São Paulo: começo e fim. Coluna Mário Marinho
São Paulo: começo e fim.
COLUNA MÁRIO MARINHO
A participação do São Paulo nesta Libertadores de 2019 tende ser a mais rápida de todas: tudo leva a crer que o fim será na próxima quarta-feira.
Como aquele time ruim de bola que faz a ligação direta dentro de campo, com a bola sendo chutada – e mal chutada – da defesa diretamente para o ataque, sem passar pelo meio-campo, há a possibilidade muito grande de o começo ter ligação direta com o fim, sem passar pelo meio.
Não pelo placar da derrota desta quarta-feira, 2 a 0, contra o Talleres, em Córdoba.
Afinal, o jogo de volta será n Morumbi e a torcida deverá comparecer em peso para dar apoio. Além disso, o Talleres é um time medíocre sem a força técnica e a tradição do São Paulo.
Não é difícil vencê-los, mesmo em se tratando de um time argentino que sabe, como ninguém, se desdobrar e se superar nas decisões.
O problema é mesmo o São Paulo.
Não nem mesmo o técnico, o neófito André Jardine.
A crise do São Paulo vem se arrastando e crescendo desde 2008, quando saiu Muricy Ramalho e nunca mais o Tricolor teve um técnico à altura.
Isso porque, a partir daí, os dirigentes que mandaram no São Paulo resolveram transformar o time em laboratório de experiências, tentando uma novidade aqui e outra acolá.
Em2008 o São Paulo teve seu último grande título: campeão Brasileiro.
Depois, em 2012, campeão da Copa Sul-Americana, uma espécie de Série B da Libertadores.
É bom lembrar que a final da Sul-Americana foi contra o obscuro Tigres que, como DNA argentino, mostrou só a confusão aprontada no Morumbi. Do futebol argentino, nada.
Nos últimos anos, o Tricolor tem namorado a inédita série B. Anda com uma vontade danada de cair. E, se insistir muito, vai acabar conseguindo.
No jogo desta quarta feira, em Córdoba, mostrou um primeiro tempo até razoável, tendo como parâmetro o pobre futebol que vem mostrando nos últimos tempos.
Mostrou garra nos primeiros 45 minutos.
Mas, garra apenas não é o bastante.
E o pior é que no segundo tempo nem garra mostrou.
Foi um time cheio de erros, encolhido e batido facilmente pelo Talleres. Se os argentinos tivessem um pouquinho mais de técnica, o placar teria sido outro, mais dilatado.
O horizonte Tricolor é negro.
O Santos
hedonista
Como se sabe o hedonista é aquele que vive para o prazer, pelo prazer e com o prazer. No sentido mais amplo, é aquele que não tá nem aí para saber de onde ou de qual direção vem o prazer, desde que ele venha.
Assim, parece ser o Santos do serelepe técnico argentino Jorge Sampaoli.
Três ou quatro dias depois de levar uma sapatada de 5 a 1 do Ituano, aplica sonora goleada, 7 a 1, no Altos, time piauiense, em jogo pela Copa do Brasil.
São adversários diferentes e competições diferentes.
Mas, parece, o hedonista pelo gol alcançou o seu prazeroso objetivo.
Veja os gols da quarta-feira:
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Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)