Essa não, Governador! Blog do Mário Marinho
ESSA NÃO, GOVERNADOR!
BLOG DO MÁRIO MARINHO
O isolamento imposto pela pandemia do coronavirus-19 é um saco.
Mas, é um daqueles incômodos ultra necessários. Mais do que necessário, primordial à saúde e até mesmo fundamental à vida.
Assim, milhões e milhões de pessoas, mundo a fora, têm se mantido isoladas, custe o que custar.
E custa muito, pois, fazemos parte de um bioma eminentemente social.
Os animais, ditos irracionais, se locomovem em grupo, fazem suas caçadas em grupo, se defendem e atacam em grupo.
Nós, chamados racionais, também vivemos assim. Temos a família, célula-mater de tudo, a turma da escola, do ginásio, da faculdade, do escritório, do Clube, do time de futebol, do condomínio…
Enfim, sair desse nosso imenso quadradinho, isolar, confinar é duro. É difícil, é um saco.
Mas, como disse acima, é vital.
Assim procuramos compreender as medidas impostas pelas autoridades para vencer esse terrível momento.
Aos poucos vão se criando aberturas. E essas aberturas têm que ser controladas para que não virem rachaduras.
Assim, foi com expectativa que o mundo do futebol paulista esperou o anuncio do governador João Doria ontem sobre a flexibilização para futura volta do futebol em São Paulo.
Nos bastidores, dava-se como acertado que os treinos voltariam imediatamente, cumprindo um extenso e rigoroso protocolo elaborado pelos médicos dos Clubes, sob o comando do diretor médico da Federação Paulista de Futebol, Moisés Cohen.
Aliás, o protocolo foi muito elogiado pelo Governador.
Só que, surpreendendo a todos, João Doria liberou a volta aos treinamentos somente a partir do dia 1º de julho. E a volta ao futebol em data ainda a ser definida.
Tive acesso, através do Sindbol (Sindicato das Associações de Futebol de São Paulo), do protocolo elaborado.
É realmente minucioso.
Treinos individuais precedidos de testes de jogadores e funcionários envolvidos; distanciamento regulamentar; orientação aos jogadores para retornarem diretamente para casa após os treinos; testes e até isolamento de familiares no caso de algum teste positivado – enfim, uma série de exigências.
Obviamente, não haverá público.
Para evitar o deslocamento de pessoas, o número de funcionários que comparecerão aos treinamentos foi drasticamente reduzido ao absolutamente essencial.
Assim, não cabe, por exemplo, a afirmação de que a volta aos treinos poderia trazer movimentação de pessoas no transporte público.
Então, por que voltar só o dia 1º e não imediatamente?
Os jogadores precisam de, pelo menos, três semanas de treinamentos para voltar ao futebol. Portanto, essas duas semanas de inatividade até o dia 1º pesam e muito.
Sabe-se que as decisões tomadas pelo sério Comitê Gestor da pandemia são tomadas em cima de informações científicas.
Ora, com o cumprimento do protocolo feito pela FPF e aprovado e elogiado pelo Governador, com treinos ao ar livre, sem a aglomeração de pessoas, qual o risco representa a volta aos treinos?
A volta aos treinos oferecerá risco maior que o comércio aberto, mesmo com restrições de horários? Ou a abertura de shoppings?
Na verdade, enquanto permanecerem nos estádios, cercados de cuidados, ao lado de pessoas testadas, os atletas estarão absolutamente protegidos, talvez até mais do que se estivessem em casa.
E aí, Governador?
Mexendo
No Velho Baú.
Edison Scatamachia, Milton Neves e Mário Marinho, em cerimônia na Aceesp, Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, em 1985.
Vai aqui um abração ao Milton Neves.
Miltão, o coração é forte, mas é sempre bom tomar cuidados…
Gols,
Gols e golaços.
Para matar a saudade de gols, de redes balançando, de torcidas clique no link abaixo.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
MMarinho. Jogador próximo dos 40 anos ganhando mais de um milhão por mês, clube que em idos tempos foi modelo de administração devendo acima de trezentos milhões , tudo acontecendo num país pobre e mais empobrecido ainda com este surto do Covid 19, não pode haver torcida preocupada com a volta do futebol. Fomos privilegiados em termos vividos o apogeu do futebol no Brasil. Mas isso acabou.
Moura,
eu vivi a mesma época que Você viveu, porém, continuo gostando de futebol.
E acho que o futebol faz falta, tanto como negócio, como divertimento.
Abração,
MMarinho
Tá certo, Mário, tá muito bom esse teu comentário chamando o governador a uma reflexão. Mas isso vai longe, irmão. Eu dizia ainda agora ao Moises Rabinovich que vamos viver este martirio por muitos anos. Afirmam que, na China, a coisa pode estar voltando.
Só vacina ou remédio eficaz tirarão a espada do nosso cangote.
Abração,
Antônio contente.
Concordo com Você, Contente.
Só a vacina vai nos salvar.
Abração,
MMarinho
Bem, para garantia total, pode-se suprimir o uso de bola.