Expresso verde. Coluna Mário Marinho
EXPRESSO VERDE
COLUNA MÁRIO MARINHO
São apenas três pontos, míseros três pontos, escassos três pontos.
Essa é a diferença que separa o Palmeiras do seu mais próximo perseguidor, o Internacional.
Fragilíssima, débil quase inexistente diferença se considerarmos apenas os números. Mais frágil ainda fica se considerarmos que ainda estão em jogo 24 pontos.
Os dois times fazem excelente campanha.
O líder Palmeiras fez 29 jogos, venceu 17, empatou 8 e perdeu 4. Marcou 45 gols e sofreu 18, saldo positivo de 27.
O vice-líder Internacional também fez 29 jogos, venceu 16, empatou 8 e perdeu 5. Marcou 39 e sofreu 19, saldo positivo de 20.
São campanhas parecidas.
Mas, apesar dos 24 pontos ainda em disputa, o Internacional já não depende apenas dele.
Apenas para exercício numérico, se os dois times vencerem todos os seus jogos até o fim do Brasileirão, o Palmeiras será o campeão, já que os dois não mais se enfrentam.
Nos dois encontros, o Palmeiras ganhou um e empatou o outro.
Sei, claro, é muito difícil ir até o fim do Brasileirão sem perder jogo ou algum ponto.
Mas, é uma possibilidade.
Na décima rodada do Brasileirão, o Palmeiras era o terceiro colocado, com 17 pontos, frutos de 5 vitórias, 2 empates, 3 derrotas.
O Inter era o oitavo colocado, com 16 pontos, 4 vitórias, 4 empates, 2 derrotas.
Na rodada de número 20, o Internacional era o segundo colocado (um ponto atrás do São Paulo que somava 42 pontos), fruto de 12 vitórias, 5 empates, 3 derrotas.
O Palmeiras ocupava o quinto lugar, com 36 pontos, 10 vitórias, 6 empates, 4 derrotas.
Agora, correm juntos com grandes possibilidades continuarem assim pelo menos até a próxima rodada, quando o Palmeiras recebe o Ceará, e o Internacional recebe o Santos.
Na rodada seguinte, o Palmeiras enfrenta o Flamengo, fora, e, três dias antes, joga contra o Boca pela Libertadores.
Já o Internacional enfrentará o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro.
A grande vantagem do Inter é que pensará apenas e tão somente no Brasileirão.
O Palmeiras pensa também na libertadores.
Mas, parece que o time do Felipão são dois ou três times diferentes que se somam e não se desgastam em competições paralelas.
Assim, os dois seguem mais ou menos nas mesmas condições de altura, temperatura e pressão.
Mas o futebol, como se sabe, escreve sua própria história – e nem sempre por linhas retas.
Seleção
Brasileira em campo
Nesta terça-feira, tem Brasil x Argentina.
Seria um clássico para deixar todo mundo nervoso, contando os minutos para o começo, lendo escalações, ouvindo entrevistas.
Seria, mas não é.
Ainda vai levar um tempinho para a amada Seleção se recuperar.
As três apresentações da Seleção pós-Copa do Mundo da Rússia, não entusiasmaram ninguém, menos o Galvão Bueno, é claro.
Vitórias sobre El Salvador, Estados Unidos e Arábia Saudita não convenceram, não trouxeram nenhuma alegria, nem mesmo pálida diversão.
O técnico Tite diz que quer seu time convencendo para depois seguir vencendo. Está longe, muito longe da pregação sempre otimista do gaúcho Tite.
Vamos esperar que pelo contra a Argentina o jogo não seja tão mequetrefe quanto foram os três últimos.
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– Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
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