Falta alguém nesta disputa de ouro. Blog do Mário Marinho
Esse alguém, é o vôlei masculino brasileiro que nos deixou acostumados às grandes conquistas, desde o ouro conquistado em Barcelona, em 1992.
O vôlei internacional ainda era dominado pela Itália.
O Brasil só voltaria ao protagonismo do vôlei Olímpico em 2004, quando ganhou novamente a medalha de ouro.
Em 2016, no Rio, repetiria a dose: novamente ouro.
Mas, nesta mesma época, conquistamos três medalhas de prata: 1984, em Los Angeles; 2008, em Pequim; e, 2012, em Londres.
Mas o vôlei nos trouxe mais títulos: no Campeonato Mundial, conquistamos três ouros: Argentina, 2002; Japão, 2006; Itália, 2010.
Na Copa do Mundo de vôlei, evento obrigatório para a classificação olímpica, e que é disputada desde 1965, o Brasil também conquistou três ouros: 2003, 2007 e 2019, todas as disputas foram no Japão.
Como é que essa Seleção, esse esporte, esses garotos não estão na final nessa Olimpíada? Como é que eles não vão disputar o ouro?
Pois não vão.
Perderam na semifinal, nesta madrugada, para o time do Comitê Olímpico da Rússia.
E, pior, perderam de virada!!!
O Brasil venceu o primeiro set, 25 a 18.
Perdeu o segundo, normal: 25 a 21.
Veio o terceiro set e o time brasileiro chegou a abrir vantagem de 12 a 20. Normal.
Mas levou a virada. Incrível virada.
No último e disputadíssimo set, o Brasil chegou a fazer 24 a 23, mas permitiu a virada russa e perdeu por 26 a 24.
Como explicar?
Um apagão como a Seleção Brasileira de futebol, em 2014, nos 7 a 1 para a Alemanha?
Amarelão?
Não é costume, no Brasil, falar mal dos meninos do vôlei, sempre vencedores, sempre com espetáculos de garra e técnica dentro da quadra.
Mas a mim me parece que houve um amarelão.
Parecido com a ginasta norte-americana, Simone Biles, que, ao ser confrontada com o mau resultado em sua primeira apresentação, abandonou as provas seguintes.
Logo ela, sobre quem recaía a possibilidade de disputar pelo menos seis ouros.
Depois, falou-se em Saúde Mental – um eufemismo para amarelão. E a competente Biles foi festejada como heroína.
Eu a aplaudiria como heroína se ela, após o primeiro fracasso desse a volta por cima, ao invés de abandonar a competição.
É o que espero do Brasil.
Foi triste. Decepcionante.
Mas é possível acontecer.
Agora, vamos fazer do bronze nosso ouro.
Bola pra frente. Ou para o alto, na medida certa da cortada.
Dura missão
no futebol
Os comandados do técnico André Jardine têm uma dura missão neste sábado, na disputa pelo ouro Olímpico: vencer a Espanha.
Além de ter em seu time cinco jogadores que participaram da recente EuroCopa, a Espanha tem também os mais valorizados.
De acordo com estudo feito pelo site “Transfermarkt”, especialista na cobertura do Mercado da Bola global, é a Espanha, e não o Brasil, quem domina a seleção dos atletas mais valiosos do futebol olímpico deste ano.
Dos 11 integrantes do time ideal de Tóquio-2020, seis são compatriotas de Xavi, Iniesta e Sergio Ramos.
E cinco deles (Unai Simón, Pau Torres, Pedri, Dani Olmo e Miker Oyarzabal) estiveram recentemente com a seleção principal na disputa da Eurocopa.
Um desses espanhóis, o meia Pedri, é o jogador mais valioso da Olimpíada. O preço atual do garoto do Barcelona que se transformou em uma das maiores revelações do futebol mundial na temporada passada está estimado em 80 milhões de euros (R$ 490,1 milhões). Já o Brasil conta com apenas três representantes na seleção dos mais caros de Tóquio-2020: o zagueiro Diego Carlos (Sevilla), o lateral esquerdo Abner (Athletico-PR) e o atacante Richarlison (Everton).
No total, a equipe dos astros olímpicos que estão no Japão está avaliada em 479 milhões de euros (R$ 2,9 bilhões). Além dos seis espanhóis e dos três brasileiros, a seleção conta ainda com um lateral direito da Alemanha (Benjamin Henrichs, que defende o RB Leipzig) e um meio-campista da Costa do Marfim (Franck Kessié, do Milan). Apenas três dos 11 escolhidos (Diego Carlos, Kessié e Marco Asensio) estão disputando os Jogos nas vagas sem limite.
Veja a lista da seleção escalada com os 11 mais valorizados:
Goleiro – Unai Simón (ESP): 20 milhões de euros
Lateral Direito – Benjamin Henrichs (ALE): 12 milhões de euros
Zagueiro – Diego Carlos (BRA): 45 milhões de euros
Zagueiro – Pau Torres (ESP): 50 milhões de euros
Lateral Esquerdo – Abner (BRA): 7 milhões de euros
Meio Campo – Franck Kessié (CMF): 55 milhões de euros
Meio Campo – Pedri (ESP): 80 milhões de euros
Meia Atacante – Marco Asensio (ESP): 35 milhões de euros
Meia Atacante – Dani Olmo (ESP): 50 milhões de euros
Meia Atacante – Mikel Oyarzabal (ESP): 70 milhões de euros
Atacante – Richarlison (BRA): 55 milhões de euros.
As informações são da agência Transfermarkt e citadadas pelo blogueiro Raphael Reis, do UOL.
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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