Vespeiro sacudido no Oriente, pajaritos: o Brasil joga com fogo
Ontem, comecei o Mirando com a citação a um filme, hoje (28), repito a dose. Em 1977, foi lançada a comédia “A Mais Louca de Todas as Aventuras de Beau Geste”, “The Last Remake of Beau Geste” no original, estrelado por Marty Feldman (Digby) – o “olhudo”, feio de fazer dó – e Michael York (Beau) – bonitão. Na cena inicial, surgem da lama os olhos enormes de Marty/Digby e ele diz “Nós somos gêmeos idênticos, mas ele é mais ‘idêntico’ do que eu.”. Assim funcionam as coisas no país, todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais “iguais” que os outros. Estão entre os mais iguais os próprios responsáveis pela aplicação da lei e aqueles que têm dinheiro suficiente para pagar bons advogados. Para reforçar a tese, leia-se o editorial do Estadão de hoje, pág A2, “A força das corporações”, https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-forca-das-corporacoes,70002624120
Há um detalhe no imbróglio do auxílio-moradia que está passando despercebido, existem aqueles que têm o legítimo direito de recebê-lo, são os juízes, procuradores e promotores de Justiça removidos dos lugares em que têm residência própria e passam a pagar aluguel no novo local de trabalho. A decisão monocrática de Fux ignora o problema e isso vai dar, ainda, muita confusão, pois os prejudicados, sem dúvida, irão recorrer.
Na Folha de S.Paulo (28) pág. A2, “Cadáveres insepultos – deputados presos e sem julgamento continuam a nos custar dinheiro”. Acontecem coisas inacreditáveis em todos os estados, mas o Rio é insuperável. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2018/11/cadaveres-insepultos.shtml
Circula por aí a notícia de que o próximo capítulo da delação premiada de Antonio Palocci não deixará pedra sobre pedra, é do tipo bomba arrasa-quarteirão, não vai escapar ninguém. Particularmente, não acredito que alguém minta nas delações, o máximo que se arrisca a fazer é omitir-se.
(CACALO KFOURI)
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