Moro sai atirando e falando o que viu e ouviu. Coisas sérias. E agora, Brasil?
Finalmente, ocorreu o que era esperado, fazendo uso de um clichê, na calada da noite, horário adequado para as tramoias, o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, foi exonerado, não se sabe quem o substituirá, mas, seja lá quem for, já entra tão desmoralizado como o novo ministro da Saúde, o totalmente alinhado. A dificuldade que o coiso criou para ele mesmo é que Sergio Moro, surpreendentemente, lembrou-se de que tem amor-próprio e, ao sentir-se traído, pediu demissão.
Em seu discurso de saída mostrou sua estranheza pela substituição do diretor-geral, não entende o porquê, disse com todas as letras que foi por motivos políticos e não técnicos, o que vai tirar autonomia da PF. Declarou que durante os governos Lula e Dilma, quando estouraram os escândalos de corrupção, a PF teve total liberdade para trabalhar, não sofreu pressões. Desmentiu o coiso ao declarar que não assinou a exoneração de Valeixo e que este não saiu a pedido como foi divulgado.
Ficou claro que está sendo articulada pelo coiso uma das maiores patifarias de todos os tempos. Tanto a Polícia Federal como o ministro Alexandre de Moraes – e neste bozo não conseguirá mexer – estão chegando ao núcleo divulgador das fake news, a zeralhada, alguns empresários bolsocretinos e deputados do Centrão. Esta é a verdadeira causa da troca do diretor da PF por um molenga que concorde em paralisar as investigações em curso e isso faz parte das negociações com deputados do Centrão, muitos deles investigados por malfeitos.
Mas, a tramoia não funcionará, pode trocar o comando, mas a base continuará – até por esprit de corps – a investigar e mostrará o que todo mundo já sabe, a origem de todos os males está dentro do Palácio do Planalto.
O ministro do STF Celso de Mello deu 10 dias para que o presidente da Câmara Rodrigo Maia se manifeste a respeito de pedido de impeachment do coiso que dorme há tempos em sua gaveta.
O Mirando tem por norma não receber comentários, mas abrirá uma exceção para uma velha – no sentido de faz tempo, não de idade – colega, Liana John. Ela questiona a maneira pela qual o Estadão tratou uma informação da Fiocruz na matéria “Número de mortes no Brasil dobra a cada 5 dias; ritmo supera EUA e Europa”
Abaixo, o texto enviado por Liana:
“Trata-se do eterno problema de jornalistas fazendo contas (ou, neste caso, deixando de mostrar as contas).
Hoje, 23 de abril, no Estadão, com direito a chamada na primeira página, temos uma matéria com o monitor do COVID 19 da Fiocruz, dizendo que as mortes dobram a cada 5 dias no Brasil, enquanto nos EUA dobram a cada 6 dias e na Itália e na Espanha dobram a cada 8 dias.
Em nenhum momento a matéria dá a informação crucial para o pobre leitor apavorado, que é: a base de cálculo!
Ora, se um município tem uma única morte e depois de cinco dias tem mais uma morte, ele dobrou o número de mortes, certo?
E se um país tem 1.450 mortos e depois de 5 dias tem 2.900 mortos, ele também dobrou, certo?
Isso por acaso quer dizer que este país (no caso acima, o Brasil) está pior do que os EUA, que tinham 23.000 mortes e depois de 6 dias passaram a 46.000?
Ou pior do que a Espanha, que tinha 10.850 mortes e depois de 8 dias passaram a 21.700?
Ou pior do que a Itália, que tinha 12.500 mortes e depois de 8 dias passou a 25.000? Sério?”
Ela tem razão, a informação é dúbia, o ritmo supera, mas e daí? Em primeiro lugar, o ritmo será mantido? Segundamente, como diria Vicente Matheus, o mais querido dos presidentes do meu Coringão, faltou informar o número de dias que se passaram desde a primeira morte em cada um dos países até que o número de mortes atual fosse atingido. Lidar com números exige cuidado e bom senso, por exemplo, se em uma casa mora só uma pessoa e ela morrer houve 100% de morte, em outra moram 10 e 5 morrem, houve 50% de óbitos, mas onde morreu mais gente? Então, a comparação não cabe.
Posto isso, pelo fato de o atual ministro ter sido escolhido pelo fato de que, segundo ele mesmo, totalmente alinhado com o coiso, tudo indica um desastre tão grande ou maior do que os acontecidos lá fora.
Mais uma vez repete-se a falta de sensibilidade dos que criam programas que envolvem de informática pela população, as pessoas querem sistemas simples, não adianta criar apps que demandam 500 cliques aqui e acolá, diferentemente dos criadores, que têm orgasmos quando produzem programas complicados. É problema no app da Caixa, é problema no da Prefeitura de São Paulo com o de ensino a distância.
Cá entre nós, está havendo exageros nos “ensinamentos” mostrados nas TVs e jornais. Caramba, quem vê TV Globo precisa de demonstração de como se lava uma privada?
Leitores do Estadão e da Folha de S.Paulo precisam de instrução de como se limpa uma cozinha? Está faltando bom senso.
(CACALO KFOURI)
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Copiadas da Folha
Médico diz que foi demitido do governo americano por discordar da posição de Trump sobre cloroquina
O médico que liderava o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus dentro do governo americano afirmou que foi removido do cargo após questionar o modo como a gestão de Donald Trump queria usar a cloroquina no combate à pandemia.
Lá e cá a ignorância e a prepotência se contrapõem à ciência, e o resultado? Lá, mais de 40 mil mortos, por aqui, péssimos indícios.
Guerra do botox contra o coronavírus une a família Kogos
A médica Ligia Kogos invocou o juramento de Hipócrates para defender a abertura da clínica de dermatologia e estética que leva seu nome e tem aplicação de botox como carro-chefe.
Seu marido, o ginecologista Waldemar Kogos, 79, manda “os comunistas idiotas (pleonasmo)” se conformarem ao defender o uso da hidroxocloroquina como método preventivo contra a Covid-19, remédio receitado para todos os funcionários, de forma que a clínica nos Jardins, zona nobre de São Paulo, continue funcionando durante a pandemia.
O economista Paulo Kogos, 31, filho da casal, segurou na alça do caixão do “enterro político” do governador João Dória(*) (PSDB), amigo da família, em protesto na avenida Paulista contra o isolamento social, medida que visa conter a disseminação do coronavírus.
(*) O amigo da família é o governador João Doria (mais provável não ser mais), este aí não é nem governador nem amigo.
Quando se pensa que é impossível existir, surge uma família concorrente à altura dos 00s. O botox subiu às cabeças.
Contrariando medicina, Trump sugere que injeção de desinfetante pode tratar coronavírus
‘Talvez seja possível, talvez não seja. Eu não sou médico’, disse o presidente americano
“E aí eu vejo o desinfetante, que derruba [o coronavírus] em um minuto. Um minuto! E tem um jeito de a gente fazer algo, uma injeção dentro ou quase uma limpeza? Porque, veja bem, ele entra nos pulmões e faz um trabalho tremendo nos pulmões, então seria interessante checar isso. Então, será preciso ver com os médicos, mas soa interessante para mim”, afirmou Trump em entrevista coletiva na Casa Branca.
Trump, não contente com o grande número de mortes que causou ao demorar para reconhecer que a covid-19 não é uma gripezinha, com esta declaração irresponsável, criou um perigo tão grande ou maior que o coronavírus, o que vai ter de gente se autoaplicando injeções de desinfetantes e morrendo será uma grandeza. Ah, rei Juan Carlos, sua frase dirigida a Hugo Chávez é “imorrível”.
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Copiada do Blog do Ancelmo
STF começa a julgar amanhã legalidade do abordo(*) para grávidas infectadas com zika
(*) Só para as embarcadas, para as que estiverem em terra, nada? Aborto, cara-pálida.
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Copiadas do Universa
Bruxas adiam convenção e descartam magia contra covid-19
“Fiquem em casa. É o que estou falando [a meus alunos]: fiquem em casa, para se resguardar e reforçar o sistema imunológico contra o vírus. Lave as mãos, tome sol na varanda para ter vitamina D, e coma laranja para ter vitamina C”, diz. Os rituais e cursos foram concentrados na transmissões online, onde atende os mais de 800 alunos matriculados na escola.
Eh eh eh confissão pública de que bruxaria não passa de conto do vigário no qual “os mais de 800 alunos matriculados” estão caindo. Como reza o velho ditado, “se macumba funcionasse o campeonato baiano terminaria empatado.”.
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Copiadas do UOL
Reinaldo Azevedo: Se Moro sair após rififi na extrema-direita(*), sai um ministro ausente
Impreçionante – grafia à la Weintraub – o capista não consegue nem copiar, abaixo o título na matéria aberta, sem o hífen:
Reinaldo Azevedo: Se Moro sair após rififi na extrema direita, sai um ministro ausente
Weintraub ironiza morte de vítima do coronavírus que era sogra de médico
O título da matéria, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, é “Minha sogra foi minha paciente. Ela morreu, e eu não pude fazer nada’, conta médico”.
“Mais uma morte suspeita…”, escreveu Weintraub em seu Twitter.
Não é “haterismo” da minha parte, mas trata-se de um cretino que faz questão de reiterar a cada momento que é um cretino de carteirinha.
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Copiada do Estadão
Superação sobre duas rodas
“Há soluções mais completas, como o pacote com rodinhas nas laterais, iguais aos de bicicletas de criança. Elas se recolhem automaticamente quando a moto arranca e abrem parar dar apoio na hora de parar.” Esse kit (permite que o piloto precise de ajuda)(???) nas saídas e paradas nos boxes, por exemplo.
(???) O que estará acontecendo no Estadão, algum tipo de vírus está impedindo que os escribas pensem antes de escrever? Permite que precise de ajuda? Uau, espantoso. Cara-pálida, possibilita que o piloto NÃO precise de ajuda.
Ontem, como apontado no Mirando, foi publicada outra preciosidade: “O São Caetano encaminhou um ofício para a Federação Paulista de Futebol no final da manhã de ontem em que solicita(???) sua desistência da Série D do Campeonato Brasileiro por causa da pandemia do novo coronavírus.”
(???) Solicita em vez de apresenta…
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