A Mulher e o Homem. Por Meraldo Zisman
A MULHER E O HOMEM
MERALDO ZISMAN
À medida em que a natureza processa sua evolução, mesmo nos animais pode-se notar a diferenciação entre os dois sexos, não exclusivamente fisiologicamente, mas mentalmente.
São muito mais corajosas que nós os homens. Afrontam a doença e a morte muito melhor do que os maridos. São mais compassivas. A sua percepção é guia melhor do que a inteligência superior que o homem julga possuir. Não se cobrem de ridículo, cometendo menos loucuras do que nós homens habitualmente cometemos. São mais comedidas, precavidas e observadoras, em tudo e por tudo.
Ademais, o amor é mais fundamental para uma mulher do que para um homem. Ela pode enamorar-se de um homem feio, até de um velho, se ele souber respeitar seus pensamentos e sua imaginação. Já um homem não consegue namorar uma mulher se ela não despertar o seu instinto sexual.
Não há limite de idade para o amor e a mulher sabe que seu próprio amor sempre persistirá, não lembra uma flor, como o amor do homem, que tem a vida curta.
No casamento, a mulher sobrevive muitas vezes até o fim da vida, transformando seu amor numa ternura puramente maternal pelo herói caído dos seus sonhos. Compreende que, no homem, o seu instinto está apenas adormecido e continua intrinsecamente sendo o mesmo animalesco de origem.
Afirma-se serem elas menos inteligentes do que os homens. Não é verdade, em geral ela é mais inteligente. Mas a sua inteligência é diferente. Pode-se notar nos recém-nascidos, meninos e meninas são completamente dessemelhantes até nos primeiros momentos de vida fora do útero materno.À medida em que a natureza processa sua evolução, mesmo nos animais pode-se notar a diferenciação entre os dois sexos, não exclusivamente fisiologicamente, mas mentalmente. Creio ser o somatório dessas diferenças e acertos uma congruência também na espécie “Homo sapiens” ajudando a enfrentar a complexidade existencial e a “pulsão de vida”, processo dinâmico que consiste numa pressão ou força (carga energética).
Por mais degradante que seja a sua vida, a mulher não perde a capacidade de amar, no sentido mais elevado da palavra e dificilmente o homem pode imaginar mostra mais pungente de sinceridade do sexo feminino.
Destarte copio atrevidamente o que recita o poeta Lorde Byron (George Gordon Byron, 1788-1822) no livro – Don Juan I:
– “O amor do homem é uma coisa à parte de sua vida; o da mulher é toda sua existência. Em sua primeira paixão, uma mulher ama o amante, em todas as demais, ela ama o amor”.
O que me leva a ter melhor opinião das mulheres do que dos homens. A mulher mais complicada está mais perto da Natureza do que o mais simples dos homens.
Caro Dr. Meraldo,
Como mulher, posso afirmar que a sua crônica, tocou o âmago de cada e de todas as mulheres.
Deveras BRILHANTE. Prabéns!