Desigualdade de renda e os governantes desorientados. Mira só os fatos e não feitos
Uma pesquisa do IBGE divulgada ontem (16) mostra que metade dos brasileiros vive com R$ 413 por mês e que a diferença de renda é a maior desde 2012, ano em que a pesquisa começou a ser feita. Indica, também, que o 1% mais rico da população ganha mais do que 50% da população. Não se vislumbra possibilidade de melhora, a economia continua estagnada e o que poderia ser um bom sinal, inflação baixa, ao contrário, é um péssimo indicativo, é em razão da baixa atividade econômica e não de preços controlados.
Enquanto isso, o que move o presidente da República é ganhar desafetos entre seus aliados e que 03, novidade do momento, seja o novo líder do PSL na Câmara dos Deputados. Sendo repetitivo, cito Murphy mais uma vez, não há nada tão ruim que não possa piorar.
Nos Estados Unidos, o ídolo de bolsonaro, Trump, é imbatível no que tange a arrumar desafetos, em uma sessão da Câmara 129 deputados republicanos ajudaram os democratas a aprovar uma resolução contra a retirada das tropas norte-americanas da Síria. O resultado da votação foi 354 a 60 pró-resolução.
O jornalista José Roberto Guzzo, que foi diretor da revista Veja e que, desde 2008, passou a ser colunista, escrevendo uma coluna quinzenalmente, deixou a publicação por ter sido, claramente, censurado. Eis sua carta de despedida ( TAMBÉM PUBLICADO AQUI, NO CHUMBO GORDO):
“Caros amigos
Desde ontem, 15/10/19, não sou mais colaborador da revista “Veja”, na qual entrei em 1968, quando da sua fundação, e onde mantinha uma coluna quinzenal desde fevereiro de 2008. A primeira foi publicada na edição de 13/02/2008. A partir daí a coluna não deixou de sair em nenhuma das quinzenas para as quais estava programada.
Na última edição, com data de 16/10/19, a revista decidiu não publicar a coluna que eu havia escrito. O artigo era sobre o STF, e sustentava, como ponto central, que só o calendário poderia melhorar a qualidade do tribunal — já que, com a passagem do tempo, cada um dos 11 ministros completaria os 75 anos de idade e teria de ir para casa. Supondo-se que será impossível nomear ministros piores que os destinados a sair nos próximos três ou quatro anos, a coluna chegava à conclusão que o STF tende a melhorar.
A liberdade de imprensa tem duas mãos. Em uma delas, qualquer cidadão é livre para escrever o que quiser. Na outra, nenhum veículo tem a obrigação de publicar o que não quer. Ao recusar a publicação da coluna mencionada acima, “Veja” exerceu o seu direito de não levar a público algo que não quer ver impresso em suas páginas. A partir daí, em todo caso, o prosseguimento da colaboração ficou inviável.
Ouvimos, desde crianças, que não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe. Espero que esta coluna tenha sido um bem que não durou, e não um mal que enfim acabou. Muito obrigado.”
Pode-se dizer que a direção tem razões que a própria razão desconhece, muito menos ainda a redação.
Até onde se sabe, continua na Abril, é diretor do Grupo Exame, que, segundo se comenta, está para ser vendido a um banco.
Apesar de a Veja ainda “possuir”, na linguagem vigente, muitos leitores, a censura resultou em um tiro pela culatra, expressão adequada aos tempos bolsonaristas, pois o texto está sendo divulgado na internet, terá milhões de leituras a mais. O texto que indignou a direção da revista:
A fila anda
J.R. Guzzo
Um dos grandes amigos do Brasil e dos brasileiros de hoje é o calendário. Só ele, e mais nenhum outro instrumento à disposição da República, pode resolver um problema que jamais deveria ter se transformado em problema, pois sua função é justamente resolver problemas — o Supremo Tribunal Federal. O STF deu um cavalo de pau nos seus deveres e, com isso, conseguiu promover a si próprio à condição de calamidade pública, como essas que são
trazidas por enchentes, vendavais ou terremotos de primeira linha. Aberrações malignas da natureza, como todo mundo sabe, podem ser resolvidas pela ação do Corpo de Bombeiros e
demais serviços de salvamento. Mas o STF é outro bicho. Ali a chuva não para de cair, o vento não para de soprar e a terra não para de tremer — não enquanto os indivíduos que fabricam essas desgraças continuarem em ação. Eles são os onze ministros que formam a nossa “corte suprema”, e não podem ser demitidos nunca de seus cargos, nem que matem, fritem e comam a própria mãe no plenário. Só há uma maneira da população se livrar legalmente deles: esperar que completem 75 anos de idade. Aí, em compensação, não podem ser salvos nem por seus próprios decretos. Têm de ir embora, no ato, e não podem voltar nunca mais. Glória a Deus.
Demora? Demora, sem dúvida, e muita coisa realmente ruim pode acontecer enquanto o tempo não passa, mas há duas considerações básicas a se fazer antes de abandonar a alma ao desespero a cada vez que se reúne a apavorante “Segunda Turma” do STF – o símbolo, hoje, da maioria de ministros que transformou o Supremo, possivelmente, no pior tribunal superior em funcionamento em todo o mundo civilizado e em toda a nossa história. A primeira consideração é que não se pode eliminar o STF sem um golpe de Estado, e isso não é uma opção válida dos pontos de vista político, moral ou prático. A segunda é que o calendário não para.
Anda na base das 24 horas a cada dia e dos 365 dias a cada ano, é verdade, mas não há força neste mundo capaz de impedir que ele continue a andar. Levará embora para sempre, um dia, Gilmar Mendes, Antônio(X)(Antonio) Toffoli, Ricardo Lewandowski. Antes deles, já em novembro do ano que vem e em julho de 2021, irão para casa Celso (de) Mello e Marco Aurélio — será a maior contribuição que terão dado ao país desde sua entrada no serviço público, como acontecerá no caso dos colegas citados acima. E assim, um por um, todos irão embora – os bons, os ruins e os horríveis.
Faz diferença, é claro. Só os dois que irão para a rua a curto prazo já ajudam a mudar o equilíbrio aritmético entre o pouco de bom e o muitíssimo de ruim que existe hoje no tribunal. Como é praticamente impossível que sejam nomeados dois ministros piores do que eles, o resultado é uma soma no polo positivo e uma subtração no polo negativo – o que vai acabar influindo na formação da maioria nas votações em plenário e nas “turmas”. Com mais algum tempo, em maio de 2023, o Brasil se livra de Lewandowski. A menos que o presidente da época seja Lula, ou coisa parecida, o ministro a ser nomeado para seu lugar tende a ser o seu exato contrário – e o STF, enfim, estará com uma cara bem diferente da que tem hoje. O fato, em suma, é que o calendário não perdoa.
O ministro Gilmar Mendes pode, por exemplo, proibir que o filho do presidente da República seja investigado criminalmente, ou que provas ilegais, obtidas através(*) da prática de crime, sejam válidas numa corte de justiça. Mas não pode obrigar ninguém a fazer aniversário por ele. Gilmar e os seus colegas podem rasgar a Constituição todos os dias, mas não podem fugir da velhice.
(*) Manda o bom português que seja “por meio de”.
O Brasil que vem aí à frente, por esse único fato, será um país melhor. Se você tem menos de 25 ou 30 anos de idade, pode ter certeza de que vai viver numa sociedade com outro conceito do que é justiça. Não estará sujeito, como acontece hoje, à ditadura de um STF que inventa leis, censura órgãos de imprensa e assina despachos em favor de seus próprios membros. Se tiver mais do que isso, ainda pode pegar um bom período longe do pesadelo de insegurança, desordem e injustiça que existe hoje. Só não há jeito, mesmo, para quem já está na sala de espera da vida, aguardando a chamada para o último voo. Para estes, paciência. (Poderiam contar, no papel, com o Senado – o único instrumento capaz de encurtar a espera, já que só ele tem o poder de decretar o impeachment de ministros do STF. Mas isso não vai acontecer nunca; o Senado brasileiro é algo geneticamente programado para fazer o mal). Para a maioria, a vitória virá com a passagem do tempo.
( CACALO KFOURI)
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Copiadas da Folha
‘Vai pra casa, vagabundo; vai pra casa, aposentado’, grita Doria a manifestantes em SP
Olha o aprendiz de bolsonaro aí, gente! Só faltou completar com “corre porque sua mãe está lá com Queiroz!”. bolsonaro respondeu dia desses para um ciclista que lhe perguntou onde estava Queiroz que “tá com sua mãe!”.
Braço direito dos Bolsonaro em SP é acusado de rachadinha
“Fui assessor parlamentar no gabinete do deputado estadual Gil Diniz na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e, quando lá estava presenciei que a prática da ‘rachadinha‘ era comum entre os funcionários do gabinete. Ali havia também funcionária fantasma, porque não trabalhava e apenas assinava o ponto e devolvia dinheiro para o deputado. Essa funcionária, amiga do deputado há mais ou menos doze anos, recebe em troca apenas o cartão alimentação (sodexo), e aproximadamente R$ 1.500,00 em troca de dar seu nome para desconto do salário”, relata ele na representação.
Os bolsonaros estão sempre tendo problemas com a letra zê, é 01 com Queiroz, é 00 com Diniz… Que aZar!
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Copiadas do UOL
Bolsonaro diz que possível grampo de áudios sobre PSL é “desonestidade”
“Eu falei com alguns parlamentares. Me gravaram? Deram uma de jornalista? Eu converso com deputados. Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou o telefone, primeiro, é uma desonestidade”, declarou, ao sair do Palácio da Alvorada por volta das 8h30.
Sei, sei, V.Excia só aprecia as que envolvem seus inimigos, né mermo? E, atenção, coleguinhas, parem com a profusão de “teria”, ele não desmente a gravação, confirma, só a condena. Dias atrás declarou que não iria se envolver em questões do partido, ouçam a gravação e notem como a palavra dele vale tanto como uma nota de R$ 3:
Discurso sobre “climatismo” de Araújo se apoia em erros e dados imprecisos
“Pouca gente sabe, por exemplo, que o ritmo atual de aquecimento desde 1970 é 0,13 °C por década e que, somado o aquecimento que existe hoje, desde a idade industrial daria o aquecimento de 1,9 °C em relação ao patamar de 1850 até o final do século 20.”.
IMPRECISO: Ritmo de aumento da temperatura global vem acelerando O chanceler usa um dado verdadeiro para gerar um número especulativo. As principais agências de controle do clima concordam que, desde a Revolução Industrial (com o ano de 1850 usado como data(-)base), a temperatura na Terra subiu pouco mais do que 1°C.
Este crescimento, no entanto, vem acelerando. Dos 1 °C que subiu em quase 170 anos, dois terços se deram nos últimos 40.
“Do jeito que estão as emissões, do jeito que a natureza se comporta, já estamos abaixo do que é considerada a meta de aquecimento de 2 °C até o final do século.”.
FALSO: Aquecimento não é natural e 2 °C é o teto da meta, não a meta.
“Os Estados Unidos saíram do Acordo de Paris e são o único país desenvolvido que têm conseguido reduzir suas emissões.”.
FALSO: Estados Unidos bateram recorde de emissão em 2018.
Em itálico, as araujices, até a letras caíram de vergonha, depois dos negritos, os apontamentos dos erros. Em menos de um ano de governo, seus componentes conseguiram um feito, produziram material suficiente para mais três volumes do “Febeapá – O Festival de Besteira que Assola o País”, criação de Stanislaw Ponte Preta. Entre 1966 e 1968 foram lançados três volumes, que foram reunidos em um recentemente. Até o fim deste governo haverá material capaz de produzir uma obra maior do que a Encyclopædia Britannica (Enciclopédia Britânica), cujo primeiro volume foi lançado em 1768.
Secretário de Bolsonaro atribui queimadas a índios e isenta ruralistas
O secretário especial de Assuntos Fundiários do governo Bolsonaro, Luiz Antônio Nabhan Garcia, atribuiu hoje parte da culpa dos incêndios na região amazônica a povos indígenas que, segundo ele, teriam isso como “prática” e “costume”.
Mais uma contribuição para o Febeapá.
Witzel propõe fechar acesso a favelas para combater roubo de cargas no Rio
Fechar acessos a comunidades. A proposta integra um plano de combate ao roubo de cargas anunciado nesta quarta (16) pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que acumula medidas polêmicas para refrear a crise na segurança pública do estado.
A iniciativa, prevista para o começo de 2020, seria uma aba do projeto Segurança Presente e agiria em “corredores das estradas e acessos onde tem entrada do roubo de cargas nas comunidades”, disse Witzel.
Ela “vai praticamente zerar e reduzir muito o dinheiro que financia o tráfico de armas e de drogas no nosso estado”, continuou.
Hummm, e que tal fechar os acessos à Zona Sul onde estão, segundo as estatísticas, os grandes consumidores das drogas vendidas pelos traficantes? Aí, nem pensar, né mermo? É uma questão, pode-se dizer, de aritmética, há tráfico porque existe consumo.
Linha-4 decide tirar seguranças de escudo e touca ninja de estações do metrô
Agentes estavam usando roupas semelhante às da Tropa de Choque da PM paulista
A concessionária que administra a linha-4 amarela do metrô de São Paulo decidiu tirar as “armaduras” dos seguranças que trabalham em algumas estações. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (16), quando o Agora mostrou que agentes estavam trabalhando com roupas semelhantes às da Tropa de Choque da Polícia Militar.
Seguranças, em geral, são truculentos, com touca ninja, que dificulta a identificação, seria um convite à violência. Normalmente, elimino os links nos textos que comento, o deste deixarei, para que o leitor possa ver, nestes tempos bolsonaristas, o que se pretendia fazer para assustar os usuários do metrô. Ainda bem que alguém civilizado fez com que o bom senso prevalecesse.
Deputado do PSL cria projeto de lei para criminalizar estilos musicais
O deputado federal Charlles Evangelista (PSL-MG) criou projeto de lei que pretende criminalizar “qualquer estilo musical que contenha expressões pejorativas ou ofensivas”. Na descrição do projeto, o deputado mira o conteúdo explícito de letras que incentivem “o uso e o tráfico de drogas e armas; a prática de pornografia, a pedofilia ou estupro; ofensas à imagem da mulher; e o ódio à polícia.”.
O Mirando alerta mais uma vez, há que cortar as asinhas desta turma – composta por santarrões apesar de não acreditarem em santos. Não demora, eles vão querer controlar o que se pode ver no cinema e na TV. Ditaduras começam assim.
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Copiadas do G1
Prédio que desabou em Fortaleza estava regular e foi registrado em cartório em 1982
16/10/2019 14h18 Atualizado há 45 minutos
No dia do desabamento, prefeitura informou não saber da existência do imóvel. Cada apartamento tem uma matrícula cadastrada há 37 anos na administração municipal.
Um documento averbado em cartório revela que o Edifício Andrea, que desabou na manhã desta(XXX) terça-feira (15) em uma área nobre de Fortaleza, foi registrado no ano de 1982 já com a informação de que possuía(XXX) seis andares e a cobertura, que era o sétimo andar do prédio residencial.
(XXX) Cara-pálida, se esta informação foi publicada na quarta, 16, terça, 15, é passado, dessa. E o prédio “possuia” seis andares é de doer, tinha, cara-pálida.
A existência do documento atesta também que a incompetência das autoridades municipais é maior do que se supunha.
Prédio que desabou em Fortaleza ‘vinha caindo aos poucos’, afirma porteiro sobrevivente
Duas perguntas que não foram feitas, se foram, perdi:
1 – Os moradores não foram alertados pela empresa encarregada da reforma dos pilares sobre o risco que corriam permanecendo no local?
2 – Se foram, por que não abandonaram o prédio, não se trata de culpar as vítimas, mas não é dar muita sopa pro azar?
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Copiada do ParanáPortal
Lula pede prazo para analisar 80.000.000 MB do sistema de propina da Odebrecht
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou à JFPR (Justiça Federal do(XXX) Paraná) prazo adicional de 15 dias para apresentar um parecer técnico sobre o sistema de propina da Odebrecht, baseado nos programas MyWebDay e Drousys. Conforme apurado pela Lava Jato, os softwares de contabilidade e comunicação eram utilizados pelo Setor de Operações Estruturadas para gerenciar o pagamento sistemático de propinas a agentes públicos e políticos. Os advogados do petista argumentam que o prazo extra é necessário porque o volume de dados é gigantesco. De acordo com uma petição protocolada nesta quarta-feira (16), os dados somam cerca de 80 milhões de megabytes (MB).
(XXX) O Paraná é um estado, não é um país para que possa ter Justiça Federal, é JF no Paraná, cara-pálida.
A defesa de Lula não perdeu nenhum prazo, o que fez foi pedir prorrogação, alegando que são muitos dados a analisar no tempo originalmente estabelecido. E tem toda a razão, é muita coisa a ser periciada. Isenção, cara-pálida, isenção é obrigatória no jornalismo.
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No VivaBem
Jairo, o pênis do meu marido arde sempre que transamos. O que pode ser?
Eta evasão de privacidade velha de guerra! Vai ver, você é uma pessoa muito ácida…
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