Tudo ficou nos trinques. Blog do Mário Marinho
TUDO FICOU NOS TRINQUES
BLOG DO MÁRIO MARINHO
Como 10 entre 10 torcedores previam, a final do Mundial de Clubes da Fifa será mesmo entre Flamengo e Liverpool.
Mantém-se, portanto, a tradição da final entre times da Europa e da América, com raríssimas exceções, desde que a Fifa passou a organizar a competição que antes se chamava Copa Intercontinental.
Vejamos…
No ano de 2000, a competição passou a se chamar Copa do Mundo de Clubes da Fifa e foi realizada no Brasil, com a final entre Corinthians e Vasco, vencida pelo timão, no Maracanã.
Em 2001, a Copa deveria ter sido realizada na Espanha, mas, a Fifa com problemas financeiros não realizou a competição e só voltou a fazê-lo em 2005.
2005 – No Japão, o São Paulo venceu o Liverpool, 1 a 0.
2006 – Japão, o Internacional venceu o Barcelona, 1 a 0.
2007 – Japão, o Milan venceu o Boca Juniors, 4 a 2.
2008 – Japão, o Manchester United venceu o LUD, 1 a 0.
2009 – Emirados Árabes, o Barcelona venceu o Estudiantes, 2 a 1.
2010 – Emirados Árabes, o Internazionale venceu o africano Mazembe, da República Democrática do Congo, quebrando, pela primeira vez, a tradição de Europa x América.
2011 – Japão, o Barcelona venceu o Santos, 4 a 0.
2012 – Japão, o Corinthians venceu o Chelsea, 1 a 0.
2013 – Marrocos, o Bayern de Munique venceu o Raja Casablanca, de Marrocos, 2 a 0.
2014 – Marrocos, o Real Madri venceu o San Lorenzo, 2 a 0.
2015 – Japão, o Barcelona venceu o River Plate, 3 a 0.
2016 – Japão, o Real Madri venceu o Kashima Antlers, do Japão, 4 a 2.
2017 – Emirados Árabes, o Real Madri venceu o Grêmio, 1 a 0.
2018 – Emirados Árabes, o Real Madri venceu o Al Ain, dos Emirados Árabes, 4 a 1.
Portanto, a sequência só quebrada em 2010, 2013, 2016 e 2018.
Esse ano, até que poderia ter acontecido uma final surpreendente.
Isso porque o Flamengo saiu perdendo seu jogo para o Al Hilal e o Liverpool também saiu em desvantagem. No dia seguinte, foi a vez do Liverpool passar por tremendo sufoco até conseguir a classificação em cima do Monterrey .
Os deuses do futebol gostam desse tipo de brincadeira: provocam sustos, mas, logo colocam as coisas no seu devido lugar.
No primeiro tempo de seu jogo contra o Al Hilal, o Flamengo foi irreconhecível.
Foi sequer sobra daquele time envolvente e massacrante que nos acostumamos a ver no Brasileirão.
No segundo tempo, voltou a ser o Mengão e, como naquele samba que canta que o “piston tira a surdina e põe as coisas no lugar” tratou de jogar futebol.
Já o Liverpool suou muito mais e só conseguiu o gol da vitória graças ao brasileiro Firmino, num lance que o saudoso Fiori Gigliotti diria que aconteceu “ao apagar-se das luzes”, ou seja, no minuto final.
E o que nos promete a decisão deste sábado.
Bem, mantidas as condições normais de temperatura e pressão – ou seja, se cada um jogar o que sabe, teremos um jogão de bola, digno de uma final de Copa do Mundo.
Se assim for, se cada um produzir tudo aquilo que sabe, o Flamengo sai com a taça na mão.
Será um jogo na medida para receber o apelido de duelo de titãs.
E, titã por titã, o Flamengo é mais titã.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
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