O bom Grêmio do falante Renato sai na frente. Coluna Mário Marinho
O BOM GRÊMIO DO FALANTE RENATO SAI NA FRENTE
COLUNA MÁRIO MARINHO
A vitória por 2 a 0 sobre o Athletico Paranaense, ontem, em Porto Alegre, foi um resultado a ser comemorado. Mas, poderia ter sido mais dilatado.
Aliás, antes de mais nada, foi um excelente jogo, principalmente no primeiro tempo.
Os paranaenses não se intimidaram por jogar na casa do adversário, e também partiram para cima.
Mas, o Grêmio, mais entrosado, mais forte, levou perigo quase que constante à defesa do Athletico, principalmente pelo setor esquerdo de seu ataque com o ágil e escorregadio Everton, o Cebolinha.
E foi dos pés dele que saiu o passe para André marcar de cabeça o primeiro gol.
No segundo tempo, com o jogo um pouco mais lento, o Grêmio conseguiu o segundo gol com a perfeita cobrança de falta de Jean Pierre.
A vantagem poderia ter sido ampliada, mas os gremistas perderam as inúmeras chances que criaram.
Ao final do jogo, na entrevista coletiva, Renato Gaúcho não deixou por menos:
– O time que joga bonito no Brasil é o Grêmio. O time que procura o jogo, procura o gol é o Grêmio. Ainda temos um jogo importante pela frente, mas o Grêmio que encantou o Brasil está de volta.
Veja os gols:
https://youtu.be/OXeQvWZGmzc
O ovo
recheado
Vejo na tevê que a polícia de Uberlândia prendeu dois rapazes e encontrou com eles algumas cartelas de ovos – ovos de galinha.
Uma procura mais apurada, não deu outra: os ovos estavam recheados de drogas – maconha e crack.
Os malandros quebraram o ovo cuidadosamente em uma das pontas, esvaziaram e colocaram lá dentro as drogas. Colocaram os ovos de volta nas cartelas, embrulharam com papel transparente e parecia tudo normal.
Menos para a polícia.
E o que isso tem a ver com o futebol?
É que me lembrei de uma história antiga contada pelo antigo Kafunga.
Olavo Leite Kafunga Bastos foi um goleiro que nasceu em Niterói-RJ, em 1914 e morreu em Belo Horizonte 77 anos depois.
Em 1935, aos 21 anos portanto, foi contratado pelo Atlético, time que defendeu até 1955, quando se aposentou.
Tornou-se uma lenda no gol do Atlético.
Após a aposentadoria continuou ligado ao futebol e até aventurou como técnico, mas ficou famoso como comentarista de rádio e televisão.
Defendeu por anos o gol da Seleção Mineira.
E é aí que os ovos aparecem.
Na década de 40 a Seleção Mineira foi se concentrar na aprazível Poços de Caldas, famosa por sua águas medicinais.
Naquela época não havia preparadores físicos especializados no futebol.
Normalmente, um militar era contratado para a função.
E foi assim naquela ocasião.
O preparador era um sargento da Polícia Militar, disciplinador e mandão como todo sargento que se preza.
O sargento fez preleção para os jogadores sobre treinamento e alimentação.
No quesito alimentação, recomendou que todos tomassem um ovo cru pela manhã. E criou teoria segundo a qual, o ovo era bom para os músculos, para os ossos e para a inteligência.
Tomar um ovo cru, ainda mais pela manhã, não é para qualquer estômago.
Só que para a surpresa do sargento, três ou quatro dias depois grande parte dos jogadores já tomavam o ovo.
E mais surpreso e contente ele ficou quando alguns jogadores pediram autorização para tomar um ovo cru antes do almoço.
Era com alegria que ele desfilava no restaurante e via seus jogadores tomando um ovo antes do almoço.
O que o sargento não sabia e nunca ficou sabendo é que aquele ovo era batizado: o pessoal da cozinha, devidamente subornado, furava a casca do ovo, retirava de lá gema e clara e, em seu lugar, injetavam outro líquido: uma saborosa cachacinha mineira…
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Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
Que historinha simpática, mon ami.
Belmiro
Nosso futebol é rico em história. Muito obrigado pelo prestígio.
Mário Marinho