Todos dando uma forcinha para o Verdão. Coluna Mário Marinho

Todos dando uma forcinha para o Verdão

COLUNA MÁRIO MARINHO

Não que o Palmeiras precise, pelo menos no que diz respeito ao Brasileirão.

Afinal, o Verdão navega em águas calmas, sobre águas de almirante e sob céus de brigadeiro.

Tudo tranquilo na antiga rua Turiaçu (hoje rua Palestra Itália) e adjacências.

Mas os adversários insistem em dar uma mãozinha.

Foi assim, por exemplo, no empate São Paulo e Flamengo, 2 a 2, ontem no Morumbi.

Com esse resultado, o Flamengo, 3º colocado, ficou distante seis pontos do Palmeiras. Já o São Paulo, 4º colocado, ficou a inalcançáveis nove pontos de distância. Não há nem que se falar no Grêmio, quinto colocado, a estratosféricos 11 pontos, considerando que faltam apenas seis rodadas para o final.

O Verdão fez sua parte no sábado e passou por cima do Santos, 3 a 2, mostrando belo futebol, raça e competência. Tudo aquilo que a torcida queria ter visto no meio da semana, contra o Boca, pela Libertadores.

Os próximos adversários do Palmeiras são o Atlético Mineiro (Fora); Fluminense (Casa); Paraná (Fora e já rebaixado); América MG (Casa); Vasco (Casa) e Vitória (Fora).

Como se vê, não terá pela frente nenhum bicho papão. Nem mesmo o meu América que agora patina na escorregadia zona do rebaixamento. Pobre Coelho.

O Internacional, vice-líder e a cinco pontos do Verdão, tem adversários mais encorpados. Nenhum bicho papão, porém, mais encorpados.

Vejamos.

O primeiro adversário é o Ceará, fora de casa, que vem de espetacular recuperação, distanciando-se da zona de rebaixamento; América MG (Casa); Botafogo (Fora); Atllético-MG (Casa); Fluminense (Casa); Paraná (Fora).

Em condições normais de temperatura e pressão, Verdão e Colorado têm condições de vencer todos os seus adversários. O que dá o título de campeão ao Palmeiras.

Portanto, o que o Verdão tem a fazer é tocar sua vida com tranquilidade e não permitir que crises extra futebol – como a eleição presidencial que ocorrerá nas próximas semanas – venham a influenciar o resultado dentro de campo.

Mantidos a calma, a serenidade e o futebol é só correr para o abraço.

Veja os gols:

https://youtu.be/X9b8lTqqeLQ

Parabéns,
Rogério Ceni.

Diz a sabedoria dos antigos que não se deve apressar a velocidade do rio: ele conhece a sua velocidade.

Rogério Ceni, logo após a aposentadoria como jogador, tentou começar a carreira de treinador por cima, dirigindo um time grande, o São Paulo que ele tanto defendeu.

Não se deu bem. O elenco não era bom, ele não tinha a experiência necessária e a torcida não teve a paciência que ele esperava.

Assim, Rogério Ceni decidiu dar um passo a trás e começar em outra velocidade, dirigindo o Fortaleza na Série B.

E se deu bem. Neste fim de semana, o Fortaleza garantiu a volta à Série A e está muito próximo do título de Campeão Brasileiro da Série B.

Belo trabalho.

Belo exemplo
de superação.

O Estadão traz hoje no seu noticiário esportivo bela matéria da repórter Catharina Obeid com a atleta Lais de Souza (na foto ao alto da coluna)

Como se sabe, há cinco anos a atleta de ginástica artística feminina, então com 24 anos, se preparava para a Olimpíada de Inverno de Sochi, quando sofreu grave acidente que a deixou tetraplégica.

Nestes cinco anos, ela luta minuto a minuto, dia a dia e comemora cada vitória. Já consegue ficar de pé e sonha em voltar a caminhar.

Laís recebe ajuda do governo, tem patrocinador e dá palestras para sustentar o caro tratamento a que se submete.

Às vezes bate a vontade de desistir? Sim. Mas ele tem o antídoto.

“Às vezes eu percebo que o dia está difícil, aí, abro as redes sociais e vejo recado das pessoas com problemas maiores que o meu, com dificuldades maiores que as minhas e isso me ajuda a continuar”.

Fica a lição.

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FOTO SOFIA MARINHO

Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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