Estaduais: tem gente com a mão na Taça. Coluna Mário Marinho
Estaduais: tem gente com a mão na Taça
COLUNA MÁRIO MARINHO
Sempre que começam os campeonatos estaduais, começam também as discussões sobre a validade, necessidade e interesse dessas competições.
Em minha opinião, os estaduais devem ser mantidos. Claro, cada um dentro de sua realidade.
As disputas domésticas ainda são, ao meu ver, a grande chama que alimenta as rivalidades.
E aí estamos vendo as finais com estádios lotados, mesmo aqueles com clássicos de uma torcida só.
Em São Paulo, 58.713 torcedores tricolores pagaram ingresso para assistir o 0 a 0.
Em Minas, 44.650 torcedores compareceram ao Mineirão e viram o Cruzeiro vencer o Atlético, 2 a 1.
No Rio Grande do Sul, 40.567 assistiram ao empate sem gols do Grenal no Beira Rio.
Em Pernambuco, o estádio dos Aflitos cuja capacidade é de 19.000 torcedores, recebeu público de 15 mil torcedores para ver a vitória do Sport sobre o Náutico, 1 a 0.
No Rio de Janeiro, com o Maracanã às moscas, Flamengo e Vasco fizeram o primeiro jogo no estádio Nilton Santos, com capacidade para 40 mil torcedores, mas apenas 10 mil compareceram.
No Morumbi,
bom jogo
e lentidão do VAR
São Paulo e Corinthians fizeram um bom jogo na primeira partida da decisão do Paulistão.
O jogo esteve até ameaçado de não acontecer, pois o presidente corintiano, André Sanchez, ameaçou não colocar o time em campo, caso o ônibus que levava os jogadores fosse apedrejado na chegada ao Morumbi.
Um forte esquema policial impediu que isso acontecesse.
Dentro de campo, apesar do 0 a 0, o jogo agradou pela movimentação, por boas jogadas de gol e pela aplicação de seus jogadores.
O São Paulo foi mais time, teve mais presença em campo e até criou mais chances de gols, esbarrando sempre no goleirão Cássio que, mais uma vez, impediu a derrota corintiana.
A entrada do meia Hernanes, no segundo tempo, foi fundamental para o maior volume de jogo do Tricolor. O próprio Hernanes levou perigo ao gol corintiano em duas jogadas.
O VAR foi chamado a intervir em três ocasiões. A sua decisão não foi contestada por ninguém, porém a exasperante demora continua sendo a negativa.
Compreende-se que esse é um processo novo. Porém era de se esperar que a cada jogo fosse visível uma queda na demora da tomada de decisões. Porém, não é o que se vê..
A final será no domingo, em Itaquera. Qualquer empate leva a decisão para os pênaltis.
Quem vencer, fica com o título.
No Mineirão,
o Cruzeiro sai na frente.
Com a vitória por 2 a 1, o Cruzeiro inverteu a vantagem que era do Galo e agora joga pelo empate no jogo decisivo, no sábado, no Independência.
No jogo do Mineirão, a Raposa saiu na frente, o galo empatou e no segundo tempo o Cruzeiro chegou à vitória.
Fred ainda marcou o terceiro gol que foi anulado depois de o juiz consultar o VAR que apontou toque de mão do artilheiro Fred.
O Rio, estádio
da decisão quase vazio.
Metade da capacidade do estádio Nilton Santos, o Engenhão, ficou vazia no primeiro jogo da decisão entre Vasco e Flamengo.
A partida poderia ter sido disputada no Maracanã, mas o Vasco se recusa a mandar seus jogos lá desde que Flamengo e Fluminense fizeram parceria para gerir o estádio. O Vasco não concordou.
Na vitória flamenguista, o destaque foi Bruno Henrique que marcou os dois gols da vitória por 2 a 0.
O jogo final terá palco que uma grande decisão merece: o Maracanã, no próximo domingo.
Goleiros
em alta
Em Porto Alegre, os torcedores saíram do Beira Rio sem sentir o gostinho de gol. E os responsáveis pelo 0 a 0 foram os dois goleiros Paulo Victor, do Grêmio, e Marcelo Lomba, do Internacional.
A decisão será depois de amanhã, no estádio Olímpico.
Qualquer empate leva a decisão para os pênaltis e quem vencer será o campeão.
Sport precisa
Apenas do empate
O jogo foi na casa do Náutico, estádio dos Aflitos, mas quem mandou foi o Sport, que saiu vencedor, 1 a 0, quebrando uma série de 18 jogos se derrotas do Náutico.
A decisão do Campeonato Pernambucano será na Ilha do Retiro, casa do Sport, no próximo domingo.
Com o empate, o Sport será o campeão.
Ao Náutico resta lutar por uma vitória simples e levar a decisão aos pênaltis ou vencer por mais de um gol de diferença para levantar o caneco.
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Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)