Cobertura Vacinal Deficiente, um perigo à nossa frente. Por Luiz Carlos Henrique
Cobertura Vacinal Deficiente, um perigo à nossa frente
Por Luiz Carlos Henrique
A Coordenadoria Nacional, ressalta ainda que a presença de grupos não imunizados representa perigo para a população como um todo e por isso a vacinação é uma responsabilidade de toda a comunidade…
A cobertura vacinal baixa no país aumenta o risco de retorno de doenças consideradas erradicadas no Brasil e preocupa as Secretarias Estaduais de Saúde.
Segundo os órgãos de saúde, em 2017, apenas 68% da população, com idade entre 12 e 15 meses de vida, recebeu doses das vacinas tri e tetravirais, que ajudam na imunização contra sarampo e poliomielite. Como a meta é proteger pelo menos 95% desse público, a baixa adesão aumenta o número de pessoas suscetíveis a contrair as doenças.
… Assim pedimos a cada leitor comentar esse tema, em seu trabalho, na comunidade e no lar.
A ação programada– A ação será específica para as vacinas segmentadas contra sarampo e poliomielite, a todas as crianças entre um e quatro anos de idade, independente de já terem sido vacinadas contra essas doenças ou não.
A vacinação é obrigatória e é indispensável que os responsáveis se programem para levar seus filhos e parentes para serem imunizados. As doses estão disponíveis em todas as salas de vacinação do Estado.
Rejeição– Suspeita-se, que entre os fatores que podem estar intensificando a queda na adesão estão:
- O receio do injetável, tendo em vista que a adesão era maior quando a vacina ainda era aplicada via oral;
- A falsa sensação de que essas doenças não existem mais e por isso a impressão de que não seria necessário se prevenir;
- A falta de priorização dos responsáveis em levar as crianças até as salas de vacinação.
Um fato– Há mais de 30 anos não temos casos de poliomielite, o que pode fazer as pessoas pensarem, que a doença não existe mais, o que não é verdade, esse é o nosso alerta. Essa sensação só existe por causa da cobertura vacinal e, com a queda, as pessoas podem voltar a ser contaminadas.
No caso do sarampo, surtos em estados, como Amazonas e Roraima, e a ocorrência de cinco casos suspeitos no interior do Pará, em junho, aumentam ainda mais os riscos.
A Coordenadoria Nacional, ressalta ainda que a presença de grupos não imunizados representa perigo para a população como um todo e por isso a vacinação é uma responsabilidade de toda a comunidade. Tanto dos órgãos da Saúde, quanto das famílias, e da sociedade. As vacinas já estão disponíveis nos postos e o que precisamos é que as pessoas vão até eles. Essa é a nossa orientação.
Assim pedimos a cada leitor comentar esse tema, em seu trabalho, na comunidade e no lar.
É um dever humanitário, possível de reverter e contamos com sua participação.
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Luiz Carlos Henrique – Biólogo e Educador em Saúde