É um título simbólico, porém… Coluna Mário Marinho
É um título simbólico, porém…
COLUNA MÁRIO MARINHO
O São Paulo termina a primeira parte do Brasileirão em primeiro lugar, com 41 pontos, 3 a mais que o Internacional, seu mais perto seguidor.
Os números são bons: 19 jogos, 12 vitórias, 5 empates e apenas 2 derrotas. Marcou 32 gols e sofreu 16, com 72% de aproveitamento.
O título de campeão do primeiro turno é meramente simbólico.
Há alguns anos, principalmente nos campeonatos estaduais, poderia ser a garantia de estar na final. Garantia de, no mínimo, ser vice-campeão na competição.
É que muitos estaduais eram disputados em dois turnos e os campeões e cada turno se enfrentavam na disputa pelo título. Claro, se o campeão do primeiro também conquistasse o segundo, seria o campeão do certame.
Mas, se hoje esse título é apenas honorífico, demonstra o acerto do time em campo e enche sua torcida de esperança quanto ao futuro.
Esperança que cresce se lembrarmos que desde o início da era dos pontos corridos no Brasileirão, em 2003, somente em três ocasiões os vencedores do primeiro turno não levantaram o caneco final.
Em 2003, o Cruzeiro foi campeão do primeiro turno e do Brasileirão. Seguiram-se o Santos, o Corinthians… até o Palmeiras em 2016 e o Corinthians em 2017.
Em 2008, o Grêmio foi campeão do primeiro turno, mas perdeu o título para o São Paulo em arrancada espetacular, quando chegou a ficar atrás do líder com 11 pontos a menos. No ano seguinte, 2009, o Internacional perdeu o título par o Flamengo; em 2012 foi a vez do Atlético Mineiro perder para o Fluminense.
De resto, campeão do primeiro turno, campeão de tudo.
O São Paulo pratica o que pode ser chamado de futebol eficiência: vai atrás do resultado e o consegue.
Em alguns quesitos o Tricolor paulista é contestado.
Por exemplo: posse de bola.
Somando-se o total das 19 partidas já disputadas, o São Paulo tem apenas 47% e tempo com a bola nos pés (domingo, na vitória contra a Chapecoense, o Tricolor teve 46 contra 54% do adversário).
Esses números podem indicar que o São Paulo prefere o contra ataque. Ou seja: joga na defesa e se vale da oportunidade dos contra ataques.
Mas, essa é uma discussão quilométrica: o que é mais importante – vencer ou se exibir?
E os números mostram que é inquestionável o sucesso sãopaulino. Além da liderança e dos pontos ganhos, é dele o segundo melhor ataque, com 32 gols (o ataque mais positivo é do Galo mineiro com 36).
O Tricolor termina numa boa o primeiro turno também no quesito torcida: é o segundo colocado na média de público, com um total de 33.069 nos jogos em que é mandante, perdendo apenas para o Flamengo que tem média de 47.877. O Palmeiras tem 30.107, o Corinthians tem 29.624 e fechando o grupo top five está o Inter com 23.764.
A torcida contra há de lembrar que o São Paulo vende seus ingressos mais baratos: em média, custam R$ 26,36 a unidade. O mais caro é do Palmeiras, R$ 38,60. 2º – Corinthians, 28,65; 3º – Grêmio, 27,23; 4º – Chapecoense, 22,11.
O São Paulo fica em 5º lugar, enquanto o Flamengo, líder no úmero de torcedores, ocupa o 14º lugar no preço dos ingressos, R$ 6,61.
Esses números se referem ao preço líquido dos ingressos, ou seja: a quantia que cada clube arrecada na venda de cada ingresso.
Os preços médios de venda ao torcedor são estes:
1 – Palmeiras, R$ 61,51
2 – Corinthians, 48,73
3 – Grêmio, 34,10
4 – Chapecoense, 31,39
5– Flamengo, 32,32
6 – São Paulo, 29,64
Os número são do site www.srgoool.com.br
Veja os gols do domingo:
https://youtu.be/IBYjOhECCQ4
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– Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
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