentos.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
Bela análise.
E continua a máxima do bairrismo.
Paulista não assiste carioca e vice versa.
Gaucho então nem se fala.
Abraços
Zancopé Simões
Vc é craque, mário lpucio marinho. Parabéns