A bola volta a rolar. Blog do Mário Marinho
A BOLA VOLTA A ROLAR
BLOG DO MÁRIO MARINHO
Na verdade, desde que começou o ano, a bola já está rolando pelos gramados do estado de São Paulo.
Todo começo de ano, disputa-se a Copa São Paulo de futebol júnior cuja final será no dia 25, aniversário da Capital.
Essa competição, tradicional, já revelou muitos jogadores e despertava muito interesse do público e da mídia quando era disputada por um número menor de times. Cerca de 20.
Hoje, são 125 times para uma competição que dura 20 dias.
É muito time, muitos jogadores, muitos jogos.
Mas, inegavelmente, tornou-se mais democrática. Porém, mais difícil de acompanhar.
No futebol profissional, a bola começou a rolar ontem à noite, com a disputa da Florida Cup, na terra de Kim Novak, musa de olhos acinzentados e voz rouca que fez muito sucesso nos anos 60 e hoje, aos 86 anos, é uma pacata criadora de lhamas e cavalos em suas fazendas no Oregon e na Califórnia.
Palmeiras e Corinthians fizeram sua estreia na noite de ontem na tal Copa.
Jogaram no mesmo estádio, só que em horas diferentes.
Primeiro o Corinthians, que venceu seu adversário, o New York City, por 2 a 1, e, depois o Palmeiras que empatou com o Atlético Nacional, da Colômbia, 0 a 0, mas ganhou um ponto extra na cobrança de pênaltis.
Não dá para analisar o desempenho técnico dos dois times, pelo óbvio motivo que se trata do primeiro jogo de ambos. Além disso, todas as quatro equipes envolvidas usaram um time para o primeiro tempo e outro para o segundo.
No Palmeiras, ressalte-se a experiência que o técnico Vanderlei Luxemburgo está fazendo de colocar o voluntarioso Felipe Melo como zagueiro.
Experiência que só o tempo dirá se é acertada ou não, mas, absolutamente temerária pois, ter o Felipe Melo perto de sua própria área, é correr risco de faltas perto ou dentro da área.
A conferir.
Aos corintianos, além da vitória, sobrou a alegria de ver a boa estreia do atacante Luan (foto ao alto), autor dos dois gols da vitória por 2 a 1.
O importante desses dois gols é que eles foram marcados sem jogadas absolutamente individuais, sem que o fraco adversário tenha concorrido para que eles acontecessem.
O primeiro foi de uma falta magistralmente bem cobrada, lembrando os tempos de Marcelinho Carioca, o Pé de Anjo.
O segundo, num chute de fora da área, com pouca força e muita colocação.
A Copa Flórida se encerra neste sábado, com Palmeiras e Corinthians trocando de adversários.
Cruzeiro cai
na B e na real
Depois de despencar para a série B, o Cruzeiro tentar juntar os cacos e já volta a campo na semana que vem, para disputar o Mineirão.
Além do abalo moral, o Cruzeiro sofre sérios problemas reais com a irreal política financeira que manteve nos últimos anos. Além, claro da hecatombe financeira e dos problemas de corrupção em sua administração.
A nova administração estabeleceu que o teto salarial será de R$ 150 mil. Um excelente salário, porém uma merreca para os salários que os jogadores estavam acostumados a receber.
Alguns jogadores, como Thiago Neves e Fred, beiravam um milhão de reais mensais.
Outros menos valorizados, ficavam entre 500 mil e 700 mil. Casos dos zagueiros Dedé e Manoel, do goleiro Fábio, Rafael Sobis e outros. O técnico da época, Mano Menezes, recebia R$ 800 mil.
A folha salarial batia, atualmente, na casa dos 15 milhões de reais mensais, incluindo aí os direitos de imagem.
Segundo informações do site da CBF, os cinco clubes com folha de pagamento mais alta, em 2018, foram (aqui não estão incluídos os diretos de imagem. Os números abaixo se referem a salários que constam na Carteira Profissional):
1º – Palmeiras R$ 8,8 milhões
2º – Corinthians R$ 8,1 milhões
3º – Cruzeiro R$ 7,6 milhões
4º – Flamengo R$ 7,0 milhões
5º – Internacional R$ 5,7 milhões.
Como se vê, a realidade que vivia o cruzeiro – ou o conto de fadas – nada tinha a ver com a realidade do futebol brasileiro.
Não será nada fácil nem doce a vida cruzeirense na Série B.
A ousadia
chamada Jornal da Tarde (1)
O jornalista Fernando Mitre leu e gostou muito do livro “Jornal da Tarde; uma ousadia que reinventou a Imprensa brasileira”, do também jornalista Ferdinando Casagrande.
Eu também li e já registrei aqui que gostei muito.
Fernando Mitre, que hoje é diretor de jornalismo da Tv Bandeirantes e durante muitos anos dirigiu o saudoso vespertino, decidiu homenagear os jornalistas que brilharam no JT, segundo palavras suas, publicando os nomes deles em seu Twitter e Instagram Twitter (@fernandomitre) e no Instagram (@fernandomitrereal).
Quero agradecer ao Mitre por ter me colocado em tão honrosa lista.
E resolvi participar da homenagem, publicando aqui também a relação desses companheiros, com os quais tive o prazer e a honra de trabalhar em algum momento dos 22 anos que permaneci no JT.
Léo Gilson Ribeiro, Maurício Kubrusly, Hamilton Almeida, Fernando José, o Nando, Alcides Lemos, Oswaldo Camargo, César Camarinha, Júlio Moreno, Elói Gertel, Vera Gertel, Lourenço Dantas Motta, Lourenço Diaféria.
Ruy Mesquita Filho, Fernão Mesquita, Rodrigo Mesquita, Laerte Fernandes, Milton Severiano, Frederico Branco, Armando Salem, Sérgio Pompeu, Randau Marques, Saul Galvão, Pedro França Pinto, Roberto Pompeu, Nicodemus Pessoa.
Sérgio Rondino, Eduardo Borgonovi, Claudio Bojunga, Luís Henrique Fruet, Roberto Pereira, Waldo Paoliello, Laura Greenhalgh, José Neumanne Pinto, Roberto Jungman, Moacir Bueno, Leão Serva, Lilian Pacce.
Moacir Japiassu, Guilherme Miranda, Paulo Moreira Leite, José Márcio Mendonça, Luís Carlos Lisboa, Marco Antônio Meneses, Luís Eduardo Faria, Valter Pereira de Sousa, Marli Gonçalves, Lúcia Fragata, Melchíades Cunha Júnior, Gabriel Manzano.
Waldir Sanchez, Sérgio Vaz, Carmo Chagas, César Giobbi, Édson Paes de Melo, Ari Schineider, Cláudia Batista, Valéria Vally, Lúcia Carneiro, Teresa Monteiro, Carlos Suliê, Otoniel Santos Pereira, Marco Antônio Rocha, Marco Antônio Resende.
Aqui, uso uma frase bem ao gosto do doutor Ruy Mesquita em seus editoriais: voltaremos ao assunto.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)