Como prometido…
Os gráficos abaixo mostram a relação entre a taxa de câmbio esperada em (t+12) e preços de exportação e termos de troca correntes. Como eu mencionei nos comentários ao post abaixo, há uma clara relação negativa entre estas variáveis, i.e., melhores preços de exportação/termos de troca parecem implicar uma expectativa de apreciação futura da moeda. Esta relação precisa ser melhor trabalhada, mas sugere um fenômeno interessante. (Clicando na imagem os gráficos aparecem mais nítidos)
Alex eu le dois paper’s interessantes falando sobre as taxas de juros e inflação nos EUA,acho que seria interessante você colocar.
Alex: esse câmbio esperado 12 meses à frente é o do Focus?
É.
É.
Alex, você disse que o câmio presente aparente depender do câmbio 12 meses à frente, no que este último depende das commodities no presente.
Então, por simetria, o câmbio presente depende do preço das commodities no presente.
É isto, não?
Abs
A
Alex qual seria o melhor modo de aumentar as exportações brasileiras?
O comércio internacional do Brasil é proximo de 25% do PIB a média dos países mais abertos é próximo de 50% do PIB.
A:
É por transitividade (não por simetria), mas, sim, este seria o canal de transmissão de preços de commodities para a taxa spot.
O modelo é:
Câmbio (t) = a(Dif juros) +
b(Risco-país)+ Exp(Câmbio(t+12))
a e b são próximos (mas não estatisticamente iguais) a -1 e 1.
Abs
Alex
Alex,
Trabalho na indústria automobilistica e tenho uma dúvida: o que aconteceria com este setor se o real passasse a valer algo em torno de um dólar? Imagino que haveria uma avalanche de veículos importados, mesmo com a alta taxa de importação em vigor (35%). Abraço!
Alex,
“Câmbio (t) = a(Dif juros) +
b(Risco-país)+ Exp(Câmbio(t+12))
a e b são próximos (mas não estatisticamente iguais) a -1 e 1.”
Sob qual unidade de medida? Ou vc estimou log-log?
Não teria problemas de endogeneidade entre cambio(t) e exp(cambio)(t+12)?
ED
ED:
Foi em logs. Na verdade eu estimei:
log (exp) – log (spot) = cte + a log(Dif) + b log(Risco)
[isto é, a equação de paridade descoberta]
Por este motivo o coeficiente em exp (câmbio) está restrito a 1.
Abs
A
Alex,
nao sou macroeconomista, mas to meio desconfiado de que essa relacao possa ser espuria.
Eu sei que voce disse que a hipotese precisa ser melhor estudada e eu concordo com isso.
Pena que acho que nao da pra usar o periodo FHC ja que la o cambio era muito afetado por outros fatores.
Falcão:
Eu uso só o período de câmbio flutuante e controlo pelo risco-soberano que, em teoria, captura muito dos “outros fatores” afetando o câmbio.
Abs
Alex
Alex você já tentou aplicar o coeficiente de Hurst para ter uma previsão de cambio?
Opa,
pensei que o periodo analisado era soh o do governo Lula. Ai poderia ter problema pq o preco das commodities vem aumentando seguidamente e eh sempre facil achar uma relacao entre uma variavel que sempre sobe e outra que sempre desce.
abs
Bruno
Olá Alexandre,
Queria primeiramente falar que gostei muito da sua palestra ontem na OEB. Fiz inclusive uma pergunta a respeito da entrevista que você deu à Bloomberg.
Descobri o seu blog e vou começar a acompanhá-lo, além dos seus artigos na Folha que já leio.
Sou um estudante de economia e ciências sociais. Fiquei curioso em saber se você é graduado em economia mesmo e se tem mestrado.
Renato
Alex, mandei meu paper.
Irineu
Jacob:
Não. Meu modelo é para explicar, não para prever câmbio. Não nutro grandes ilusões sobre ser capaz de prever preços de ativos, mas bem que gostaria.
Bruno:
O período amostral é jan/2000 a jul/2007. Quando uso CDS (ao invés do EMBI) como medida de risco-país uso uma amostra um pouco menor (começa em out/01, se não me engano).
Renato:
So graduado em Administração de Empresas (FGV, 1984) e Economia (USP, 1986). Fiz mestrado na USP (1987-90) e doutorado em Berkeley (1991-1995, mas só defendi a tese em 2000).
Irineu:
Legal. Não tenho acesso a hotmail daqui do banco, mas vejo em casa.
Abs
Alex
Não é prever e sim ter uma noção.Existem dois relatórios da phynance (fundo quantitativo) que achei interessante você lê a respeito da crise do Subprime aonde fala as diferenças das taxas longas e curtas.
http://phynance.com.br/home/novo/index.html
Os relatórios são:O enigma de Greenspan resolvido e a A inflação e o preço que ninguém paga.
Alex,
vc poderia aproveitar esse momento de alta de juros para fazer um post descrevendo o sistema de metas de inflação do Brasil (vc tava no Bacen na epoca da criação?) e podia aproveitar pra “linkar” com polit monetaria, falando um pouco do papel das expectativas, loss function etc. Tem um monte de gente falando bobeira sobre o assunto nesses ultimos dias.
Sei que é dificil falar sobre tudo isso num espaço tão reduzido, mas ia valer a tentativa.
Abraço
ED
Alex,
a ideia do ED eh muito boa, visto que, ja ouvi e li propostas ate de instalar um sistema de meta cambial..nao precisa ir muito longe (hermanos) para ver o resultado.
Abraco,
Apollo Creed
Seria bom montar um VAR, fazer um teste de causalidade (p.ex. Granger) e v se a causalidade é unilateral, simultânea ou independente.
[]´s
Alisson Rocha
Alex,
Poderia fazer um post ou um comentário aqui mesmo, falando a respeito da relação entre poupança e investimento, poupança e crescimento etc. Sempre que num debate, alguem fala que é preciso fortalecer a formação de poupança, a parece alguem para dizer que é o crédito quem financia o investimento, e sempre citam Keynes como o autor que desmascarou a relação entre poupança e investimento / crescimento.
Poderia esclarecer esta questão, e a questão de Keynes quanto a poupança?
um abraço
Alex: as aulas estão cada vez melhores (agradeço). É agradável ler bom senso. Parabenizo a coragem em se expor. Neste ambiente sou aprendiz, mas arrisco um pitaco (mais de quem vive o mundo financeiro há 38 anos, sobrevivendo perdendo e ganhando).
Sobre câmbio: acredito que as expectativas quanto aos efeitos da política monetária (expansionista ou contracionista, inflacionária ou estabilizadora) influenciam muito as apostas e opções dos agentes. Se acreditarem que a política monetária está inflacionária (selic menor do que DI 360) levarão em conta não apenas a taxa de juro interna (a de mercado, neste caso, ficará maior do que a selic, a curva será ascendente), mas também as expectativas (inflação interna x a da moeda considerada).
Se a política monetária atual (apadrinhada pelo Lula, até repreendeu severamente o Mantega por falar que o processo inflacionário não estava acontecendo), fosse ordenada pelo presidente, mas executada pelo Pochman, Sichsu, Mantega, Sabóia, a turma da UNICAMP, da UFRJ ou outros mágicos, estariamos falando em atração de dólares?
ELM
Jonas:
Você vai achar muito desta discussão aqui mesmo no blog em:
http://maovisivel.blogspot.com/2008/04/o-fardo-do-economista-neoclssico.html
e
http://maovisivel.blogspot.com/2008/04/o-fardo-do-economista-neoclssico.html
ED:
Não prometo para agora, mas posso voltar e este tema no futuro.
Abs
Alex
Alex até aonde o cambio ajuda na inflação?Se houvesse uma piora no cenário externo (supondo) aonde acontecesse uma desvalorização do dólar para níveis de 2,10 poderia impactar na inflação?
Abs Fábio.
Alex,
Ok. Ficaremos esperando.
Abraço
ED
No Dialogo postado abaixo um fator nao foi analisado: com a subida dos juros tudo o que voce disse e’ fato, todavia voce supos que o cambio nao se apreciaria. Caso ele se aprecie ainda mais devido a entradas financeiras especulativas, as exportacoes podem cair mais que as importacoes, complicando a situacao do defict.
abracao
kleber
Como foi o X Seminário de Metas de Inflação?
Fez alguma apresentação lá?