O goleiro não pode falhar. Blog do Mário Marinho
O título do blog contém uma afirmação cruel. Porém, verdadeira.
É uma afirmação dura, amarga, inclemente, desapiedada e até desalmada – além de injusta.
Mas é séria, verídica, autêntica, genuína, legítima.
O goleiro é uma figura solitária em campo e só é chamada a participar nos momentos mais decisivos, penosos.
Se veste com uniforme diferente, tem regras especiais e até pode pegar a bola com as mãos.
Mas não pode falhar.
E ontem, no jogo Fortaleza 3, São Paulo 1, o goleiro Tiago Volpi falhou. Não uma, mas duas vezes.
No primeiro, Ronald, do Fortaleza, acertou um belo chute de fora da área. Foi um chute rasteiro, forte; Volpi foi na bola e ela passou por baixo do seu corpo.
Se a bola tivesse passado ao lado do corpo de Volpi, haveria a desculpa de que ele se esticou mas não conseguiu chegar na bola. Aí, o mérito seria todo do adversário que conseguiu um chute forte, fora do alcance.
Mas, não. A bola passou sob a barriga de Volpi. É falha. Não é aquele frango horroroso com a bola passando vagarosa entre as pernas do goleiro. Não, isso não. Mas é falha.
No segundo gol, Volpi saiu e não saiu. Ou seja: saiu e não chegou – ficou no meio do caminho.
Entre o primeiro e o segundo gols, Volpi fez uma defesa sensacional evitando um gol do adversário.
Mas o estrago da primeira falha já estava feito.
A falha de um atacante que perde um gol certo, como Rigoni no jogo de ontem, pode ser consertada com um ou mais gols que o atacante venha a fazer.
Mas a falha de um goleiro pode ser definitiva no comprometimento do time.
Ainda mais num time desacertado como o São Paulo de ontem à noite.
Porém, é bom que se diga: a defesa não pode falhar seguida e bobamente como falhou a defesa tricolor ontem.
Falhou nos três gols.
O espaço que concedeu ao adversário foi enorme, imenso. Parecia um salão de baile em tempos de pandemia.
Em campo, ontem, o São Paulo foi um time apático, independente das falhas do goleiro. Pareceu que já entrou em campo batido.
O técnico Hernán Crespo que mostrou um belo trabalho logo em sua chegada ao São Paulo, conquistando o título paulista, um título que há muito o time do Morumbi não comemorava, agora acumula maus resultados, péssimas apresentações.
Foi eliminado da Libertadores e agora da Copa do Brasil.
E no Brasileirão está flertando perigosamente com o rebaixamento.
Veja os melhores momentos:
No Rio, o Flamengo que já havia vencido o Grêmio, em Porto Alegre, por 4 a 0, não teve dificuldades em fazer 2 a 0 e confirmar sua classificação.
Veja os gols:
Em Belo Horizonte, o Galo passou pelo Fluminense, 1 a 0, e também está na semi da Copa do Brasil.
Veja:
O quarto classificado é o Athlético PR que, na terça-feira, venceu o Santos na Vila Belmiro por 1 a 0.
Os jogos serão estes:
Athletico PR x Flamengo
Fortaleza x Atlético MG
A CBF ainda não divulgou os mandos dos jogos que serão disputados nos dias 20 e 27 de outubro.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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