Portões fechados. Blog do Mário Marinho
PORTÕES FECHADOS
BLOG DO MÁRIO MARINHO
Todos nós aguardamos com expectativa a volta do futebol.
Muitas propostas estão em estudo no Ministério da Saúde, nas federações estaduais e na Confederação Brasileira de Futebol.
Há um ponto em comum em todas elas: a volta deve ser cuidadosa, gradativa e os primeiros jogos não terão público.
Ou haverá drástica redução de público que talvez seja reduzido aos profissionais envolvidos: segurança, imprensa, esportivos. Nada de torcedor.
De uns tempos para cá, o jogo sem público tem se repetido em várias ocasiões, em várias partes do mundo, sempre como punição a alguma falta grave.
A minha primeira experiência a esse respeito data do jurássico ano de 1968.
Eu havia chegado de Belo Horizonte para o Jornal da Tarde no mês de janeiro. Era a realização e um sonho: participar da mais importante revolução do jornalismo brasileiro.
Como eu não conhecia São Paulo nem seus estádios, achava muito bom quando era escalado para alguma viagem.
Para os repórteres paulistanos a viagem ao interior não era novidade.
Assim, passei a ser escalado para cobrir muitos jogos no Interior.
Aliás, a primeira viagem, a gente nunca esquece.
Aconteceu no dia 14 de fevereiro, uma quarta-feira à noite.
Destino: Sorocaba.
Jogo: São Bento 1 x 3 Santos.
Foi também nessa noite, em que Pelé não jogou, que conheci a transmissão de foto através do telefone, a Telefoto, modernidade cuja existência eu ignorava.
Mas, vamos ao jogo sem torcida.
Naquele ano de 1968, o último colocado ao final do Paulistão desceria para a Segunda Divisão.
E o último foi o Comercial de Ribeirão Preto.
Inconformado, a diretoria entrou com um processo pedindo a anulação de seu primeiro jogo com a Portuguesa, em Ribeirão Preto, interrompido após briga generalizada em campo.
Serenado os ânimos, aquele jogo voltou a ser disputado, mas o juiz colocou na súmula que os minutos finais foram por ele considerados “um amistoso”.
A Federação acolheu o pedido do Comercial e nova partida foi marcada para a segunda semana de agosto, em campo neutro.
O jogo só interessava, na verdade, ao time de Ribeirão Preto, já que à Lusa, colocada no meio da tabela, o jogo não despertava o menor interesse.
O Comercial vivia um drama.
Prato cheio para o Jornal da Tarde que gostava desses dramas humanos.
Lá fui eu para Ribeirão Preto a bordo de um ônibus Cometa.
O jogo seria na noite de quarta-feira, em Campinas.
Mas o JT me mandou para Ribeirão Preto no domingo. Assim, eu poderia contar com detalhes o drama vivido pelo time e pela cidade. Aliás, só metade da cidade porque a outra metade, formada por torcedores do Botafogo, estava gostando da situação.
Acompanhei todos os treinos, reunião de diretoria, conversei com torcedores e, claro, os jogadores.
Entre eles, conheci um jovem goleiro que acabou sendo o meu personagem. Seu nome: Emerson que o mundo conheceria logo-logo como Leão.
No dia do jogo, sensação estranha com o estádio, o Brinco de Ouro da Princesa, do Guarani, vazio.
Ou quase.
A Federação distribuiu 300 convites: 100 para cada time envolvido, 50 para o Guarani (dono da casa) e 50 para convidados da Federação. Somando-se aí os jornalistas, éramos trezentos e poucos.
Ouviam-se os gritos dos jogadores, mesmo que não fossem assim tão altos. Qualquer cochicho era audível.
Sentia-se o desespero dos jogadores do Comercial.
A Portuguesa dominava o jogo com facilidade. Era muito superior. Só não marcava porque o jovem goleiro Emerson não permitia. Era, disparado, o melhor em campo.
Até que lá por volta dos 35 minutos do segundo tempo, acontece um escanteio a favor da Lusa.
A bola é alçada e cruza pela marca do pênalti; Emerson sai do gol mal e dá apenas um tapinha na bola que vai direto na cabeça do exímio cabeceador Leivinha que não perdoa: 1 a 0.
Pouco depois termina o jogo e o Comercial é rebaixado.
O vestiário foi fechado e o acesso à Imprensa negado.
Assim, fui contar o drama dos derrotados pela voz dos vencedores.
Não havia alegria no vestiário a Lusa.
Conversei com quase todos os jogadores e todos lamentavam a vitória.
Leivinha, além de autor do gol, era o craque do time. Meio sem graça, me contou:
– Fiquei com dó deles, mas, fazer o quê? A bola veio na minha cabeça.
Mais do que isso, João Leiva Campos Filho, o Leivinha, me contou que durante todo o jogo, sempre algum jogador adversário encostava nele e pedia discretamente:
– Fica parado, não corre não.
– Não vale nada pra vocês.
– Quebra nosso galho, deixa a gente vencer…
No fim, o futebol falou mais alto.
Ainda bem.
Rebaixado em campo, o Comercial foi à luta nos tribunais.
No ano seguinte, ganhou no CND (Conselho Nacional de Desportos) guarida ao seu recurso e o direito de voltar à Primeira Divisão. Como o Paulistão de 1969 já havia começado, o Comercial fez um acordo com a Federação Paulista e aceitou voltar no ano posterior, 1970.
O certo é que esse ano de 1968 foi meio confuso para o futebol paulista.
Além desse perrengue envolvendo o Comercial, houve outro envolvendo o Palmeiras.
Naquele ano, o Verdão deu preferência à Libertadores, que não ganhou, e quase caiu para a Segunda Divisão.
Até hoje paira no ar um conchavo que teria havido entre o Palmeiras e o Guarani para que o Verdão não caísse.
Mas essa é outra história.
—————————————————————————————-
Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
E a Copa do Mundo no Brasil, hein? Em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis.
“Muito engana-me, que eu compro”
E o PT®? Qual o poder constante de sua propaganda ininterrupta?
Eis:
Vive o PT© de clichês publicitários bem elaborados por marqueteiros. Estilo do brilhante e talentoso João o Milionário Santana. Nada espontâneo.
Mas apenas um frio slogan (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Não tem nada a ver com um projeto de Nação.
Eis aqui a superficialidade do PETISMO:
0.“Coração Valente©”
1.“Pátria Educadora™” [Buá; Buá; Buá].
2.“Pronatec©”
3.“A Copa das Copas®”
4.“Fica Querida©”
5.“Impeachment Sem Crime é Golpe©” [lol lol lol]
6.“Foi Golpe®”
7.“Fora Temer©”
8.“Ocupa Tudo®”
9.“Lula Livre®”
10.“®eleição sem Lula é fraude” [kuá!, kuá!, kuá!].
11.“O Brasil Feliz de Novo®”
12.“Lula é Haddad Haddad é Lula®” [kkkk]
13.“Ele não®”.
14.“Minha Casa, Minha Vida©”
15.“Saúde não tem preço®”
16.“Haddad agora é verde-amarelo®” [rsrsrs].
17.“Rede cegonha©”
18.“LUZ PARA TODOS™” (KKKKK).
19. (…e agora…): “Ninguém Solta a Mão de Ninguém©”
20.“Água para todos©” (é mesmo?)
21.“Mais Médicos®”
22.PT = “Controle social da mídia” [™] (hi! hi! hi!): desejo do petismo.
23.“Brasil Carinhoso©” [que momento açucarado].
24.“Bolsa Família®”
25.“SKOL®: a Cerveja que desce RedondO”.
PT© é vigarista e aderente ao charlatanismo.
Vive de ótimos e CALCULADOS mitos publicitários.
É o tal de: “me engana que eu compro”.
Produtos disfarçados, embalagens mascaradas e rótulos mentirosos. PT!
Nós todos apreciamos consumir alguma coisa, com certa constância. Então isso seria bom… Mas não nesse caso. PT é uma farsa, um simulacro.