Holocausto nunca mais. Por Fernando Antônio Gonçalves
HOLOCAUSTO NUNCA MAIS
FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES
…Mas simplesmente para lembrar a todos aqueles que o mundo, a cada tanto, tentou esquecer.” (Elie Wiesel, Prêmio Nobel da Paz de 1986)…
Um dos filhos de um conhecido meu, 20 anos, recém ingressado numa “falcudade”, me perguntou outro dia sobre o massacre de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, pois estava achando a biblioteca de seu curso “muito fraquinha, sem quase nada de substancialmente histórico.”
Parabenizando-o pelo interesse em aprimorar seus conhecimentos histórico-culturais, distanciando-se das ignorâncias cognitivas que estão contaminando as IES do Brasil, favorecendo desculturações que vitimizam os amanhãs profissionais de milhões de brasileiros, emprestei a ele um livro lido em 2010, amplamente útil para os momentos de agora:
O HOLOCAUSTO: HISTÓRIA DOS JUDEUS NA EUROPA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Martin Gilbert
São Paulo, Editora Hucitec, 2010, 1022 p.
Dois testemunhos impressionantes explicitados na quarta capa do livro notável:
“Este livro deve ser lido e relido. Será doloroso, mas apesar disso você deve lê-lo. Para saber? Não. Para entender? Também não.
Mas simplesmente para lembrar a todos aqueles que o mundo, a cada tanto, tentou esquecer.” (Elie Wiesel, Prêmio Nobel da Paz de 1986)
“A grande façanha de Gilbert consiste em lembrar-nos dos seres humanos comuns, vivendo e sofrendo por trás de uma massa anônima de estatísticas.” (The New York Times Book Review)
Muito sensibiliza também o prefácio-testemunho de Samuel Feldberg, tradutor do livro, em junho de 2009:
“A história do Holocausto sempre fez parte da minha vida. Filho de sobreviventes, que nunca conheceu os avós, mortos em Auschwitz, vítimas ‘do último transporte a deixar o Gueto de Bedzin’, cresci ouvindo as estórias de meu pai e à sombra do silêncio de minha mãe. … Dedico esta tradução a meus pais, protagonistas deste trágico capítulo da história do povo judeu, mas também símbolo de sua resiliência. … Que este trabalho possa representar um alerta para esta e futuras gerações.”
Seguramente, um livro não lido pelo recém defenestrado fascista baba-ovo Secretário de Cultura do Brasil…
HOLOCAUSTO NUNCA MAIS !!!
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FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES – Norte-riograndense de parição, como costuma dizer, é pernambucano de coração. Com Dom Hélder Câmara, presidiu a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife. Foi Secretário Estadual de Educação e Cultura de Pernambuco e é pesquisador aposentado da Fundação Joaquim Nabuco, hoje integrando o seu Conselho Diretor. Também integra o Conselho Diretor da Fundação Gilberto Freyre.
Como tambem sou uma orgã de avós e tios, que tb. Morreram em campos de concentração, vou presentear meus sobrinhos e filho, com esse livro, que, certamente, vão entender mais um pouco da historia dos avós e tios, q foram mortos por um ditador lunático. E deixou tantas famílias orfãs de seus familuares!
PARABÉNS, FERIRMÃO! A CADA ‘GESTO ESCRITO’ DE SOLIDARIEDADE A ESSE POVO SOFRIDO E PERSEGUIDO, GANHAS UMA FOLHINHA NA ÁRVORE A SER PLANTADA NA TERRA QUE A ELES PERTENCE: ISRAEL