Os três do título. Coluna Mário Marinho

OS TRÊS DO TÍTULO

COLUNA MÁRIO MARINHO

Escrevo essas pretensamente bem traçadas linhas antes da finalização da rodada de número 30 do Brasileirão. Ou seja: antes do jogo Internacional x Santos.

Então, o que temos para o momento é o seguinte: o Palmeiras é o líder com 62 pontos, seguido do Flamengo com 58 e do Internacional com 56 (que pode chegar a 59 se vencer o Santos hoje à noite).

Só para completar os cinco primeiros: o São Paulo está em 4º lugar com 53 e o Grêmio em 5º com 52 pontos.

Dos três mosqueteiros, o Palmeiras é o mais vivo na competição, uma espécie de D’Artagnan do célebre romance de Alexandre Dumas.

É um D’Artagnan, não só por ser o mais próximo do título brasileiro (e, portanto, de maior importância), como também por ter sido o último a chegar ao grupo.

Como se sabe, o Palmeiras claudicava na parte do meio da tabela até a chegada do Felipão quando subiu vertiginosamente. Foi o último a chegar e o primeiro a se firmar.

Assim como D’Artagnan foi o último a entrar para o grupo dos três mosqueteiros. Lá já estavam Athos, Porthos e Aramis – como você está cansado de saber, os Três Mosqueteiros eram, na verdade, quatro. E por quê? Bem, isso aí já é outra história.

A situação do Brasileirão, uma vez definida hoje à noite, só vai se alterar ao final da semana, já que o meio da semana está garantido para jogos da Libertadores.

E, aí, o D’Artagnan verde tem parada importante: enfrenta o Boca Juniors lá em Buenos Aires onde, o primeiro objetivo, é sair com vida. O segundo com o empate, o terceiro com a vitória.

No próximo fim de semana… ah! – no próximo fim de semana, tem eleição. Portanto, amigo: uma mão na urna outra na consciência… Bom voto.

Então, na próxima semana, nossos três heróis têm missão das mais difíceis.

O líder vai enfrentar o Flamengo no Rio de Janeiro.

Como dificuldade pouca é bobagem, some-se a essa delicada missão quatro desfalques certos: Lucas Lima, Bruno Henrique e Mayke, que levaram cartão amarelo; e o Deyverson, expulso por costumeira irresponsabilidade.

Como se vê, a situação palmeirense é um tanto ou quanto complicada.

O Internacional também não terá vida fácil: no fim de semana, pega o Vasco da Gama, no Rio.

Teoricamente, seria um jogo mais fácil, já que o Vascão está em 14º lugar.

Mas, aí é que reside o perigo: a ameaça de rebaixamento faz do Cruzmaltino um desesperado adversário.

E, como se sabe, quem está afogando abraça até jacaré para se salvar…

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Felipão
e a arbitragem

Técnico reclamar de juiz de futebol é tão antigo quanto andar pra frente.

Mas Felipão (na foto ao alto da coluna) carregou nas tintas ao falar da arbitragem do jogo contra o Ceará.

Os três jogadores que estavam pendurados receberam o terceiro cartão e não jogam contra o Flamengo. Felipão viu conspiração nisso. Disse ele:

– Parece que o juiz entrou em campo com uma lista de jogadores que deveriam receber o cartão.

Menos, Felipão, menos.

Aí, seria desonestidade, roubo mesmo.

Acusação grave, Felipão.

Aliás, por falar em arbitragem, o juiz da partida comeu bola feio ao não assinalar o pênalti cometido pelo zagueiro do Ceará logo no começo do jogo.

E como o pênalti foi marcado? Foi o VAR, não. Foi o bandeirinha? Não. Foi o auxiliar da linha de fundo? Não. Foi o 4º árbitro lá do outro lado do campo.

Não faz muito tempo, o Palmeiras chamou isso de interferência externa.

O time da
Rua de Baixo

Se a turma lá do alto pode ser açambarcada na história dos Três Mosqueteiros, lá em baixo a situação é menos definida e ampliada.

Há quase um time inteiro lutando para fugir da escorregadia zona do rebaixamento.

Em 10º lugar, uma classificação que não faz jus ao seu grande time, o Cruzeiro pelo menos está livre do fantasma da opera bufa da queda para a Série B.

Dali para baixo estão todos no mesmo balaio.

E que balaio!

11º – Bahia, 37 pontos; 12 – Corinthians, 36; 13 – Botafogo, 35; 14 – Vasco, 34; 15, América (tão mineiro quanto eu), 34; 16 – Vitória; 33; 17 – Ceará, 31; 18 – Chapecoense, 31; 19 – Sport, 30; 20 – Paraná, 17.

O Paraná já deu adeus às armas e luta apenas para sair com dignidade.

As próximas rodadas prometem muita crueldade.

Veja os gols do Fantástico

https://youtu.be/5PQ6Y0JmPZE

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FOTO SOFIA MARINHOMário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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